Princesa Proibida - Em Busca da Liberdade (Vol. 1) [DEGUSTAÇÃO]

Quem é Celeste Chermont?

Acordar sem saber onde está é, com certeza, umas das piores sensações do mundo. Nada naquele quarto parecia se encaixar com o lugar em que eu costumava acordar. Na verdade, os últimos acontecimentos não pareciam se encaixar.

Genevieve entrou no quarto afobada com um jornal na mão. Ela me entregou e se sentou em minha cama, de frente para mim.

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Quem é Celeste Chermont?

A festa em comemoração aos cinquenta anos sem ataques terroristas no castelo e em toda a cidade de Chermont foi ontem. O que era para ser uma comemoração feliz, acabou em uma tragédia. Ou melhor: seria uma tragédia se não fosse pelos guardas, que merecem nosso elogio pela eficiência. Durante a festa, ontem, terrorista invadiram o castelo. Felizmente, não houveram mortes.
Mas o que chamou a nossa atenção foi um quarto que, até então, era desconhecido. O quarto estava completamente destruído, vestidos jogados no chão, uma escrivaninha derrubada... E, por último, uma das paredes foi pichado: "Quem é Celeste Chermont?".

Curioso, fui olhar que história de Celeste Chermont era aquela. Entre no quarto. Na parede, em cima da cama, havia um "C", provavelmente de Celeste. Os vestidos pareciam ser novos. Haviam alguns cadernos esparramados pelo chão e, neles, desenhos de vestidos. Tudo muito novo, muito bem cuidado... Achei também uma caixinha de música. Nela havia uma princesa e o nome Celeste Chermont gravado em baixo.
Afinal, quem é Celeste Chermont?

Reportagem por: Max.

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Meu queixo estava caído antes mesmo de eu terminar de ler a reportagem. Era oficial: me descobririam.

Eu poderia estar colocando tudo em risco, inclusive Chermont. Já conseguia ver as reportagens falando sobre mim e o quanto minha mãe havia errado ao ir contra a lei. Via pessoas descontentes e protestos pelas ruas. Via a fúria no olhar dos meus avós pensando que tudo aquilo que estava acontecendo era culpa minha. E, dessa vez, eu não podia culpá-los. Era, mesmo, tudo culpa minha.

Eu deveria ser grata por estar viva, eu sei, mas até que ponto uma pessoa pode ser egoísta? Ao ponto de não conseguir ver o futuro dos pais e do seu reino por olhar apenas para o próprio umbigo? Definitivamente, eu não era esse tipo de pessoa.

— Meus pais já sabem disso? — perguntei à Genevieve.

— Sabem sim. Seu pai, inclusive, convocou os Conselheiros para uma reunião hoje... E quer que a senhorita vá também.

Eu? Em uma reunião do Conselho? Eu tinha nojo daqueles homens! Eles eram completamente calculistas e desumanos. Não pensavam nos sentimentos de ninguém, apenas no que a lei dizia.

"Acabar com uma lei é impossível", eles diziam.

— Certo — disse, por fim.

— Deve durar só alguns minutos, Alteza. Agora, a senhorita precisa se arrumar.

Ela preparou meu banho, fez uma maquiagem leve em mim, prendeu meu cabelo em um coque alto, me ajudou a fechar o vestido e colocou uma tiara em meus cabelos.

Observei meu reflexo no espelho. Eu estava tão diferente da Celeste jovem e imatura com quem e costumava conviver. Ali, sim, eu via uma rainha.

— Acho que eu nunca vi a senhorita tão linda — Genevieve comentou, me fazendo sorrir.

— Obrigada, Gen!

Como sempre, Ethan estava ao lado da porta. Aquele olhar sério, sempre atento a um possível perigo, se transformou em um olhar doce quando o cutuquei.