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Estou escrevendo esse livro, por... sei lá, um desabafo qualquer de uma situação qualquer, que acontece em um tempo qualquer. Uma linha de pensamento e sentimento, transferida em palavras para o bloco de notas de meu celular.
"Essa história de primeiro amor", assunto cliche, ah qual tantos adolescentes passam, deve ser descrevida como comum para muitos, porém todos irão passar por isso um dia, menino ou menina, hetero ou homossexual,  todos sem exceção em algum momento de sua vida irão achar a pessoa a qual se sentem bem pelo simples fato de estarem ao nosso lado.
   Até os 10 anos, tudo o que sabemos eh brincar, a partir dos dez nossos sentimentos se tornam outros, começamos a nós importar com nossas roupas, nosso corte de cabelo e N coisas. Aos 15 anos de idade a maioria dos adolescentes entra em uma crise existencial, e é nesse dado momento o qual entra a pessoa a qual me inspirou escrever.
   Recém saído de um colégio interno voltei a minha cidade,  onde arranjei um emprego em tempo integral e passei a estudar a noite.  Nunca havia estudado a noite, mais foi uma experiência legal, um dos meus primeiros amigos foi um rapaz de mais ou menos 1,75 de altura e uns 90 kg,  com uma barba cerrada a qual deixava a duvidar sua idade de 16 anos.
     Como sempre andávamos em um pequeno grupo, mais isso não tem interesse,  com o passar do tempo minha amizade com Nicolas,  cresceu, e começamos a visitar a casa um do outro,  que por sorte era no mesmo bairro. Meus pais haviam acabado de comprar uma mesa de bilhar, então foi ele quem foi em minha casa primeiro.
    Já a segunda visita foi da minha parte, ele me chamou pra um jantar em família. Enfim conheci seus pais, seu irmão caçula,  e ela, soh de lembrar sinto como se fosse uma mistura de sentimentos explodindo e tentando sair pela minha boca e meus olhos. Ela, é a irmã dele, uma menina deslumbrante, olhos verdes, pele pálida quase como a dos vampiros de crepúsculo,  cabelos castanhos escuros e ondulados, e por fim o último o mais perfeito que eu vi até hoje, o seu sorriso,  as vezes fecho os olhos e começo a sorrir lembrando daquele sorriso.  Na primeira vez que há vi, ela estava sentada na frente do computador, seus pais a reprenderam e mandaram-lá me cumprimentar, ela levantou venho em minha direção com aquele sorriso encantador,  e disse um longo oooooi, fazendo um V de vitória cm a mão direita,  porém ela passou direto por mim, com as bochechas um pouco vermelhas, mas logo percebi que ela estava envergonhada, provavelmente por ela estar usando um pijama de bolinhas e palhaços.
    Aquele sorriso meio envergonhado despertou algo em mim, o qual me fez pensar nela 99% do meu tempo, aliás é assim que se inicia uma paixão. Como qualquer cara apaixonado, passei a pesquisar sobre ela, puxar assunto é etc, mais ao passar do tempo, fui descobrindo algumas coisas que me deixaram assustado,  mais com uma vontade imensa de ajudá-la, das visitas que fiz a sua casa, não consegui deixar de notar em seus braços, um tipo de arranhão, mais nenhum arranhão é feito com tanta precisão,  perfeitamente reto, e em cima das veias.
    Logo deduzi do que se tratava,  ao final desta visita, me despedi de seus pais e seus irmãos,  me dirigi a ela e dei-lhe um forte abraço, apenas me senti no dever de fazer isso.
     Com o passar do tempo, com visitas frequentes,  me tornei como um integrante da casa, realmente pra poder ficar perto dela, já que sempre fui tímido e não tive muito jeito com meninas. Mais de alguma forma estranha,  por influência de seus pais, como nu passe de mágica começamos a namorar, era o que eu mais queria. Porém tão rápido quanto começou,  rapidamente acabou. Três dias apenas, mais não acaba por aí.
     Como estudávamos na mesma escola porém em períodos diferentes,  tivemos de fazer um mesmo trabalho em uma mostra pedagógica,  tivemos que ir ao colégio, manhã, tarde e noite. Esqueci de lembrar que Nicolas havia parado com seus estudos, então por ser mais velho fiquei encarregado de tomar conta dela. O dia passou muito rápido, e estávamos terminando o último período de apresentações. Naquela época eu tinha uma biz 100cc vermelha,  que eu tive que deixar em casa, já que aquela menina de olhos verdes tinha medo de motos, íamos voltar de ônibus, estávamos esperando o ônibus para nosso bairro em um banco em frente ao colégio,  quando uma de suas amigas se aproximou e perguntou a ela:
    -Vocês estão juntos? (Em um tom bastante curioso )
Mas em seguida ela pegou em minha esquerda, e disse:
    -Estamos sim! (Em tom de ciúmes)
    Eu fiquei sem entender aquilo, mais deixei rolar.

memórias de um louco apaixonado Onde histórias criam vida. Descubra agora