Meu nome é Alicia Maria Teles, hoje saio do Hospital, quase 20 anos na cara e ainda sou uma santa, quero mudar esse status o mais rápido possível, não ninguém me pediu isso simplesmente quase morri e acho que estou tendo uma segunda chance de fazer tudo diferente, minha mãe chega pra me buscar, ela me encara por um longo momento.
_ Filha, você está com raiva de alguma coisa, parece emburrada, está com dor, alguém falou algo que te magoou? Filhota. _ Minha mãe é uma senhora evangélica negra de 43 anos que se chama Edna de Souza Teles que se veste muito bem para o pouco que ganha com salário de cozinheira, unhas sempre bem feita, cabelo cuidados a base de escova progressivas, um batonzinho nos lábios e na maioria das vezes está sempre sorrindo, ela é uma gordinha e também baixinha. Olho para ela, eu estava me controlando, estava com tanta raiva queria saber quem era o filho da puta que me atropelou.
_ Mainha quem foi? Onde está o maldito que me atropelou ou foi uma maldita?_ Na verdade queria soltar mil palavrões mais vou manter o nível da conversa com minha mãe.
_ Alicia, é um homem, e ele esta aqui também no hospital, o carro bateu na mureta e ele também ficou ferido, estamos resolvendo os problemas com a polícia, seu pai queria matar o homem, dá pra acreditar no seu pai? Ele estava furioso e com razão, mais filhota não foi culpa do rapaz, foi comprovado que os freios estavam danificados e o rapaz não estava em alta velocidade, tinha muitas pessoas pra comprovar a parte dele como a sua, também tem o seguro que você vai ganhar, não é uma grande soma em dinheiro mais é alguma coisa, e o rapaz queria se desculpar, filha você vai perdoar ele não é? Você sabe muito bem o que nosso Jesus fala sobre isso, ele manda perdoar as pessoas e você logo se recuperará e contará seu testemunho na igreja e ganhar almas para Jesus com a sua vitória e o grande livramento que Deus lhe deu, é muito Deus na sua vida, Alicia. O devorador não tem chance contra Deus e minhas orações. _ O quê? Minha mãe quer que eu perdoe, certo eu preciso mesmo me acalmar, se não vou xingar e blasfemar contra Deus, nesse momento também percebi que eu tenho que agradecer pela segunda chance de vida que o Todo-Poderoso me deu mais testemunhar nas igrejas não é bem o que quero, no momento só tenho pensamentos maldosos e sádicos, quero cometer um assassinato, estava louca pra encontrar esse cara, eu queria vê-lo e queria agora, aquele viado. O cara arrebentou minhas pernas e minha mãe queria que eu perdoasse, subi na cadeira de rodas com ajuda da minha mãe.
_ Mainha, quero ver este filho da puta!
_ O que? _Minha Mãe me olhou de cara feia, revirei os olhos.
_ O homem que me atropelou.
_ Certo, vamos lá, ele está na ala B, tem certeza que quer ir agora? _ Olhei para minha mãe, na verdade quem teria que vir era ele, foi ele quem me atropelou, eu hein?!, mais minha raiva era tanta que era eu quem queria ir e dizer umas merdas pra ele, talvez da uma de rica e atirar um jarra ou o urinou na cara dele, depois pensei bem, calma aí, o que vou falar pra esse cara? " e ai, viado se ferrou também né?! " ou "Ceguinho do caralho, quer matar as pessoas faça direito use uma arma", não sei porque mais era visível o diabinho no meu ombro esquerdo me falando ideias maravilhosas de como injetar algo no soro dele, estapiei meu ombro, sai daqui, nada é valido tirar a vida de alguém, quando olho para minha mãe novamente ela está olhando a porta da enfermaria fixamente e olho para lá também e lá estava um homem na casa dos 30 anos se equilibrando numa moleta com o braço enfaixado, ele era tão branco que parecia que parecia um calango albino, tinha um corpo forte, era alto por volta de 1,90 altura, os olhos eram tão azuis que parecia o céu no alto verão carioca, cabelo estava cortado rente ao coro cabeludo e barba por fazer, sua boca era fina e seu nariz aquilino, na verdade era empinado tipo um nariz grande feminino no rosto masculino, fiquei parada olhando pra ele, eu e minha mãe, o diabinho voltou ao meu ombro novamente cheio de fogo no rabo literalmente, quem é esse gostoso? Eu raramente olhava os homens com tanto interesse e nessa hora veio o momento que eu pensei que nunca iria acontecer na minha vida, preocupei-me com minha aparência, não que eu seja feia, sou negra, olhos pretos, cabelos crespos encaracolados na altura dos ombros um blackinho mesmo, como toda negra tenho boca carnuda mais sou mestiça meu nariz e o formato dos meus olhos são externo como os dos brancos, tenho muito corpo, pernão, coxão, bundão, seios fartos, bem brasileira, ele estava lá na porta me fitando, seus olhos passeavam pelo meu corpo e eu sentia como se estivesse penetrando e minha pele passou pela minha boca e finalmente nos meus olhos, ficamos nos encarando, eu engolo seco, ele estava vendo minha alma por acaso? porque eu senti exatamente isso, será que ele está vendo o diabinho do meu ombro? parecia que sim, então fiquei esperando ele se identificar mais ele estava lá parado só me olhando, eu já sabia que era ele, o diabinho estava me falando com aquela voz malévola, "foi ele, foi ele" Minha mãe ficou olhando pra ele e já foi toda sorridente em sua direção. Ôxe, ela não me ama só pode, se foi ele mesmo porque ela está toda coquete, devia pelo menos ficar seria em meu respeito.
_ Oi, o senhor deve ser o rapaz envolvido no acidente, Como está? _ O quê? Que porra é essa?Ela está mesmo perguntando como ele está? Estou toda ferrada mais que ele é obvio, e ela fica mesmo perguntando como ele está? há não posso aguentar isso, olhei ao redor e vi o urinol mais perto alcancei-o e joguei em direção a ele, minha mãe abriu os olhos em par, ele se esquivou, nossa como ele foi rápido e foi para no braço de homem logo atrás dele que não tinha visto, e quando caiu no chão chamou atenção de todos. Então ele estava me olhando incrédulo e um meio sorriso se formando nos lábios ou foi isso que eu vi muito rápido surgir e se apagar, minha mãe estava com os olhos tão grandes que só faltava sair das orbitas, meu coração estava acelerado devido a adrenalina de jogar algo pesado em alguém, estava tão alterada que nem prestei atenção no rapaz que foi atingido.
_Minha filha que jeito é esse?Foi isso que te ensinei? Não precisa ser tão besta menina!
_Besta? Mainha manda esse babaca embora!
_ Calma, minha filha, ouça o rapaz.
_Não tô afim, de ouvir esse cego babaca.
_Perdoname senhorita?
_O que? Que sotaque é esse? É um babaca de um gringo? Porra gringo idiota saiu de seu pais pra vir me matar? viadoooooo!
_Non soy gay senhorita! _Putz agora eu queria rir e não podia, ele achou que ele eu disse que ele era viado. eu tive que respirar umas vezes pra não dá risada, minha mãe também estava se controlando eu via os espasmo dos seus ombros, com certeza ela queria solta uma boa gargalhada, nesse momento também fiquei envergonhada e respirei.
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O nascer de uma ninfa
RomanceEla era só mais uma jovem, que após ser atropelada quase perdeu a vida e teve que rever suas prioridades e queria sentir tudo que a vida tem a oferecer, passou a experimentar de tudo, novos sentidos e novos sabores e colecionar histórias picantes e...