Desconhecido

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A historia que verão é inspirada em documentos verdadeiros.

O terror, só terminaria duas semanas depois (se termina-se), tudo começou naquela noite de horror com um jovem em meio a um bosque.

A noite o Bosque do Jequitibá é um lugar em que os mais aterrorizadores pesadelos tomam forma, lá à ervas daninhas que cresceram estranhamente ao redor das arvores esquisitas em suas formas e tamanhos tomam conta do lugar.

Pela mata virgem ser muito densa limita a locomoção de qualquer ser vivo, exceto por talvez alguns macacos que porventura habitam o lugar.

As arvores em torno de Anderson estavam balançando ao vento, em uma forma sinistra, grossas gotas de chuva começaram a se rebater em seu rosto enquanto corria freneticamente pela escuridão, uma duvida pertinente tomou conta da mente dele.

"O que esta acontecendo, por que eu estou aqui?".

Sua respiração estava ofegante e pesada, sentindo suas pernas fraquejar a cada passo, isso não o impediu de continuar, sabia que se parasse ele iria morrer os galhos invisíveis batiam no seu rosto em sua corrida alucinada, esse foi o motivo para ele tropeçar em um barranco que estava escondido pela tenebrosa escuridão que consumia o lugar.

Seu terrível urro de dor seguido de sua queda ecoou pelo bosque.

" Haaaaa!".

"Socorro! ALGUÉM AJUDA!". Gritou ao perceber que havia rolado alguns metros pelo barranco.

Sentiu a adrenalina subir, enquanto ouvia as folhas estalarem e via o mato se mover, imaginou algo vindo do próprio inferno sair de dentro do obscuro mato e o consumir, só foi esquecido pelo incrível grito de dor.

Sentiu a carne de suas pernas rasgarem, e os ossos se moverem lentamente cortando seus músculos e rompendo cada fibra em seu caminho.

O vento ficou cada vez mais forte fazendo as gotas de chuva se curvarem para o norte, uma luz branca veio da direção oposta, o coração de Anderson se encheu de esperança, ali estaria sua salvação, talvez o monstro que o perseguia iria ver a luminosidade e iria se esconder na mata.

A silhueta humanoide em forma de sombra surgi contra a luz, sem ele almenos pensar ou se questionar ele grita.

"Aqui Socorro!".

Com muito esforço levantou suas mãos enquanto gritava acenando, aquela sombra veio em direção a ele andando lentamente, Anderson se questionou se o rapaz não entendera o perigo que ele estava correndo.

O mais estranho era que conforme ele se aproximava, mais os ventos pareci uivar e as folhas esvoaçam em círculo em volta dele.

Foi quando ele chegou a uns dois metros, que a face de Anderson tomou uma forma espantosa, seus olhos não acreditavam no que estava vendo e o horror tomou conta de seu semblante enquanto lagrimas escorriam pelas curvas de seu rosto.

"Oi , Anderson.". disse a voz demoníaca que nenhum homem poderia descrever.

"Não, você NÃO!".

Falava enquanto se virou ignorando a dor de sua fratura exposta, tentou subir o barranco inutilmente, quanto mais lutava mais dor sentia, a água havia transformado a terra em barro; isso fez com que ele afunda-se ao invés de subir o barranco, sentia o cheiro estridente e metálico de seu sangue se misturar com o do mato molhado.

A tristeza e solidão tomarão conta de seus pensamentos, sabia que nunca mais veria sua família ou realizar seus sonhos.

"Por favor, ha ha... não me mate, eu implo...ro!" disse enquanto engasgava em meio as suas lagrimas de desespero.

"Hoje, não, HA HA HAHA!". Aquilo respondeu com uma voz rouca e rindo diabolicamente.

Segurou o braço de Anderson e em um abraço grosso e serpenteante, puxou-o para aquela escuridão terrível onde a vegetação rasteira se confundia com as folhas das arvores, corria e rugia e gritava ao levar Anderson pelo clarão negro da mata consumida pela, agora, formação da tempestade.

Em direção a sua morte, Anderson virou o pescoço para longe daquela escuridão e começou a gritar loucamente na chuva e olhando a luz branca que ficava cada vez menor em sua percepção.

O eco de seu grito acabou desaparecendo, a luz se apagou e toda a floresta voltou a ficar em silencio, assim como um grande cemitério.

E então a vida recomeçou, aos poucos o Bosque foi tomado por cantos de pássaros, as folhas tremeram ao frio vento vindo do norte, apenas deixando o corpo de Anderson para trás.

Ele foi Encontrado no dia seguinte por alguns corredores na primeira luz da manha. Eles foram correndo para a cidade, contar o que encontrara.

Quando o sol, então clareou o céu e as sombras ficaram para trás, os policiais já estavam no lugar.

"Coitado, acho que ele morreu entre umas seis ou sete horas atrás,". informou o legista ao Chefe de policia. Estavam os dois em pé, já tinhão vistos muitos corpos brutalmente esfolados, mas isso não os impedia de ficarem surpresos mesmo assim, as costas do cadáver estava sem pele, havia uma perfuração embaixo no torço perto do rim, e olharam para o cadáver que estava com o rosto para baixo, mais uma vês antes de se encararem.

Ao lado dela estavam os dois assistentes do legista.

"E qual foi a causa da morte, filhote?" perguntou o Chefe de policia. Era um homem alto e forte, mas sempre com seus largos ombros caídos, era o tipico vaqueiro usando botas com uma calça jeans azul escuro e chapéu tipico.

O legista abriu um pirulito e colocou na boca antes de responder, "Nenhuma causa visível, tipo a pernas estão destruídas com varia feridas expostas, rançarão boa parte da pele em suas costa mas isso foi post-mortem, e tem uma perfuração em direção ao rim, mas infelizmente não acho que foi isso que o matou." deu uma pausa em pensou um pouco " mas temos isso.".

O legista curvou-se sobre o corpo e levantou o braço do defunto.

Havia uma marca vermelha na palma da mão em forma de um smiling face que era saliente e áspera.

Ouve mais uma troca de olhares entre o legista e seus assistentes, o legista agora estava encarando o Chefe de policia, só o olhar de cumplicidade diante de uma situação terrível já bastante conhecida.

Os lábios do Chefe se cerraram.

Ele não podia, mais adiar ou  fingir que nada de errado estava acontecendo em Campinas.

" Droga, virem a porra do corpo." ordenou ele.

Os assistentes do legista viraram o cadáver rígido do jovem rapas, deitando-o de costas.

Havia folhas e terra grudados com sangue em seu rosto, pedaços marrons saião de seu nariz, mas o Chefe de policia não fez nenhuma expressão ao reconhecer o corpo.

O difícil para ele foi deixar as palavras saírem de sua mandíbula.

"È o Anderson Bernardes da Silva" disse ele exitando.

"É uma identificação?" perguntou um dos assistentes.

"Era amigo do meu filho" finalizou enquanto virava as costas para o corpo.

E silenciosamente ele se levantou, e começou a caminhar em direção á sua viatura que estava a uns trinta metros de distancia já fora do limite do bosque.

"É ele não é, Chefe?" perguntou o legista, atrás dele.

O policial não respondeu. Só apressou o passo. Isso não impediu o legista de gritar atrás dele.

"Está acontecendo tudo outra vez, a maldição?"

As palavras dele não eram uma simples pergunta e sim uma afirmação assustadora.

O DesconhecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora