Fim

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Gostaria de tranformar isso numa grande despedida
Mas costumo ser breve com as palavras
Meus medos me corrompem e me impedem de prosseguir
Há um turbilhão de perguntas
Fazendo da minha cabeça carnaval

Nao ha futuro para alguém como eu
Ja tentei, planejei... Sou uma derrotista talvez
Quem vive ao meu lado, sofre
Estou perdendo tudo que tenho

Saí por um breve momento, uma criança chorava do meu lado
Atravessei a rua em zigzag, esperando que alguém tivesse misericórdia
No bar mais próximo, peço duas doses e um maço
Tudo que preciso, trago comigo
Doces sonhos, alma rebelde
Estou perdida, imploro para que me busquem
Em vão
Esqueço que sou só
Esqueço que nunca pertenci à ninguém e ninguém à mim

Fiz do meu corpo moradia
Onde reformo de vez enquando

Os insetos ja sentem o gosto da minha carne
Pelo menos haverá festa
...

Isso é tudo

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