Prólogo

127 10 0
                                    

12 horas antes

GoldenLand, Dia 2 de Julho de 2016. 2:15 A.M

— Brooke, cava logo essa merda! — Eu estava sem paciência para os momentos dramáticos de Brooke, ela sempre faz isso.

— Eu não posso! Ela ainda é minha amiga! — Choramingou Brooke, enquanto segurava uma pá suja de sangue em suas mãos.

— Se você não cavar isso, eu te enterro junto com sua amiga, faça o que ele está mandando. — Disse Amber enquanto cavava uma cova.

Enquanto Amber e Brooke faziam o trabalho sujo, Meggie estava bêbada, como de costume, gravando um vídeo. Ela parecia estar se divertindo com a situação, não vou mentir, eu também estava adorando o fato de ter matado uma vadia.

— Gente! GENTE! Vira a cara dela, eu quero gravar a cara da defunta! — Gritou Meggie.

— Cala a boca Meggie! Alguém pode nos escutar. — Gritei para ela.

Meggie fez uma cara triste enquanto guardava o celular, mas eu não me importei, ela só estava ali para levar a culpa também. Estávamos em uma floresta bem escura, um lugar perfeito para um assassinato, não que isso tivesse sido planejado, mas se fosse teria sido melhor ainda.

Depois de um tempo, Brooke e Amber terminaram de cavar a cova, então, Meggie jogou o corpo da vadia dentro da cova, Brooke deixou a pá ensanguentada junto do corpo e nós saímos de lá o mais rápido possível.

— Vamos voltar para a estrada, temos que nos livrar dessas roupas, eu não paguei 250 reais em uma camisa para ela sujar de lama. — Falei enquanto andávamos para fora da floresta, eu não aguentava mais estar naquele lugar. Brooke estava chorando, como de costume, Meggie estava iluminando o caminho com seu celular e Amber estava segurando a pá que usou para cavar, caso alguém aparecesse em nosso caminho.

— Eu não aguento mais ouvir as lamentações dela, será que podemos matar a chifruda? — Disse a Amber, com uma clara expressão de indiferença, enquanto apontava a pá na direção de Brooke.

— EU NÃO SOU CHIFRUDA! Eu sei que ele me ama!— Gritou a corna, mais conhecida como Brooke, enquanto se afastava de Amber.

Depois do grito de Brooke, ouvimos um barulho de movimento entre as plantas que estavam por perto.

— Quem está aí? — Disse Amber apontando a pá em direção de onde ouviu o barulho.

— Não temos tempo para nos preocuparmos com isso, continuem andando. — Eu disse, impaciente com a situação.

Logo depois chegamos a estrada, estava apenas nossos carros lá, um Ford Ranger azul e um Lancer preto. Eu, Amber e Meggie entramos no Ford e Brooke voltou sozinha no Lancer. Amber dirigia o Ford em direção ao nosso colégio,Meggie estava no banco de trás e eu no banco da frente, Brooke estava logo atrás nos seguindo com seu Lancer, dava para ver pelo retrovisor a tensão no rosto dela. Nosso colégio não era tão longe dali de carro, apenas uns 15 km, estávamos a 80 km/h, chegaríamos lá em mais ou menos 18 minutos.

Golden West Academy é muito grande,ela fica em cima de um morro, parecendo um castelo, tem um muro que a cobre por inteira, uma entrada para automóveis e uma entrada para os alunos que vão andando. Logo em frente é o estacionamento que é dividido em duas partes, com 250 vagas na frente e mais 250 vagas na parte de trás do colégio. Golden West Academy tem 4 andares, o primeiro andar é composto por um corredor com os armários,uma grande porta que leva a quadra esportiva, outra porta que leva ao refeitório,e uma porta que leva ao pátio, um lindo lugar florido. No final do corredor tem uma escada que leva ao 2 andar. O 2 andar é onde ficam as salas de aula, são 20 salas de aula com 25 alunos, dividas em letras e ano. Alunos com a maior pontuação ficam na sala A e recebem prestígios do colégio, com pontuações medianas ficam na B, pontuações baixas na C e os repetentes na D, existe as salas com letra E também, é onde ficam os alunos com algum tipo de deficiência, eles precisam de métodos de ensino diferenciados. São quatro salas para cada letra,sendo uma letra para cada ano. O 3 andar é onde ficam os vestiários, o vestiário A possui cabine de banho para cada aluno, você precisa de um cartão para poder usá-los, cada aluno tem um com sua respectiva letra inicial de nome. O vestiário B é comum, são apenas cabines sanitárias e um enorme espelho na frente. O vestiário C e D são juntos, e são vários banheiros químicos, Meggie diz que é nojento, eu não sei, nunca estive lá. O vestiário E é o mais luxuoso, pelo que dizem, eles tem até assistentes particulares, já que alguns não sabem como tomar banho sozinho. O 4 andar é onde fica a sala dos professores e o escritório do diretor, que são enormes, eles tem tudo, até máquina de café e suco de graça.

Estávamos quase entrando na escola quando Amber reconheceu um carro que estava no estacionamento.

— Candice está aqui, vamos nos esconder. — Disse Amber, dando ré no carro.

— Ela provavelmente está transando. — Eu disse.

— Transando!? EU QUERO! — Gritou Meggie, logo que ouviu a palavra ''transando''.

Amber estacionou o carro do lado do muro, para que ninguém que estivesse dentro do colégio pudesse ver seu carro. Brooke parou o carro logo atrás do nosso, desceu do mesmo e veio andando em nossa direção.

— Por que não estacionamos lá dentro? Por que estamos aqui? Se virem nossos carros estamos ferrados! — Disse Brooke bastante tensa, a voz dela estava trêmula, dava para sentir seu medo.

— Nós estamos aqui porque precisamos nos livrar dessas roupas, ou você prefere chegar em casa suja de sangue e contar a novidade para sua mãe? — Eu disse.

Depois de um breve silêncio de Brooke, Amber abriu a boca.

— Algum de vocês está com o cartão? Esqueci o meu em casa. 

Para entrar no colégio precisávamos de um cartão, um cartão que só os alunos de classe A possuem. Ele te permite entrar no colégio quando não está em horário de aula, mas ele registra a sua entrada e saída, esse registro é salvo automaticamente no computador do diretor.

— Eu estou com o do meu namorado. — Disse Brooke, tirando um cartão com a letra T de seu bolso.

Entramos no colégio pela entrada de pedestres, não podíamos deixar que Candice nos visse, ela é uma vadia fofoqueira, então passamos bem longe do carro dela, que era o único no estacionamento. Entramos no colégio e seguimos direto para a cozinha que se encontra atrás do refeitório, Amber ligou o fogão e começou a se despir.

— O que você tá fazendo? — Peguntou Brooke.

— Temos que nos livrar dessas roupas e queimando é o melhor método para isso. — Respondeu Amber.

— Eu adoro ficar pelada! — Disse Meggie, tirando rapidamente suas roupas de seu corpo.

— Não irei tirar minha cueca, não darei o prazer de me verem nu, cadelas. — Sorri, enquanto tirava minhas roupas.

Depois de tirarmos a roupa, começamos a jogar as roupas em cima do fogão aceso. Não demorou muito tempo até as roupas começarem a queimar e a fumaça subir, para nossa sorte, eles tinham extintor de teto na cozinha, que começou a fazer barulho e espirrar na nossa cabeça. Brooke gritou no susto, e após seu grito, nós conseguimos ouvir barulho de vários pés vindo em nossa direção, e só uma simples palavra saiu de minha boca.

— Fodeu. 

Revenge Is a BitchOnde histórias criam vida. Descubra agora