One

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Oi.

Só um aviso. Estas personagens não me pertencem. E sim a Sir Arthur Conan Doyle e a série da BBC.

Em fim.... Boa Leitura..

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Sherlock saiu sozinho do casamento do John com a Mary, levando com sigo uma garrafa de vinho quase cheia. Ele não foi para casa, não foi à Scotland Yard ou para o St Barts como ele sempre fazia quando John estava ocupado com Mary, Mycroft e Molly com seus trabalhos.Ele foi à um lugar que, por que o recém casado e todos os outros, não gostavam e o proibiam, ele não ia a muito tempo.

Depois de andar durante um bocado, no qual bebeu mais da metade da garrafa de vinho, chegou na casa onde, antes de seu irmão descobrir, ele passava a maior parte de seu tempo.

Entrou e, depois de perambular pelos cômodos da casa, se sentou no mesmo lugar onde se drogou pela primeira vez, depositou a garrafa com o resto do vinho no chão. Tirou do bolço de seu casaco a lata com a siringa já pronta para o uso, levantou a manga esquerda de seu casaco e camisa, pegou na siringa, mas ao invés de injeta-la ficou encarando-a, percebeu que não faria diferença ela estar no seu corpo como forma de distração, nada faria.

John havia se casado. Seu companheiro de aventuras não estaria mais ao seu lado para lhe ajudar. Mycroft estava muito ocupado com seu emprego, e Sherlock tinha quase certeza que com Lestrad também, e ainda tinha Molly que, com certeza, ficaria noiva, para piorar de um cara que o copiava em tudo.

Cenas em que os outros estavam lá por ele passavam em sua cabeça, John cuidando dele, principalmente para que ele não voltasse a usar as drogas, Mycroft sempre preocupado com ele, mesmo com seu jeito estranho de fazer isso, Molly lhe ajudando, principalmente no necrotério, mesmo nos horários mais estranhos.

Acordou de seus devaneios quando o som de vidro quebrando se fez ouvir e ele olhou para o chão onde viu a droga junto com cacos da siringa que ele havia soltado sem querer.

Sherlock, mesmo sabendo que não iria conseguir, queria esquecer de tudo para ter um pouco de paz, paz que nem mesmo o vinho lhe dava e muito menos seu querido palácio mental.

- Mas que porcaria, não? Olha o que vocês fizeram comigo? - Falou mole enquanto se jogava deitado no chão sujo e tinha a mente invadida de lembranças e pensamentos inoportunos. Pensava em Molly, uma das poucas pessoas, assim como John, que, sem pertencerem a sua família lhe aguentava. Pensando bem ela lhe aguentava bem mais que sua própria família e e até do que John que lhe tinha acabado de abandonar para ficar com Mary. Riu alto, Molly também iria se casar e lhe deixar.

Estava sozinho!

Estava sozinho também na casa, podia falar o quanto quisesse, podia ser sem se preocupar em manter a imagem que tinha criado para si.

- Um ser frio, muito inteligente, sem amigos, sem sentimentos, "sociopata altamente funcional"- disse de forma debochada - a quem estou tentando enganar! - Riu mais uma vez. Alguns minutos se passaram quando de repente, e de forma apressada, se sentou.

- Sou um covarde! - disse para si mesmo, como se tivesse acabado de tomar esta resolução - um covarde, que precisava de uma desculpa para ser do jeito que é, um covarde que se esconde atrás de uma personagem criada por si mesmo para se proteger - alcançou a garrafa de alguma bebida, já não se lembrava ao certo qual, que havia trazido do casamento e bebeu o último gole. - Para me proteger das coisas, das palavras e das ações que atraí para mim mesmo. - Riu novamente. Ficou durante alguns minutos parado, brincando com a garrafa em sua mão. Voltou a se deitar no chão, só que desta vez em cima dos cacos que acabaram por cortar seu braço, fazendo com que os pequenos cortes sangrassem. Sherlock não se importou. Ficou jogado no piso frio com os olhos fechados até que algo esbarrou em sua perna. Sherlock abriu os olhos e se sentou enquanto analisava Molly Hooper de pé ao seu lado.

Em seu estado normal ele não teria que abrir os olhos para saber quem era, reconheceria a velocidade e o ritmo dos passos que se aproximavam, mas principalmente iria reconhecer o perfume, suave e adocicado, que só ela usava, em qualquer lugar, isso se estivesse com todas suas faculdades mentais em perfeito estado, o que não era uma realidade no momento, já que sua cabeça se encontrava rodando por causa da bebida.

Molly usava um vestido amarelo, com estampa de pequenas e delicadas flores brancas, que deixavam-na com um ar um bocado infantil, isso acompanhado de boots de salto preto que combinavam com a pequena bolsa redonda que estava pendurada em seu ombro direito. A maquiagem delicada e natural junto com seu penteado reforçavam o ar infantil encontrado na jovem Hooper. Sherlock reparou em tudo isso, salvou cada detalhe em seu palácio mental enquanto sentia o delicioso perfume que preenchia o ambiente.


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Bom... Esse foi o primeiro capítulo.

Até o próximo!!!


Sherlock's FeelingsOnde histórias criam vida. Descubra agora