O jantar está na mesa

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Final Girls [1X06]

[Amanda]

{Quatro meses haviam se passado desde que a máscara do Luís caiu, nenhum ataque aconteceu durante esse tempo, nós seguimos as nossas vidas e muita coisa mudou.  Ana e Gustavo sobreviveram aos ataques e ficaram bem; Eu, Ana e Gui havíamos superado os traumas do passado e conseguido achar novos namorados; Gui havia se assumido gay; Fernanda e Lucas haviam assumido namoro; Bella entrou em negação desde que tudo aconteceu e acabou se afastando de nós; Sarah foi liberada do hospital um mês após aquela noite; Luis estava preso; Manuella e Mateus não se desgrudavam e assim, estávamos feliz porém uma coisa ainda nos perturbava, quem havia nos ajudado naquela noite?}

Nós estávamos assistindo televisão na minha casa.
— Por quê estamos assistindo o jornal? – disse Felipe.
— Não sei, amor. – eu respondi e lhe dei um beijo.
Ele pegou o controle para mudar de canal mas foi impedido por Gui:
— Espera!
— O que foi? – Leonardo, o namorado de Gui perguntou.
— Calem a merda da boca. – Gui respondeu bravo.

“O adolescente preso à quatro meses Luis Roberto está oficialmente livre de todas as acusações por falta de provas” — dizia a moça da televisão.

— Só pode ser brincadeira! – Ana falou irritada.
— Se acalma. – o namorado dela, Jonathan falou.

“O adolescente se diz inocente e que tudo foi armado para si.” — continuou a voz dela.

— Inocente é meu ovo esquerdo! – eu me indignei. — Ele tenta nos matar e é inocente?

“Enquanto isso, a polícia continua investigando os brutais crimes que houveram quatro meses atrás.”  — Ela terminou.

— Vamos esquecer isso. – Leonardo falou. — Já decidiram suas roupas para o baile de formatura?

[Isabella]

Eu estava no meu quarto, havia acabado de passar na televisão uma reportagem sobre a liberdade do Luís e eu não conseguia acreditar naquilo.
— Está tudo bem? – minha mãe entrou no quarto, provavelmente tinha visto a reportagem também, afinal, estava passando em todos os canais.
— Sim. – eu menti enquanto fingia estar distraída com o meu celular.
— Seu pai vai pedir uma liminar de distância para você. – ela me contou. — Não precisa ter medo.
— E quem disse que eu estou com medo, mãe? — eu disse alterando a voz.
— Desculpa, é que com tudo que você passou... — ela tentou dizer mas foi interrompida por mim.
— Eu não quero saber o que eu passei! — eu falei. — Sai do meu quarto, por favor.
Ela saiu do quarto e eu fiquei novamente sozinha porém, eu já estava acostumada porquê nos meus últimos quatro meses ficar sozinha era tudo o que eu sabia fazer. Eles haviam seguido em frente porém, eu não conseguia e era como se toda noite eu revivesse aquilo.

“Quer sair hoje à noite?” — Victor Thompson.

“Eu não quero sair, mas você pode vir aqui e ver um filme comigo.” — Isabella Baio.

Durante esse tempo, Victor era a única pessoa que me entendia. Ele havia entrado na escola um mês após tudo desandar, me deu o maior apoio e com o passar do tempo acabei desenvolvendo sentimentos por ele.

[Luis]

— Você precisa se manter na linha agora! — mandava o meu agente da condicional. — A polícia vai estar na sua cola.
— Qualquer motivo bobo, eles te prendem novamente. — completou meu advogado.
— Já entendi! — Eu falei cansado. —Quando vou poder deitar na minha cama?
— Assim que acabarmos nossa conversa. — meu advogado falou sério.
Nós continuamos essa conversa por volta de quarenta minutos até que eles foram embora e eu pude deitar na minha cama.
Meu quarto ainda era idêntico ao que era quatro meses atrás, minha mãe não havia mudado nada.
— Se precisar de uma coisa eu estou lá embaixo. — ela me avisou enquanto parecia inquieta.
— O que foi, mãe? — perguntei querendo saber o motivo da inquietação. — Está tudo bem?
— Eu preciso te perguntar, filho. — Ela suspirou. — Você matou mesmo aqueles adolescentes?
— Não, mãe. — Eu respondi. — Eu não matei ninguém.
— Então, como você me explica tudo isso? — ela insistiu.
— Simples! — eu comecei explicar.

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