Reino de Lascan

Capítulo 14

Edith foi jogada de joelhos em frente ao rei.

Seus olhos já suplicavam por perdão, mesmo não sendo ela quem cometeu o crime.

-Novamente Edith. Dessa vez não há ninguém a quem possa culpar. – O rei falou em sua frente.

-Não foi Edith vossa majestade. – A serva mais velha declarou, mas antes que se aproximasse ainda mais do rei, os guardas reais a pararam.

-Quem seria o culpado dessa vez?

A serva olhou para os demais, e seus olhos pousaram no príncipe herdeiro.

-Príncipe herdeiro. – Ela falou.

-O que? – O príncipe herdeiro junto ao seu primo August soltaram uma gargalhada.

Não era a primeira vez que o príncipe herdeiro fizera uma escolha errada.

-Que prova você tem para acusa-lo? – O rei questionou.

-Eu vi e ouvi o príncipe dando a Edith um pacote e solicitando a ela oferecer o chá para o rei, porem sem que houvesse uma prova. Por esse motivo corri para impedir o rei.

-Isso não é suficiente. Como uma serva que nem você pode acusar o príncipe herdeiro? – A princesa perguntou alargando seu sorriso. –Me parece até cômico sua historia.

-Vossa majestade, eu príncipe Pierre também ouvi, e sei o como o príncipe herdeiro está ansioso para tomar o trono. Você acha mesmo que nosso primo August viria até nosso reino, apenas pela terra prometida?

-Eu não posso perdoa-lo novamente! Príncipe que matou seu próprio irmão teve a ousadia de colocar a vida do rei em perigo para tomar o trono facilmente?

Edith continuou de joelhos. Ela estava no meio de uma guerra real.

Atrás dela os príncipes e em sua frente o rei furioso, o pior que Edith ainda não sabia como príncipe George estava, já que havia tomado o veneno pelo rei.

O veneno a qual Edith inocentemente serviu.

-Vossa majestade acreditara neles? – O príncipe herdeiro questionou levantando-se junto ao príncipe August.

-Não é a primeira vez a qual comete um crime nesse reino, sempre pensei que não és bom o suficiente para tomar o trono. Guardas! – O rei chamou. – Prendem-no e faça com que a população saiba de sua morte como uma doença.

-Morte?! – Princesa Leah questionou apavorada.

-Quando estamos no comando de um reino, não podemos deixar nossos sentimentos tomar nossas decisões. Príncipe herdeiro é uma ameaça ao reino. Ele deve morrer.

Assim que o rei ordenou sua morte, todos os quatro príncipes seguraram suas espadas em mãos.

August e o príncipe herdeiro com as espadas apontadas em direção aos guardas. Já o príncipe mais novo e Pierre com as espadas em direção aos dois traidores.

-Gostaria de anunciar a guerra. – Príncipe August disse soltando uma gargalhada. Os guerreiros que ele trouxera apareceram assim que o mesmo assoviou. Por esse motivo ele trouxe tantos guerreiros junto a ele, pois August já estava preparado para uma guerra, e a parte mais difícil que era adentrar o reino, ele havia conseguido.

Uma batalha ardente havia se iniciado. O rei havia sido retirado do local junto aos guardas. Precisava ficar em um local seguro para defender a coroa.

Edith estava perdida no meio as lutas.

-Precisamos do príncipe George. – Pierre sussurrou.

-Mas ele está fraco, havia tomado o veneno.

-Irmão você deve encontra-lo. Sem ele e seus comandos não venceremos.

Robert, príncipe mais novo assentiu e correu para encontrar o príncipe bastardo.

Havia guardas lutando pelo pátio do reino, o príncipe não parou de correr, nem mesmo quando foi acertado por um cavalheiro do reino de August.

Entrou no aposento do príncipe George e o viu deitado em sua cama, com um medico ainda o examinando. George estava pálido, ele já estava acordado, mas aparentava estar fraco.

-O que está acontecendo? – George questionou com a respiração pesada.

-Guerra. Nosso irmão, príncipe herdeiro quem tentou envenenar nosso pai. Ele junto ao August declarou guerra ao nosso reino.

George afastou as mãos do medico e então se levantou da cama.

-Príncipe, você está fraco para uma guerra. Ainda não sabemos se o remédio que dei será o suficiente para livrar do veneno a qual tomou.

-Não há tempo. Nosso reino está em perigo.

George vestiu sua armadura, agarrou sua espada e então junto ao príncipe mais novo correu ignorando todos os demais guardas para alcançar os traidores.

Assim que entraram no salão onde aconteciam as reuniões, George avistou Pierre com a espada na jugula do príncipe herdeiro, e August com as mãos em Edith, também pronto para mata-la.

-Então a vida dessa garota é tão importante assim? – August questionou sorrindo.

-Não encoste em Edith. – Pierre falou cerrando os dentes.

-Então a historia que Richard contou era verdade. Essa garota é a irmã de Sebastian, que na verdade era uma mulher a qual Pierre tinha sentimentos.

-Há algo a mais nessa historia. Yves morreu por culpa de Richard, então não asseguraria que Richard permanecerá vivo mesmo você colocando as mãos em Edith. – George falou seguindo o tom debochado de August.

- Nossa que surpresa, pensei que já estivesse morto.

-Aichh... – George soltou um resmungo e continuou. – Acredite, pensei que estaria livre de vê-lo novamente, mas aqui estamos não é mesmo? - George começou a se aproximar de August e falou. – Agora o que acha em libertar Edith?

-E o que seu irmão acha de libertar Richard?

-Ele não gosta muito da ideia. – George parou em frente à Edith. – Se abaixa. – Ele sussurrou e Edith o fez, mesmo sentindo que a espada de August raspou seu rosto, deixando um filete de sangue surgir. George movimentou-se rápido, atingiu com sua espada August, e logo ouviu o barulho de espadas se acertarem. Olhou rapidamente para trás, e visualizou princesa Leah próxima a Pierre com uma espada em mãos, e Pierre de frente a ela para se defender, infelizmente Richard havia sido libertado pela princesa Leah que fazia de tudo para ajudar tomar a coroa.

George conseguiu derrubar August e sua espada finalmente apontada no peito dele, porem quando finalmente iria matá-lo algo chamou sua atenção, um dos guardas reais anunciou.

-Estão nos aposentos reais!

George olhou para trás, e então August levantou-se e empurrou o corpo de George ao chão.

-Nossa chance Richard! – August gritou e então os dois saíram do salão para encontrar o rei e mata-lo.

George levantou-se e ajudou Pierre com os guerreiros que estavam lutando contra ele.

-Precisamos salvar o rei.

Pierre assentiu e os dois correram para fora do salão na intenção de proteger a vida do rei.