Vocês querem saber como acabamos naquela forma, certo? Então sentem-se aí que eu vou contar tudinho!
Como tudo começou, e como tudo se tornou uma bagunça, para isso, vamos voltar um tempinho atrás.
6 meses antes do acidente
Naquela época eu ainda era um amorzinho, com ficha limpa na polícia e o rosto bem hidratado. Era o primeiro dia de aula do ano letivo, eu estava ansioso para acontecer algo interessante como nos filmes de ensino médio. Esperava que o menino mais popular da escola esbarrasse em mim, enquanto eu segurava meus livros, então ele iria se abaixar para me ajudar, nós iríamos nos encarar e começar um romance adolescente, mas, querer não é poder. Quando dei meu primeiro passo dentro daquela escola, me deparei com um ser repugnante, tóxico e podre, mais conhecido como Tomáz. Ele estava com seus amigos do time de futebol, cada menino mais bruto que o outro, me dava náusea só de pensar no quanto de bomba aqueles meninos ingeriam. Assim que notou minha presença, Tomáz se virou sorrindo para mim, e disse:
— E aí, viadinho, vai ficar me admirando ou vai sair da frente?
Eu não sabia o que sentia naquela hora, se era ódio ou prazer. Aquele homem maravilhoso parado na minha frente, com aquele sorriso maldoso, eu me derreti todo! Porém, devo lembrar que ele é um babaca, completamente cretino, não se apaixonem por ele.
— E se eu escolher te admirar, vai fazer o quê? — Fiz uma cara bem debochada, para ele não perceber que na verdade, eu quero isso mesmo.
— Eu vou quebrar todos os dentes que você tem dentro dessa boca. — Dessa vez, ele não estava sorrindo quando disse isso.
Claro que eu deixei ele passar, né, vai que ele quebra meus dentes perfeitos. Ele e aqueles brutamontes seguiram para o estacionamento da frente, onde estava a namoradinha dele estacionando.O nome dela é Brooke, mas eu prefiro chamar de corna, uma menina sem personalidade, tão inteligente, mas ao mesmo tempo tão burra, enquanto sua média está sempre acima de 9, seu carisma está abaixo de 0. Eu não fiquei olhando por muito tempo, se ele voltasse, eu teria que dar adeus aos meus dentinhos.
Segui para o 2 andar, mais especificamente, para a minha sala, 1-A. Como havíamos combinado, meu cão de guarda estava prontinho me esperando, sedento pela minha presença, porque vamos deixar bem claro que eu sou maravilhoso. Lá estava Amber, sentada no fundão, com um olhar frio, parecendo um cadáver.
— Olá querida! — Eu disse, enquanto acenava como uma miss e andava em direção ao fundo da sala.
— Olá querido... Você demorou, pensei que não iria vir. — Amber não tinha muitas expressões faciais, sempre parecia estar morta por dentro, mas eu gosto dela e sei que ela me ama.
— Desculpa, eu demorei um pouco na entrada, estava flertando. — Nós rimos depois que eu disse isso, porque ambos sabíamos que não era verdade.
Ficamos muito tempo conversando, tínhamos que colocar a fofoca em dia, sabe como é, né? Os alunos iam entrando porque a aula estava prestes a começar, foi quando entrou aquela garota...
Presente
—Você está nos enrolando! Qual é a relevância desses fatos estúpidos?— Disse o promotor de justiça, enquanto batia o punho em sua mesa.
— Você me pediu para falar, se eu não contar tudo, ninguém vai entender o babado. — Disse Ariel, enquanto fazia biquinho.
— ''Babado''? Meritíssimo, essa criança não demonstra quaisquer respeito à sua corte, esse tipo de linguajar deplorável em um ambiente como esse, ele deveria ser punido! — O promotor estava bastante irritado com Ariel, porque em sua visão, ele já era um culpado, só precisava de provas concretas.
— Meritíssimo, minha testemunha é uma criança, ele está usando o linguajar adequado a sua idade, ele não pode simplesmente agir como um adulto porque o promotor quer. — Disse o defensor, com um tom calmo e bem relaxado.
— Ordem! — Disse o Juiz batendo seu martelo.
— Doutor, você insistiu para que ele testemunhasse, agora está reclamando?— O Juiz olhava diretamente para o promotor, que parecia estar bem zangado com a resposta recebida.
— Perdão Meritíssimo, eu me equivoquei, não acontecerá novamente. — O promotor abaixava sua cabeça como sinal de perdão.
— E aí, gente, eu posso continuar? — Disse Ariel, em um tom preguiçoso.
— Continue, criança, mas tente focar nas partes importantes para nos ajudar a resolver o crime. — Disse o Juiz, enquanto alisava sua longa barba.
— Eu tô ajudando! Essas pessoas são importantes nessa história, então, não se atrevam a me interromper. — Ariel disse com um olhar sério, em direção ao promotor.
— Então amores, onde eu parei?
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Revenge Is a Bitch
Misterio / SuspensoSalto alto, belas garotas, bofes e uma vadia morta, o que mais você poderia querer? Quando quatro cadelas matam sua colega de classe nas férias, suas vidas viram de cabeça para baixo, seus problemas começam a acumular, e aos poucos, revelados. Não s...