Revenge Is a Bitch

Novas Cadelas

  — Então amores, onde eu parei? 

—Esperem! Acho que me lembrei.— Continuou Ariel, após um breve momento.

6 meses antes do acidente

Bom, como eu estava dizendo, foi nessa hora que entrou Candice. Ela parece inofensiva como uma ovelha. Branca, olhos claros, cabelos loiros, bem padrãozinho mesmo, aquela que os meninos se derretem, mas não se enganem, ela também é uma vadia. Eu só não sabia que por causa dela, nós acabaríamos em um tribunal.

  — Posso me sentar aqui? — Disse o demônio, apontando para a carteira que estava ao lado das nossas.

  — Ela está desocupada, e não é como se fosse nossa propriedade...— Amber sendo um doce de pessoa, como sempre.

— Alguém está de mal humor, parece que a noite não foi boa.   — Candice retrucou, enquanto sentava na carteira ao lado da nossa.

Amber e Candice tem um passado bem babadeiro, parece que elas já foram melhores amigas, mas a Candice fez a Amber de otária, usando ela para conseguir subir de status na cidade, já que Amber vem da família mais rica de Golden West. E pelo o que parece, ela conseguiu, sendo atualmente a garota mais adorada entre a elite da cidade. Hoje em dia, elas não se batem de jeito nenhum, na verdade, até se odeiam, então é super comum elas trocarem esse tipo de ''carícia''. 

Logo depois entrou o restante dos alunos, mas a única que importa nessa história é Brooke Stone. ''Por quê?'' vocês devem estar se perguntando, porque graças a nossa união que tudo aconteceu, mas isso eu vou mostrar um pouco mais para frente. O resto do dia foi só aula, então vamos pular essa parte para a hora da saída.

Agora sim, na hora da saída foi onde tivemos o anúncio do primeiro assassinato. Quando descemos as escadas para o primeiro andar, só conseguíamos ver várias pessoas reunidas ao redor da entrada da quadra esportiva. Pessoas com olhar de pânico, algumas até chorando, mas nós não sabíamos o porquê, já que eles estavam tampando a entrada. Foi quando tive a brilhante, ou nem tanto, ideia de perguntar para a menina que estava ao meu lado, o que havia acontecido.

  — Querida desconhecida, você sabe o que aconteceu ali dentro? — Cutuquei ela.

  — COM CERTEZA! Eu peguei a defunta em um ângulo MA-RA-VI-LHO-SO! Consegui antes dos professores me expulsarem lá de dentro. Quer ver?   —  antes que eu pudesse responder, a menina desconhecida enfiou o celular na minha cara.

Na foto, estava o corpo de uma menina, pendurado pelo pescoço com a corda que usamos para a escalada. A corda estava encharcada de sangue, assim como o corpo. À primeira vista parecia até um suicídio, sabe? Aqueles que as pessoas amarram a corda no pescoço e se jogam, mas isso não justificaria o sangue que estava por toda a parte do corpo, e a letra A que parecia ter sido feita com alguma lâmina, em sua barriga. Eu fiquei extremamente assustado com o que tinha acabado de ver, era tão cruel, eu só conseguia pensar em como uma pessoa teria coragem e sangue frio para matar alguém dessa forma. Amber, que estava ao meu lado, também viu a foto, mas não parecia tão chocada ou assustada como eu. 

  — Eu só fiquei meio triste porque o excesso de sangue não me deixou reconhecer a morta, de qualquer forma, essa foto vai ficar um A-RRA-ZO no meu blog! — A menina desconhecida parecia feliz, o que me assustava mais ainda.

  — Você é Meggie, não é? A menina do blog ''Fofocas de GWA''... — Amber havia reconhecido a menina quando a ouviu falar sobre o blog.

— Está certíssima! E com essa foto, o meu blog vai bombar novamente! — A menina que naquele momento, eu soube que se chamava Meggie, saiu rindo como um porco.

Amber viu que eu estava completamente desnorteado e me levou para o estacionamento, passando por toda aquela multidão curiosa. Chegando lá, ela me deixou no banco do carona de seu carro, e foi dirigindo em direção à saída. Pela janela, eu pude ver várias pessoas chorando no estacionamento, dentre elas, Brooke, que estava sendo acolhida pelo seu namorado, Tomáz. Já na saída, eu pude ver uma menina sendo levada pela ambulância, ela parecia totalmente estranha para mim, eu nunca a tinha visto na cidade. A menina que vi era Teodora Leone, uma aluna que havia sido transferida de uma escola em outra cidade, por não ser muito boa nos estudos ou rica, ela ficou na classe 1-C. 

Presente 

—Deixe-me entender, você alega que Meggie Linwood, teve contato com a estudante assassinada antes mesmo dos professores? — Disse o promotor.

  — Não! Ela só nos disse que conseguiu tirar a foto antes de ser expulsa, não disse que havia chegado antes deles.   — Disse Ariel, enquanto balançava sua cabeça para cima e para baixo.

— Então nós temos um culpado em potencial, meritíssimo. Meggie Linwood é a principal suspeita pela morte de Rebecca Smith, Susan Parker e Emma Cooper. — O promotor estava convicto de que essa menina fosse a causa de todos os crimes, e a serial killer que estavam à procura.

— Mais calma nessa afirmação, doutor. — Disse o defensor, com um olhar sério.

— Meggie Linwood pode ter tido contato com o corpo, mas isso não significa que ela matou, e em nenhum momento do testemunho, Ariel alega que Meggie estava suja de sangue. Estou certo?   — Continuou o defensor.

  — É verdade! A Meggie estava com o uniforme intacto, ela não poderia ter cometido o crime, saído correndo e trocado de roupa em poucos minutos. — Confirmou Ariel.

  — Essa história está começando a ficar interessante, criança, pode continuar. — Disse o juiz, com um sorriso largo em seu rosto. 

  — Antes, eu posso beber água? Eu já estou falando há bastante tempo, vou acabar morrendo desidratado. — Ariel disse, enquanto abanava o rosto com sua mão direita. 

  — Está certo, criança, teremos um breve recesso.—O juiz bateu seu martelo, dispensando a corte por um tempo.