Prologo

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Nessa manhã parecia tudo normal, o despetador tocou, abrir os olhos e a mesma preguiça de sempre para levantar, mesmo assim me levanto hoje tenho que estudar e depois trabalhar, estou com 19 anos e minha vida se constitui nisso: trabalhar e estudar, nada de festas, namoros, eu não penso ao menos em namorar, é tudo tão genérico para minha familia, conhecer um cara namora-lo, e depois casar-se com esse cara e ter uma familia numerosa, se tiver sorte esse cara vai me deixar trabalhar, mais eu não quero isso, nunca quis, tem meninas que sempre sonham com isso, eu não.
Levanto tomo um banho e me arrumo pego minhas coisas e saio de casa para começar meu dia, depois de andar até o sinal próximo da minha casa, espero ele ficar verde para pedestres e começo a atravessar a rua e de repente vem um carro super acelerado e me arremessa pra longe.
Acordo no hospital me sinto tonta grogue pelos remédios e ouço o medico falar.
- Ela está acordando... - Eu tento focar a mente, e os olhos e vejo um senhor de idade com cabelos brancos e eu não me recordo do que aconteceu comigo e começo a querer saber e pergunto para o médico
- Onde estou? - Ele responde de imediato.
- Você está no hospital Olavo Bilac, foi atropelada por um carro e este lhe ofereceu socorro, por incrível que pareça apesar das pernas quebradas você sairá bem. - Me assusto e tento novamente focar meu cérebro, sinto dores em toda parte quero saber mais, no entanto, não consigo estou muito cansada mais não antes de saber.
- Quanto tempo eu estou aqui?
- Cinco dias em coma induzido e sua família está toda lá fora e vem visita-la todos os dias. -Não consigo ouvir mais nada volto a escuridão total.
Logo depois vejo meu irmão e minha mãe com os rostos preocupados sobre me. Mais tambem não consigo falar com eles estou com muito sono, escuridão, então esta lá meu pai e minha mãe, me sinto confortável menos cansada. Consigo falar com eles.
-Oi mainha, oi Pai.
-Filha, precisa de algo? -Minha mãe me pergunta, respondo.
- Agua...
- o medico não liberou filhinha, vou chamar a enfermeira. - meu pai sempre foi caladão na dele mais esse dia ele estava com o olhar diferente acredito que ele queria me dizer seus medos ao me perder, eu podia ver isto em seus olhos, sua preocupação esvaindo-se pelos seus poros, eu amo meu pai e minha mãe são guerreiros, eles fizeram o máximo pra ter pelo menos tudo que eles não tiveram somos pobres de dinheiro mais temos muito sentimento, só sentidos mais nada em palavras eles me criaram muito bem, pelo grau de subsídios que eles tem, sou bem articulada e perspicaz, minha família é tradicional cristã meu avó era pastor numa igreja  evangélica, meu pais são cristão, e fui criada com fundamentos biblicos razão disso continuo virgem até hoje, apesar de esta sem ir na igreja séculos eu ainda não sai da sua doutrina rígida, foram anos de licões religiosas, mais nesse momento estou furiosa, eu quase morri, e eu ainda sou virgem, eu não sei o que é pecado, nunca bebi, nunca fumei ou cheirei, quase não tenho amigos, nunca amei um homem de verdade e não fui amada por nenhum não que eu saiba, e quase morri sem saber nada da vida, sem se quer ter viajado e conhecido esse pais tão grande que é o Brasil. Sou uma retirante que veio da Bahia para o Rio de Janeiro em busca de uma vida melhor mais que vida tive mesmo? O que faço agora que quase morri sem saber nada da vida? Muitos jovens cheio de história pra contar e eu? O que eu fiz com 19 anos de vida? Nem sei o que é um beijo na boca direito, isso tem que mudar quando eu sair desse hospital eu vou viver essa vida como se a cada minuto fosse o último minuto da minha vida.

O nascer de uma ninfaOnde histórias criam vida. Descubra agora