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Então comecei a notar as estranhezas do intruso: Sua pele era impossivelmente lisa, limpa, uma camada rosa totalmente perfeita. O seu nariz não era realmente um nariz, só uma leve protuberância no meio do rosto. Seus lábios estavam retorcidos em um sorrido que mostravam tiras brancas onde deveriam estar os dentes.

"Oi, Spence!" Falou comigo, suas voz bastante alegre, "Meu no me é Tommy Taffy! Vou ficar aqui com vocês por um tempo!"

Apertei o Rugido contra meu peito, sentindo um arrepio, implorando com o olhar que meus pais me ajudassem. Ao invés disso, eles apenas olharam para o chão, também tremendo. Eu não fazia ideia do que estava acontecendo e o que havia sido dito entre eles, mas eu podia sentir o perigo no ar, denso e malicioso.

"Desça aqui para eu poder dar uma boa olhada em você!" Tommy disse, me chamando com a mão.

De repente, os olhos do meu pai se encontrara com o meu e tive que engolir a seco. Até com aquela idade, pude interpretar aquele olhar.

Tenha cuidado, filho.

Cuidadosamente, desci os degraus, sem soltar do meu ursinho. Quando cheguei ao pé da escada, minha mãe tentou me segurar, mas Tommy deu um passo na frente dela, sorrindo para mim. Ele se agachou e bagunçou meu cabelo. Pude ver mais de perto sua pele imaculada que parecia cera polida.

"Você é um rapaz muito fofo, não é mesmo? Ah, quem é esse aí?" Perguntou, gesticulando para o meu urso.

"O no-nome dele é Ru-rugido," gaguejei.

Tommy sorriu, "Claro que é. Eu vou ficar aqui com seus pais por um certo tempo, então quero que nós três sejamos amigos. Eu, você e o Rugido. Pode ser?"

Novamente, olhei para os meus pais pedindo ajuda, confuso e tremulo. Não fazia ideia do que estava acontecendo, quem ele era, e porquê meus pais pareciam tão assustados. Ele parecia legal, mas o jeito que meu pai esfregava a garganta me contava outra história.

"Toc, toc!" Tommy riu, batendo gentilmente com os nós dos dedos na minha cabeça. "Hey, eu te fiz uma pergunta, Spence."

"O que você fez com o meu papai?" Sussurrei, me arrependendo imediatamente.

Os lábios de Tommy continuaram em um sorriso congelado, seus olhos escurecendo, mesmo que só um pouco. "Hehehehe."

Meu pai me pegou pelos ombros, "Spence, filho, está tudo bem. Nós conversamos melhor depois. Agora, Tommy vai... ele vai..." Ele olhou para minha mãe, "Ele vai morar com a gente."

E esse foi o começo de cinco longos anos que nunca vou esquecer.

O nome dele era Tommy Taffy +18 (SNUFF)Onde histórias criam vida. Descubra agora