Esconde-Esconde

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Final Girls [1x02]

[Amanda]

Eu estava destruída, era como se nada tivesse mais sentido.
— Então você está me dizendo que um maníaco vestido de Pânico invadiu sua casa, tentou te matar e após não conseguir matou seu namorado? – perguntava o Xerife pela décima vez.
— Sim. – respondi quase sem voz.
— E ele teria algum motivo para ter feito isso?
— Não. – menti.
— Bom, Senhorita Oliveira, pode se sentar na recepção que logo seu irmão vem te buscar. – Ele disse após fazer alguma anotação em um papel que deveria ser da investigação.
Eu me levantei da cadeira e andei até a recepção onde todos os policiais me encaravam, sentei e logo em seguida meu celular vibrou.

“Você está bem?” — Ana Blal.

“Acho que estou.” — Amanda Oliveira.

Após responder, guardei o celular porém novamente ele vibrou.

“Nos vemos em breve e se contar para alguém sobre as mensagens ou até mesmo sobre a garota morta, uma pessoa que você ama irá morrer.” — Unknown Friend.

[Luis]

— Você não acha estranho? – perguntei enquanto rolava na minha cama.
— O que? – perguntou Bella enquanto assistíamos The Walking Dead comigo.
— Ela recebeu uma mensagem estranha e no mesmo dia foi atacada.
— Coincidência? – ela disse sem prestar atenção.
— Consciência não existe nessa cidade e você sabe muito bem. – revirei os olhos.
— Cidade pequena é uma merda. – ela disse me olhando.

[Kalleb]

Eu estava sentado no banco da praça municipal, observando a rua vazia e esperando o ônibus para ir para casa. Tudo estava silencioso até que o silêncio foi quebrado por uma chamada desconhecida no meu celular.
— Alô?
— Olá, Garoto. – uma voz rouca respondeu.
— Quem é?
— Um amigo.
— Então, é que eu estou ocupado. – respondi na tentativa de desligar o telefone.
— Ocupado? – Ele riu. — Devo estar cego, porque estou te vendo sentado em uma rua totalmente vazia.
— Onde você está? – me assustei.
— Mais perto do que você imagina. –ele disse e logo após desligou.
— Merda. – Falei sozinho. — Eu vou andando para casa.
Comecei andar o mais rápido possível porque eu estava apavorado. Ao virar a esquina, tropecei em alguém e antes mesmo de ver quem era, senti uma dor imensa no meu abdômen e logo fui jogado no chão. Eu havia sido esfaqueado, e a pessoa que havia feito isso me encarava por trás de uma máscara.
— Alguém... Me... Ajuda. – eu tentei gritar.
Nesse momento, a pessoa que estava por debaixo da máscara levantou seu braço rapidamente e quando abaixou, uma dor forte me atingiu e tudo se apagou.

[Lucas]

— Pode ficar com a minha cama. – eu disse.
— Tá. – Amanda respondeu desanimada. — Que horas é o velório?
— Começa às 9 horas. – respondi.
— Me acorda um pouco antes. – ela pediu enquanto deitava.
— Boa noite, Amanda.
— Duvido que seja boa. – ela respondeu chorando.
— Tudo vai ficar bem, é só questão de tempo. – tentei consola-la.

[...]

[Amanda]

Eu acordei com o Lucas fazendo cócegas no meu pé.
— Para. – eu disse rindo.
— Olha só quem sabe sorrir. – ele disse tentando me animar.
— Vai se foder! – eu disse, levantando.
— Vou sair em trinta minutos, se quiser carona é bom se apressar. – ele disse saindo do quarto. — Sua roupa está no banheiro.
Andei até a estante, peguei meu celular e vi que tinham 5 mensagens.

“Você vai que horas?” — Ana Blal.

“Você está viva?” — Guilherme Cruz.

“Apareça antes que eu ligue para a polícia!” — Isabella Baio.

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