1- Regresso às aulas

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Chego à porta da escola e vi montes de pessoas a cumprimentarem-se, pois já não se viam há algum tempo. Hoje é o primeiro dia de aulas e começa uma nova vida, uma nova rotina.

Entrei na minha sala para a primeira aula do ano, Filosofia, odeio esta disciplina. Fui-me sentar na última carteira do fundo da sala e reparei que entrou um rapaz que nunca tinha visto na vida, devia ser novo na escola. Ainda ninguém se tinha sentado ao pé de mim, pois ninguém gosta de mim na turma porque fumo e sou rebelde, têm medo que eu seja uma má influência e afastam-se. Fiz sinal ao rapaz para que se sentasse ao pé de mim e ele lá veio.

“Olá, como te chamas?”, disse o rapaz.

“Alyssa e tu?”, disse eu um pouco tímida.

“Chamo-me Zayn.”

“Oh menina Alyssa e menino Zayn estejam calados.”, repreendeu-nos o professor.

“Desculpe professor.”, desculpei-me.

Os minutos passavam e a aula tornava-se cada vez mais seca e eu como sempre desenhava no meu caderno.

“O que estás a desenhar?”, perguntou Zayn intrigado.

“Uma rapariga.”, respondi.

“E porque ela está a chorar e sozinha?”, questionou-se mais uma vez.

“Por nada, coisas minhas…”, disse eu.

Na verdade era um auto-retrato, já que ninguém se dava comigo, eu não tinha amigos. A aula acabou e eu fui ao bar comer qualquer coisa e como sempre as pessoas olharam de lado para mim começando a sussurrar coisas que não consegui ouvir.

(…)

O dia passou devagar, as aulas ainda agora começaram e já me enjoam, os meus pais passaram o jantar todo a fazer-me perguntas sobre o primeiro dia de escola. Parecia que era o primeiro dia do primeiro ano, eu sei que eles se preocupam, mas às vezes exageram na dose.

# Novo dia #

Chego à escola e vem a minha directora de turma dizer-me para ir ao auditório, porque a direcção queria falar com todos os alunos.

Sentei-me num canto do auditório sozinha, até que sinto alguém a tocar-me no braço.

“Posso-me sentar ao pé de ti?”, disse alguém atrás de mim.

“Sim, podes! Como te chamas?”

“Caroline, mas podes-me tratar só por Carol. E tu?”, perguntou ela.

“Alyssa.”

“Bom dia a todos. Sejam bem-vindos ao novo ano lectivo, espero que venham frescos para trabalhar…”, começou o diretor.

“É sempre o mesmo discurso todos os anos, que seca.”, disse eu. Já tinha vontade de sair dali.

“É verdade!”, concordou.

(…)

Estive o intervalo todo a falar com a Caroline, ela era fixe. Era daquele tipo de raparigas muito certinha, o oposto de mim, mas acho que nos vamos adaptar uma à outra.

Parece que o Zayn se gosta de sentar ao pé de mim, até agora ficamos juntos em todas as aulas. Estamos na aula de Português e desta vez estou a desenhar um vampiro, reparei que ele estava intrigado e por isso perguntei-lhe se estava a perceber o que era o desenho.

“Não me digas que não percebeste que era um vampiro.”, disse-lhe eu espantada. Saberia ele o que eu estava a desenhar ou não queria perceber.

“Percebi, mas porquê um vampiro? Acreditas que eles existem?”, disse. Confesso que fiquei um pouco mais “aliviada”.

“Não sei se existem, mas adoro livros e filmes que tenham a ver com eles.”

“Hum, nunca conheci uma rapariga que gostasse de vampiros.”, argumentou.

Eu continuei o meu desenho e ele prestou atenção à aula.

(…)

“Hoje à tarde queres vir passar a tarde comigo? Vou estar sozinha em casa.”, perguntou a Caroline à saída da escola.

“Sim, pode ser. Deixa-me só avisar a minha mãe.”, respondi-lhe.

Chegamos à casa dela e fiquei impressionada com tamanho desta, ela era rica só podia. Tinha pelo menos umas três empregadas.

“Deves- te estar a perguntar o porquê de a minha casa ser assim.”, disse ela. Parecia que lia os meus pensamentos.

“Por acaso.”

“O meu pai é um empresário muito rico.”

“Ah ok! A tua casa é muito bonita.”, disse eu.

“Obrigada. Vamos para o meu quarto que aqui não estamos à vontade para fazermos “parvoíces” se é que me entendes.”, disse ela. Claro que percebia. Ainda achava isso estranho, porque nunca tive muitos amigos.

“Ahahahah, sim eu percebo.”, disse.

(…)

“Então fala-me mais de ti, da tua família…”, começou ela.

“Oh não há nada de mais para dizer, tenho uma irmã chamada Amy e uns pais adoptivos, são os únicos que conheço.”, disse eu. Não podia chorar à frente dela.

“Aserio? Tu és adotada?”, disse ela.

“Sim, mais ou menos. Os meus pais biológicos abandonaram-me e as pessoas a quem eu chamo pais levaram-me para a casa deles e criaram-me.”, contei-lhe. Já tinha algumas lágrimas a ameaçarem sair.

“WOW! Desculpa, este assunto deve ser delicado.”

“Não faz mal. Esta história faz parte de mim, é o que eu sou e não o posso esconder.”, na verdade incomodava um pouquito, mas já estava habituada.

“Bem, vamos mas é trocar de assunto. Tens namorado?”, perguntou.

“Não. Eu nem amigos tenho quanto mais namorado e tu?”

“Eu tenho, chama-se Bryan. Não digas isso tens-me a mim, assim até me sinto mal.”, soltei uma gargalhada quando ela disse que era minha amiga. Acho que foi a primeira vez que o ouvi de alguém.

“Oh desculpa, mas só te tenho a ti. Então e o teu namorado é da nossa idade? É giro?”

“Sim e sim! E tu? Não há nenhum rapaz que aches giro?”

“Por acaso, entrou um aluno novo para a minha turma que não é nada que se deite fora, mas ele é estranho.”, ele realmente era estranho. Parecia esconder algo.

Olá, esta é a minha segunda história, espero que gostem. Acham que elas se vão dar bem? E o Mike? Acham que ele é uma simples pessoa ou que há algo mais? Aqui ao lado têm o vídeo!! Beijinhos!! :)

One step closer➸Zayn Malik {slow updates}Onde histórias criam vida. Descubra agora