2- Discoteca

715 41 2
                                    

“Onde há uma varanda?”, perguntei.

“Para quê?”

“Para ir fumar.”

“Tu fumas? Anda comigo, eu levo-te até à varanda.”

“Sim, obrigada. Queres provar?”, perguntei eu. Claro que uma pessoa como ela não o ia fazer.

“ Acho melhor não, isso faz mal.”

“Não sejas assim, é só uma vez, se não gostares nunca mais lhe tocas.”

“E se eu gostar?”

“Confias em mim?”, perguntei.

“Sim, confio.”

“Então pronto.”

Ela levou o cigarro à boca e inspirou, mas com força de mais e começou a tossir.

“Calma, é isso que tu fizeste mas com menos força.”, tentei explicar. Nunca pensei que tivesse de explicar a alguém como se fuma.

Ela tentou novamente e via-se na cara dela que tinha gostado.

“Alyssa, como consegues gostar desta coisa? Isto é horrível.”, fez uma cara de nojo.

“Ahahah não é assim tão mau. Quando descobri que os meus pais me tinham abandonado fiquei de rastos, senti-me mal. E por isso não há nada que me saiba tão mal como o facto de não ter pais.”, expliquei.

“Pois, compreendo. Queres lanchar?”

“Sim, pode ser.”

(…)

Apetecia-me ir sair, mas não tinha companhia e quase que aposto que a Caroline já está na cama. Decidi ir na mesma, despachei-me e fui a um bar.

“Podia-me dar uma vodka?”, pedi.

“Claro.”, disse o senhor do bar.

Bebi a vodka e fui dançar, estava ali para descontrair sem pensar em nada nem ninguém, a noite era só minha.

Eu não sabia o que já tinha bebido, mas sentia-me um pouco tonta e “feliz”.  

“O que estás aqui a fazer nesse estado?”, ouvi alguém dizer-me ao ouvido. Estava muito barulho e não consegui perceber de quem era a voz.

Virei-me e vi o Zayn.

“Olá! Queres vir dançar?”

“Não, vem mas é comigo.”, respondeu. Ele estava a ser muito frio comigo.

“Uh onde me vais levar? E o que vamos fazer?”

“Não sejas parva! Onde é a tua casa?”

“Hum, queres-me levar para lá, é? Olha que há gente em casa.”

“Asserio para com isso. Eu não me quero irritar contigo.”

“Pronto, ok!”, disse desiludida.

Expliquei-lhe o caminho e ele deixou-me em casa.

# Novo dia #

O meu despertador acabou de me acordar e eu como o adoro atirei-o de encontra a parede. Estava cheia de dores de cabeça e não me lembrava muito bem do que se passou ontem, apenas me lembro de ter ido a um bar e de beber muito.

Chego à escola e o Zayn vem ter comigo.

“Olá! Estás melhor?”

“Estou cheia de dores de cabeça, mas como é que tu sabes?”, eu não me lembrava de quase nada. Apenas que tinha bebido e bem.

“Eu ontem é que te levei a casa, digamos que estavas um pouco alterada.”

“Mas nós não fomos juntos, pois não?”

“Não. Tu querias festa.”

“Eu? Definitivamente, o álcool não me faz bem.

“Pois, nem o tabaco.”

“Vais-te armar em paizinho?”, odeio quando dizem que me faz mal. Não percebem que assim é que me sinto bem?

“Não. Vamos para as aulas?”

Eu assenti.

(…)

“Onde é que te meteste ontem à noite? Fartei-me de te ligar.”, perguntou a Caroline.

“Fui sair, desculpa.”

“E não me disseste nada porquê?”

“Pensei que tu não saísses à noite.”

“Mas saio, gosto de me divertir.”, espero que não fique chateada comigo.

(…)

Já jantei e agora estou sentada na minha cama a ler o meu livro sobre vampiros, a ouvir música e a fumar.

Aquele Zayn não me sai da cabeça, ele é um pouco estranho, mas lindo. “Quantas vezes já te disseram para não fumares dentro de casa?”, pronto. Já lá vinha um sermão.

“Sorry, mãe. Eu vou lá para fora.”

(…)

Esta história é mesmo gira, é uma humana que se apaixona por um vampiro, mas não podem namorar porque ele não é uma pessoa normal. Que horror! Deve ser horrível amar uma pessoa e não poder estar com ela…

# Novo dia #

“Então queridinha? Deve ser tão mau crescer sem os nossos pais… “, disse alguém.

 Era a Alison, a Megan e a Katherine, as meninas ricas e populares da escola.

“O que é que vocês querem?”

“De ti? Nada.”, disse a Megan.

“Viemos apenas lamentar o teu abandono.”, disse Katherine.

“A falar assim até parece que ela é um cão! Ahahah”, disse a Alison em tom de gozo.

“Alison, não ofendas os pobres animais!”, respondeu Katherine.

“Bem meninas, vamos embora antes que isto se pegue!”

Eu não consegui responder. As lágrimas e a raiva apoderaram-se de mim e fui a correr para a wc. Como é que elas souberam da minha história? Eu só contei à Caroline. Olhei para o espelho e vi uma rapariga horrível, com a maquilhagem toda borrada, os olhos inchados e vermelhos e o nariz igualmente vermelho. Eu não podia ir neste estado para as aulas… Saí da escola a correr e fui para a praia.

Aquele ar fresco juntamente com maresia faziam-me sentir bem. A minha vida é uma porcaria, naquele momento só me apetecia fazer uma asneira, meter-me debaixo de água até deixar de respirar. Mas em vez disso despi-me, ficando apenas em roupa interior e fui tomar um banho, a praia estava deserta, por isso podia fazer o que quisesse.

A água gelada a passar pelo meu corpo causava-me arrepios, mas ajudava-me a esquecer os problemas. Enquanto estava ali não pensava em mais nada… 

Olá, desculpem por ter demorado tanto tempo... Espero que gostem deste capítulo! Votem e comentem. Leiam a minha fic!!! bjs

One step closer➸Zayn Malik {slow updates}Onde histórias criam vida. Descubra agora