Crônicas de Korn: Histórias de um Mundo Desolado. Parte 1

Capítulo III. Precisamos Ir

Santiago então se dirigiu para fora da tenda de Demian para dar uma busca pelo acampamento, reunir um grupo de mercenários fortes, capazes e competentes para fazer uma viagem até Túria, o reino vizinho à Planície da Tempestade onde estavam. Após olhar, vários homens e mulheres de todos os tipos ele observa alguns homens em volta de uma Jaula onde estavam Benjamim, Gurash, e Thomaz, o trio conversava com a escrava élfica dentro da jaula, sendo assistidos por Bowen um pouco mais distante. Santiago se aproximou do grupo de homens e perguntou quem era o líder. Thomaz e Gurash se entreolharam e Benjamim tomou a frente respondendo com um tom de bajulação

–Sou eu Senhor! Em que posso servi-lo?

–Você então responde por esses homens, certo? O que faziam antes de virem para esse lugar? – Santiago diz isso enquanto olha e avalia os homens cautelosamente.

–Éramos homens do Mar, aventureiros que serviam em embarcações como mão de obra e força de ataque. Benjamim é bom com espadas, eu com pistolas, e Gurash bom com força bruta e machados.

Respondeu Thomaz, em tom confiante e valente. Santiago continuou a avalia-los observando seu porte e agora o equipamento que carregavam.

–Vocês estão aguardando serem contratados? Estou interessado em seus potenciais e habilidades. Se forem realmente capazes, serão muito bem pagos por seus serviços.

Gurash respondeu de maneira imediata e impulsiva.

–A gente aceita!

–Calma! –Respondeu Benjamim - Não podemos simplesmente aceitar qualquer coisa que nos oferecem assim meu velho amigo antak. Precisamos primeiro saber do que se trata essa missão, e de quanto será o pagamento.

Benjamim disse isso esfregando os dedos, indicador e polegar referindo-se ao dinheiro. Santiago sorriu para o trio de homens e disparou.

–São exatamente o tipo de homens que procuro, cautelosos, mas sem os tediosos "Porquês". Eu gosto disso. A missão é simples, levar a mim, e uma pequena comitiva até Túria, o pagamento será vivo em Coroas de Ouro. Em média, duzentas coroas de ouro para cada homem se tudo der certo.

Os olhos do grupo se arregalaram com a quantidade absurda de ouro simplesmente para levar um homem ao país vizinho. Entretanto, Benjamim mesmo tentado sabia por sua experiência que uma quantia tão "generosa" de ouro não seria paga simplesmente por um trabalho desses, era provável que aquele homem estivesse sendo procurado ou caçado por alguém. Mas nada que mais alguns homens capazes poderiam resolver. Após se indagar sobre os benefícios e os riscos dessa missão, Benjamim respondeu.

–Senhor? Nós o procuraremos mais tarde para que possamos dar nossa resposta se não se incomodar.

Santiago franziu mostrando desaprovação, mas depois lançou um ar de desprezo pelo trio de homens com um simples "Como queiram" dando de costas e se virando para a escrava élfica na gaiola. Enquanto isso, Bowen observava atentamente, o trio de homens se afastar do nobre enquanto discutiam em tom meio frustrado.

–Você! Elfa! Você parece competente, o que fazia antes de vir para cá? Qual sua profissão? E de onde vem? Você fala minha língua?

Lyara olhava para Santiago com um semblante sério e visivelmente incomodado. Ela parecia preocupada com o animal preso que estava mais a frente que estava sendo açoitada pelos outros homens mais cedo. Mas mesmo assim respondeu com um Kalamariano muito fluente.