Trabalho é trabalho

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Eu gostava da sensação de esgotamento físico após uma corrida árdua, o suor e o coração acelerado traziam uma sensação indescritivel de ter vida correndo em minhas veias, essa sensação estática de que existe um leque de possibilidades à frente.

Enquanto tirava a roupa me olhei no espelho, meu reflexo estava cansado porém feliz, uma garota de 25 anos, parda de cabelos negros e ligeiramente ondulados em um corte estranho, só não tinha muito tempo para um salão de beleza, por isso tentei cortar em casa... pois é, tentei... A franja acabou ficando torta, e o cabelo com um lado maior que o outro, mas se qualquer um perguntar, foi de propósito..

Eu era bonita, e isso é uma coisa que eu aprendi com a Nana, ninguém além de você mesma pode dizer se é bonita ou não. Eu escolhi ser bonita.

Achava fofo o meu nariz de batata, adorava meus grandes olhos castanhos claros e meu rosto em formato de coração. Nana ás vezes me chamava de Bambi por causa disso, mas eu só achava emgraçadp ele me xparar ap animal mais fofo da Disney, eu estava um pouco longe de ser considerada fofa.

Meu celular tocou e eu saí de baixo do chuveiro sem me secar, deixando meus sonhos de eatreia na Disney escorrerem na pele junto com as gotas de água.

"Especialista no sobrenatural, detetive Johanna na linha."

"Hey Joh, Burkovisk falando, você pode vir aqui no distrito amarelo agora? Temos uma cena de crime em que eu preciso de uma especialista".

"Quão urgente? Tenho um compromisso em menos de vinte minutos no distrito verde. É caminho, mas vou demotar pelo menos uns ciquenta minutos para chegar ai."

"Acho que... Tome seu tempo, mas chegue aqui antes das oito. Você sabe que os caras da DAS acham que eu favoreço você.. "

Sorri.

"Você sabe que me ama. A-M-A! Mas não se preocupe, meu lance é rápido."

Coloquei meus jeans escuros, uma camisa preta e um par de botas de montaria marrom, eu não sabia quão ruim seria a cena de crime, então eu coloquei um outro par de roupas e um tênis na bolsa. As pessoas tendem a ficar assustadas quando você anda por ai coberta de sangue.

Desci para a garagem subterrâne do meu prédio, coloquei a bolsa no compartimento de couro da moto e subi.

Eu realmente adorava minha moto, era uma Harley Vintage dos anos 90 adaptada a voar rápido, alguns poderiam dizer que era um sacrilégio modificar um modelo original, mas eu não podia ficar com uma moto que não andasse nas vias aéreas.

Eu adorava as aéreas, andar cinco ou seis metros a cima do trânsito pesado de ônibus e carros antigos, onde o vento era mais fresco e o trânsito sempre leve.  Não era todo mundo que podia pagar pela nova tecnologia e por isso eu ficava grata que meus dois empregos pagavam bem o suficiente para que eu desfrutasse desse pequeno prazer.

Quando cheguei no endereço informado fiquei surpreendida, mui nobres famílias tradicionais não costumam me contratar.

Era uma grande casa branca com um jardim lindo na parte mais nobre do distrito verde, que por definição já era um distrito nobre. Por isso coferi o endereço duas vezes antes de tocar, digo, bater a campainha em formato de argola na porta de mogno avermelhado.

Quem atendeu a porta foi uma senhora na casa dos ciquenta, talvez mais, com o avançar da tecnologia era cada vez mais difícil julgar a idade de uma pessoa pela aparência. Tinha o cabelo preto cortado channel e olhos aguçados por trás dos óculos de leitura.

"Olá, sou a Detetive Particular Johanna, tenho uma reunião com..
Cheer!?" ergui a sobrancelha em deboche.

Não sorriu nem foi amigável, mas usava um terninho feminino branco e pérolas nas orelhas que me lembravam a minha avó quando participava da arrecadação de fundos para a igreja, o que me deixou confortável e deaconfortável ao mesmo tempo.

"Oh" ela finalmente falou com um sorriso que não chegou aos olhos. "Sim, sou Cherryse Dobranev eu liguei para você... Mas não fique ai, vamos entrar.

O interior da casa era ainda mais impressionante com um piso de mármore branco e assustadoras estátuas de querubins. Ela me levou para um sofá que era tão branco que eu fiquei com medo de sujar com o meu jeans não tão bem lavado assim, e um tapete de urso polar que me fez pensar sobre o tipo de pessoa que coloca um animal morto sob um lustre de cristal.

" São Varovisks" ela disse notando meu olhar para o lustre. "São uma preciosidade do inicio do século que eu comprei na França."

Suspirei, muito legal, só que não.

Ainda tinha muito o que fazer, e por mais que para ela fosse melhor com a conversa fugaz, eu definitivamente não era e para mim tempo era dinheiro.

"Senhora... Cheer, vamos conversar sobre porque você quer contratar meus serviços..."

Ela deu um ultimo risinho frivolo, como se tirasse a máscara de socialite, no lugar uma fria e distinta mulher de negócios apareceu.

"Acredito que estão tentando me matar. Por feitiços ilusórios."

Franzi o cenho.

"Tem certeza? Um feitiço dessa magnitude seria muito sutil para a maioria das pessoas."

Ela riu, assustador.

"Minha querida, não importa quantos anos você pensa que eu tenho, eu já vivi o triplo ou mais. Eu vi a magia deixar de ser mambo jambo e virar ciência na Europa, eu estava, eu sei quando alguém está tentando me matar. Quando o meu próprio filho está tentando matar. Aquele pequeno bastardo ganâcioso... O problema é que eu não tenho provas."

Ela poderia ser uma pessoa horrível, mas você simplesmente fica mesmerizado por esse tipo de personalidade, uma que toma o que quer, uma conquistadora no sentido mais puro da palavra.

"Bem, eu posso fazer alguns feitiços de proteção em você e na casa por enquanto, você deve enxergar com clareza se andar sempre com uma Jade. Coloque um pouco de tomilho nos bolsos também. Vou trabalhar em um encanto essa noite, acho que sei o que você precisa. Deve se prepar para que na hora do crepúsculo nos encontremos, vista algo de algodão, e traga um pertence do seu filho."

Ela sorriu, dentes perfeitamente brancos atrás de lábios cor de champagnem.

"Você é da velha escola. É bom ver que as tradições não se perderam completamente."

Não sorri. Respirei fundo, fechei os olhos e fiz um pequeno cântigo a Gaia. Trouxe toda a minha capacidade paranormal para a palma das mão, e quando estava quente o suficiente encostei nela. Tanta coisa sintética, tanto metal... Mas a alma era tão velha... Se eu não soubesse melhor pensaria que ela era uma vampira, porém a energia quente e amarelada que emanava da sua essência não deixava menti, certamente humana, e talvez com uma descendência muito distante de fadas, não era de se espantar que com o auxilio da medicina obtivesse tantos anos além do esperado.

"Oh, que pessoa singular! Tamanho poder em uma casca tão ordinária. Acredito que vale cada centavo que cobra a mais que a concorrência."

Sorri enquanto me consentrava para eliminar os vestígeos de energia negativa que tinham se envolvido na minha aura. Tomaria um bom bamho com sal quando chegasse em casa.

"Sim, só uma garota comum tentando viver na cidade grande." falei tentando não ser mal educada com a cliente.

Saí um minutoa depois, se corresse um pouco talvez os caras do DAS não pegariam no meu pé.... E talvez o mundo parasse de roda. Uma garota tem que sonhar ás vezes.

(Ver acima) O cabelo da Joh é tipo o da Emily de Skins, que preto.

Okay, gostaram? Ainda sem saber bem como isso funciona, rsContinuem acompanhando :)

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⏰ Última atualização: Nov 03, 2016 ⏰

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Joh & Noah: Vampiro ReiOnde histórias criam vida. Descubra agora