Ouvi o meu telemóvel vibrar na mala. A esta hora? Abri a mala e peguei no telemóvel, era a Caroline. Já me vai dar um “sermão”.
“Sim? Despacha-te que estou com sono.”, resmunguei.
“Onde é que te meteste? Fartei-me de te procurar.”
“Estive com o Zayn…”
“E então?”
“E então nada. Ele rejeitou-me.”, ok. Acho que fui um pouco mazinha.
“Oh, sinto muito.”
“Não faz mal. Já estou habituada a não ter a vida facilitada. E tu ao menos divertiste-te?”
“Sim. Eu preciso de te pedir uma coisa, mas ninguém pode saber.”
“Pede.”
“Tens mais cigarros daqueles?”, eu estava a ouvir mal, só podia.
A minha alma estava parva. Ela só podia estar a brincar. Devia ter bebido demais na festa.
“QUERES O QUÊ?”
“Fala baixo antes que a tua mãe te oiça. Aquilo até é fixe e… uma vez de vez em quando não vai fazer mal nenhum…”
“Ok, tu é que sabes. Amanhã falamos melhor, agora estou cheia de sono… beijinhos.”
“Ok, beijinhos.”
Só espero que ela não se vicie. A culpa é toda minha. Se eu não tivesse insistido para ela provar, ela nem sequer saberia se ia gostar.
# Novo dia #
Vi um rapaz lá ao fundo encostado à parede a ouvir música. Conforme me aproximei percebi que as minhas suspeitas estavam certas. Era o Zayn. Tirei-lhe os fones dos ouvidos e ele deu um salto.
“Hey! Não tenhas medo. Sou só eu.”, brinquei com o facto de ele se ter assustado com a minha presença.
“Olá. Estás bem?”
“Sim. Dentro dos possíveis.”
De repente lembrei-me que no outro dia ficara com o seu estojo e comecei a procura-lo na mala. Quando, finalmente, o encontrei peguei-lhe e... Qual não foi o me espanto assim que percebi que ele já não estava enfrente a mim.
“Zayn?”
“Então querida? O teu amorzinho fugiu, foi? Se calhar olhou bem para a tua cara e fugiu com medo.”
Virei-me e vi a estúpida da Alison.
“Não me chateeis! Sai daqui.”
“Ahahahah. A escola é pública. Só por causa dessa vou ficar aqui a fazer-te companhia.”, disse ela com voz de sínica.
“Sai daqui ou ficas sem esses cabelos loiros um por um.”, comecei a ficar irritada.
“Experimenta tocar-me.”
Eu não me consegui conter e a minha mão foi parar à cara dela.
“Ai minha menina, tu não te ficas a rir.”, ameaçou ela.
Agarrou-me nos cabelos e puxou-os com toda a força enquanto me dava caneladas. Eu defendi-me agarrando também os cabelos dela e puxando-os de tal maneira que ela gemia. Continuamos assim durante algum tempo. Ela não se ia ficar a rir. Olho para o meu lado direito e vejo a diretora da escola a correr na nossa direção.
“O que se passa aqui?”, disse a Mrs. Miller.
Nós paramos e olhamos para ela.
“Desculpe.”, desculpei-me.
“Não me peça desculpa. As duas ao meu gabinete. JÁ.”, repreendeu.
Ela fechou a porta do seu gabinete com toda a força.
“O que se passou ali? Porque é que estavam naquele estado? Alison, porquê?”, gritou.
“Não fui só eu.”, tentou fazer-se de vítima.
“Mas que a menina Alyssa estivesse metida em sarilhos eu já esperava. Dadas as condições socias que ela tem. Mas a sua não. Eu sempre tive uma grande admiração por si.”
Aquilo doeu. Parece que não, mas dói ouvir estas coisas.
“Ela agrediu-me. Ela tem inveja de mim e como não sabe resolver as coisas a falar…”
“Pois. Calculei. A Alyssa está de castigo.”
“Desculpe? Mas foi ela quem me provocou. E ela não fica de castigo?”
“Não quero saber. Alison, vai para casa tomar um banho.”
Eu não estava a acreditar nisto.
“Amanhã vai começar com o castigo. Vai recolher todo o lixo que encontrar no pátio.”
“Durante quanto tempo?”, perguntei.
“Uma semana.”
Sai do gabinete e fui de encontra a alguém. Era a Caroline.
“O que se passa?”, perguntou com uma voz preocupada.
“Fiquei de castigo. Longa história.”
“ Ok, mas estás bem? Pareces em baixo.”
“ Estou bem. Agora vou para casa, não aguento um dia de aulas.”
“ Ok. Eu digo aos professores que estavas maldisposta.”
“Obrigada.”, agradeci.
“ Posso-te só pedir uma coisa?”
“ Se me vais falar nos cigarros, por favor, agora não.”
“ Não. Não ligues àquilo que a Alison diz. Por favor. Eu sei bem como é, mas temos de ignorar.”
“ Mas é difícil…”
“ Eu sei.”
A campainha tocou e nós despedimo-nos.
(…)
Entrei no quarto e bati com a porta. Depois de fechada tranquei-a. Estava tão furiosa.
Vi-me ao espelho e tinha a cara toda borrada e cheia de lágrimas. Parece que agora se virou rotina. Dei um murro no espelho e este partiu-se. Peguei num pedaço de vidro e ainda hesitei, mas o ódio era tão grande que, rapidamente, ganhei coragem e comecei a deslizar o pedaço de vidro pelos meus pulsos. No chão estava uma enorme mancha de sangue. Comecei a sentir a vida a fugir e os meus olhos a fechar. Até que senti o meu corpo a cair sobre o chão manchado de sangue.
Espero que estejam a gostar, tenho tido muitas ideias!!! Beijinhos.
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One step closer➸Zayn Malik {slow updates}
Novela JuvenilO amor torna tudo possível. Ou quase tudo. Highest rank: #7 in vampire Copyright © Todos os direitos reservados a Inês Ribeiro