V

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Quando a valsa acabou, Franz conduziu Sissi até uma porta que dava para uma varanda. O céu estava estrelado, vários lampiões estavam acesos iluminando o majestoso jardim. Ela se apoiou no parapeito da varanda e ficou observando a fonte jorrar água. Provavelmente todos os presentes no baile estavam comentando sobre eles, mas de todos que estavam lá presentes, ela pensava somente em Helene. Provavelmente sua irmã estava a odiando, mas faria algo para conseguir o seu perdão.

— Gostaria de saber o que tanto pensa Elisabeth.

— Sissi. Prefiro que me chame de Sissi. — finalmente olhou para ele. — Por que fez isso? Trouxe-me até aqui por qual motivo? Minha irmã estava no baile, ela está apaixonada por você! Está tão encantada, falou-me tão bem sobre você.

— Sissi, não nego que sua irmã seja extremamente graciosa, bela e educada. Porém, ela não me despertou o que você me despertou. Seu olhar possui um brilho diferente. Nota-se que não és como as outras mulheres.

— Como pode saber? — sussurrou.

— Meu coração diz que você é diferente. — colocou a mão no rosto dela. — Minha mente diz para eu me afastar e seguir o que minha mãe pede. Uma guerra está sendo travada dentro de mim, e creio que meu coração está ganhando. — Franz acariciou a bochecha de Sissi com carinho. — Não quero viver em um casamento infeliz sendo que encontrei meu amor, e ele está aqui em minha frente.

— Por favor, não diga isso.

— Estou arruinado, Elisabeth. Já a amo.

— Franz...

Ele encostou seus lábios aos dela apaixonadamente. Ela retribuiu e envolveu seus braços no pescoço dele. Mas a imagem de Helene passa por sua cabeça e ela se afastou subitamente. Colocou sua mão sobre o coração e começou a andar de um lado para o outro. Lágrimas começaram a descer por seu rosto, aquilo era tão cruel.

— Preciso ir.

— Por que insiste em negar o que sente Sissi? — Franz perguntou frustrado.

— Apenas deixe-me ir.

— Vá.

Ela começou andar rapidamente de volta para o salão. Sentia vontade de chorar ainda mais, mas não podia deixar as pessoas verem ela daquele estado. Enxugou as lágrimas que teimavam em cair e abaixou a cabeça para ninguém perceber que havia chorado. Conseguiu chegar até a porta que levava para o apartamento, mas uma mão a segurou pelo braço.

— Sissi, o que foi aquilo? — sua mãe perguntou.

— Não me pergunte nada mamãe. Nem eu mesma consigo entender o que aconteceu. Peço-te, deixe-me sair daqui, preciso me afastar um pouco.

— Helene...

— Ela deve estar me odiando, eu sei. Por favor, eu não queria isso.

— Como se eu estivesse acusando você de qualquer coisa meu bem. Apenas achei a atitude de Franz estranha. Na verdade, fiquei bastante surpresa. Ele parecia tão interessado em Helene mais cedo. Será que ele queria testá-la?

— Com certeza. — mentiu Sissi. — Pode ser realmente isso.

— O que ele queria com você?

— Apenas perguntas sobre mim.

— Oh, sim. Direi a Helene que ela não precisa se preocupar tanto.

— Diga. Posso ir?

— Claro meu bem. — ela soltou o braço de Sissi e sorriu. — Bom descanso.

A futura imperatrizOnde histórias criam vida. Descubra agora