Quando a valsa acabou, Franz conduziu Sissi até uma porta que dava para uma varanda. O céu estava estrelado, vários lampiões estavam acesos iluminando o majestoso jardim. Ela se apoiou no parapeito da varanda e ficou observando a fonte jorrar água. Provavelmente todos os presentes no baile estavam comentando sobre eles, mas de todos que estavam lá presentes, ela pensava somente em Helene. Provavelmente sua irmã estava a odiando, mas faria algo para conseguir o seu perdão.
— Gostaria de saber o que tanto pensa Elisabeth.
— Sissi. Prefiro que me chame de Sissi. — finalmente olhou para ele. — Por que fez isso? Trouxe-me até aqui por qual motivo? Minha irmã estava no baile, ela está apaixonada por você! Está tão encantada, falou-me tão bem sobre você.
— Sissi, não nego que sua irmã seja extremamente graciosa, bela e educada. Porém, ela não me despertou o que você me despertou. Seu olhar possui um brilho diferente. Nota-se que não és como as outras mulheres.
— Como pode saber? — sussurrou.
— Meu coração diz que você é diferente. — colocou a mão no rosto dela. — Minha mente diz para eu me afastar e seguir o que minha mãe pede. Uma guerra está sendo travada dentro de mim, e creio que meu coração está ganhando. — Franz acariciou a bochecha de Sissi com carinho. — Não quero viver em um casamento infeliz sendo que encontrei meu amor, e ele está aqui em minha frente.
— Por favor, não diga isso.
— Estou arruinado, Elisabeth. Já a amo.
— Franz...
Ele encostou seus lábios aos dela apaixonadamente. Ela retribuiu e envolveu seus braços no pescoço dele. Mas a imagem de Helene passa por sua cabeça e ela se afastou subitamente. Colocou sua mão sobre o coração e começou a andar de um lado para o outro. Lágrimas começaram a descer por seu rosto, aquilo era tão cruel.
— Preciso ir.
— Por que insiste em negar o que sente Sissi? — Franz perguntou frustrado.
— Apenas deixe-me ir.
— Vá.
Ela começou andar rapidamente de volta para o salão. Sentia vontade de chorar ainda mais, mas não podia deixar as pessoas verem ela daquele estado. Enxugou as lágrimas que teimavam em cair e abaixou a cabeça para ninguém perceber que havia chorado. Conseguiu chegar até a porta que levava para o apartamento, mas uma mão a segurou pelo braço.
— Sissi, o que foi aquilo? — sua mãe perguntou.
— Não me pergunte nada mamãe. Nem eu mesma consigo entender o que aconteceu. Peço-te, deixe-me sair daqui, preciso me afastar um pouco.
— Helene...
— Ela deve estar me odiando, eu sei. Por favor, eu não queria isso.
— Como se eu estivesse acusando você de qualquer coisa meu bem. Apenas achei a atitude de Franz estranha. Na verdade, fiquei bastante surpresa. Ele parecia tão interessado em Helene mais cedo. Será que ele queria testá-la?
— Com certeza. — mentiu Sissi. — Pode ser realmente isso.
— O que ele queria com você?
— Apenas perguntas sobre mim.
— Oh, sim. Direi a Helene que ela não precisa se preocupar tanto.
— Diga. Posso ir?
— Claro meu bem. — ela soltou o braço de Sissi e sorriu. — Bom descanso.
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A futura imperatriz
Short StorySissi, como é chamada por sua família e pessoas mais próximas, mora no castelo Possenhofen. Uma amante de animais, equitação, pesca, poemas, sempre foi cercada de amor da sua família, e apesar de ser muito agitada, era extremamente tímida com estran...