Sonho

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Ele havia sofrido demais, e sua inteligência de nada adiantou para amenizar sua dor. Então, num ato de desespero, sua mente se dividiu.

De um lado ficou o doce sonhador; e o outro, nascido da dor, era amargo e ranzinza.

Ele havia prometido a si mesmo, de ambos os lados, que viveria para o trabalho, e para as descobertas científicas que tanto amava fazer.

Num dia de outono, caminhando pela areia da praia como sempre fazia, avistou um lenço rosa chá trazido pelo vento. E atrás daquele lenço, uma moça linda corria, tentando equilibrar-se na areia.

Ao vê-lo segurar o lenço, ela sorriu.

Ele, que não sabia com qual "eu" se comportar, ficou em silêncio. Limitou-se a estender a mão para devolver-lhe o lenço.

As mãos se tocaram, uma luz surgiu... e eu acordei!

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