Reino de Lascan

Capítulo 2

Chegando ao destino, Yves e George deixaram os cavalos presos a Árvores e caminharam os dois em silêncio para dentro da vila.
- Por que eles estão aqui? - ouviram questionamentos de alguns moradores dessa vila.
- Até parece que eles fazem algo de errado para sempre temer nossa presença. - George disse.
- Acredito que devem fazer. Onde se encontra o senhor Joseph?! - Yves perguntou alto o bastante para os cidadãos ali presentes ouvirem.
a resposta veio de imediato, mas não foi os cidadãos foi o próprio Joseph que apareceu na frente dos dois, um senhor com grande barba e sua coluna corcunda.
- O que fazem aqui? pensei que com o nascimento do novo príncipe, os guardas reais não iriam vir em nossa vila.
- Não virão, não respondemos como guardas reais. - Yves respondeu com um sorriso.
- Sebastian sempre com respostas na ponta da língua. - o senhor respirou fundo e perguntou. - o que vocês querem aqui?
George entregou ao senhor uma pequena bolsinha com moedas de ouro.
-Espero que possamos confiar a você.
O senhor sorriu animado
-Sempre fui fiel ao meu rei.
-Sim e agora está sendo recompensado. caso encontre o fugitivo nos avise de imediato. - Yves falou e o senhor assentiu.
Havia algo que não foi contado para o rei, na busca pela região do alta, um fugitivo entrou na vila, e era um dos mais perigosos.

Quem diria que o rei estaria em perigo, por culpa do melhor cavalheiro e de seu filho bastardo.

Os dois continuaram caminhando pela vila, observando os olhares assustados dos moradores, eles temiam a presença dos dois, Sebastian e George eram conhecidos como lobos, os grandes devoradores, todos aqueles que acabavam em sua frente eram mortos, sem nenhuma piedade.

Entraram os dois em um prostíbulo, as mulheres e os homens que se encontravam nesse, olharam assustados, mas depois três mulheres se aproximaram sorrindo, acariciando o corte do rosto de Sebastian e abraçando por trás George.

-Precisam de ajuda? - Uma delas perguntou.

-Vamos verificar os cômodos. Nos de licença. - Yves disse empurrando a mulher que estava mais próxima dela e caminhou em direção ao quarto. Era algo que Yves não gostava, entrar nessas casas e ver essas cenas de luxuria. Mulheres se aproximando dela, querendo ganhar algumas moedas de ouro em troca de um momento de prazer e esses homens, guardas reais sempre estavam presentes nesses lugares.

Entraram quarto por quarto, mas a única coisa que viram foram momentos de prazeres que alguns homens estavam tendo, mas nenhum tinha a aparência do fugitivo.

-Nenhum fugitivo vai se esconder nesse lugar, é obvio de mais que procuraríamos aqui. - Yves comentou saindo do prostíbulo ao lado de George.

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Voltaram para o castelo e quando Yves caminhava para seus aposentos, seu corpo paralisou ao ouvir sua irmã chamando por ela.

-Yves! - Não chamava por Sebastian, seu nome devidamente reconhecido, chamava por Yves, o nome a qual mais ninguém conhecia. Edith apareceu em sua frente sorrindo. - O Conde chegará essa noite. - Falou.

-Yves... - Sussurrou. - Por que usou esse nome? Quantas vezes devo lhe falar que és perigoso?

Edith arregalou os olhos, assustada com a atitude severa de sua irmã mais velha.

-Desculpe-me, eu havia esquecido.

-Esquecido? Você sabe o quanto estou lutando para nos manter seguras.

-Sinto muito. - Edith se curvou diante de Yves no pedido de perdão e Yves, apenas a ignorou e voltou a caminhar.

Yves entrou em seus aposentados e dentro o príncipe do meio a aguardava.

-O que faz aqui? - Perguntou.

-Vim verificar como está.

-Estou bem. - Yves retirou a armadura pesada e colocou em sua cama, soltou seus cabelos e se olhou no reflexo de sua espada. - Como ainda consigo enganar esses tolos? Apenas com o cabelo no alto que pareço um homem?

-Acredito que seja por suas vestes. - O príncipe se aproximou de Yves e acariciou seu rosto. - Minha proposta ainda está de pé, quando se sentir pronta para se tornar novamente uma mulher, eu estarei pronto para aceita-la e ajuda-la a subir ao topo, sem qualquer arranhão.

-Vossa majestade sabe por que ainda estou aqui, então não insista.

-Yves... Você sabe que sempre insistirei até que meu coração pare de bater.

-Cuidado no que fala, as vezes eu posso acabar com sua insistência usando seu coração.

O príncipe sorriu, o mais largo sorriso e então falou se aproximando de Yves.

-Então use meu coração.