Depois de passar algumas horas no avião a única coisa que eu quero fazer é, sair dele.
Quando finalmente pousamos no nosso destino, novamente a ansiedade chega e o nervoso vem junto. Na minha cabeça só se passa uma coisa: "Certeza que eu vou acabar fazendo alguma besteira".
Mas tudo isso passou quando vi no portão de desembarque uma mulher de cabelos curtos, vestida de jeans com as barras dobradas e camiseta branca. Meus olhos pararam na plaquinha que ela segurava:
"Welcome Abalyn!"
Instantaneamente um sorriso surgiu no meu rosto e eu andei depressa até ela, sabia que era Susan à reconheci por causa das nossas videos chamadas, acho que ela também me reconheceu, pois assim que me viu logo me abraçou, de início estranhei, mas depois retribui e soube que Susan seria como uma segunda mãe.
(...)
Enquanto Susan se desculpava por seu marido e filhos não terem vindo me buscar no aeroporto, meus olhos brilhavam com a cidade que passava rápido pelo vidro do carro, é tudo tão mágico, tão calmo.
- Os garotos estão na escola e Mark no trabalho, se bem que está quase na hora deles chegarem - Susan falava rápido e eu fazia caretas esquisitas enquanto as palavras entravam na minha cabeça e meu cérebro as absorvia e traduzia.
-Sem problemas - digo e sorriu, as palavras saem baixo da minha boca, estou com medo de falar uma coisa nada haver ou errar a pronuncia e acho que Susan percebeu.
- Hey, não se preocupe com seu inglês, vamos tentar te ajudar, assim como você pode nos ensinar a falar português...ou perder o sotaque no meu caso - ela fala a minha língua, com um forte sotaque americano, eu me surpreendo e fico feliz que ela possa me entender. Riu e afirmo positivamente com a cabeça.
(...)
O bairro onde estamos é tão calmo, com grandes jardins. E as casas são tão bonitas e simpáticas. Susan estacionou o carro em frente a uma casa de cor escura, embora as flores do jardim sejam tão coloridas.
Desço do carro, meus olhos nunca se desviam da grande casa. Ouço um riso da parte de Susan. ela vai até a porta, abre a mesma e repete a frase da plaquinha:
- Welcome Abalyn - ela sorri e mesmo tendo a certeza que eu a entendi, ela traduz - Bem-Vinda Abalyn
Eu rio fraco e atravesso o caminho de pedras até chegar à entrada, peço licença para entrar e quando piso dentro da casa fico ainda mais surpresa, é tudo sofisticado e bonito.
- Não é grande coisa mas é a minha, agora nossa, casa - eu a agradeço pela consideração e fico pasma com o: "não é grande coisa" - Ah esqueci de te informar, infelizmente seu quarto não ficou pronto a tempo de sua chegada, então preparei uma cama para você no quarto de Danny.
- Ah, tudo bem, não tem problema - eu realmente não via problema o que estava mesmo me incomodando eras se Danny ia gostar de mim ou não.
- Não se preocupe, seu quarto fica pronto em alguns dias, o quarto de Danny é o primeiro do corredor a direita. Vou preparar o almoço enquanto você se organiza - seu sotaque dificultava meu entendimento das palavras, apenas afirmei positivamente com a cabeça e subi as escadas.
O quarto de Danny é coberto de pôsteres da animes entre outros desenhos, há uma cama bagunçada e um colchão com colchas limpas. Suponho que o colchão seja meu, coloco minhas malas encostadas na parede e olho ao redor. Ouço vozes agitadas vindo do andar de baixo, coloco minha cabeça para fora do quarto e passo meus olhos pelo corredor, tudo vazio, volto para dentro e como não tem nada para fazer, começo a arrumar a cama bagunçada.
Estava tão concentrada que não liguei quando ouvi passos apressados no assoalho e vozes de adolescentes do lado de fora do quarto. Apenas parei o que estava fazendo quando ouço alguém dizer atrás de mim:
- Who is you, and what you doing in my bedroom - me virei abruptamente e encarei o rapaz de cabelos jogados de lado.
Quase pedi para que repetisse o que disse, meu inglês é bom, mas tenho dificuldade em entender quando as palavras são pronunciadas muito rápido e o que ele disse foi: "Quem é você e o que está fazendo no meu quarto".
Fiquei o encarando, pensando no que dizer, estava travada e ele me olhava de forma curiosa. Coloquei a camiseta que tinha pego no chão sobre a cama, Ia começar dizendo: "Bem, eu sou a intercambista", mas Danny foi mais rápido,
- Deixe-me responder por você, é a intercambista - ele diz, dessa vez mais devagar para que eu possa entender cada palavra - Bem-Vinda - ele sorri e faz um gesto rápido com a cabeça.
Provavelmente vou ouvir muitos "Welcome" a partir de agora. Continuo parada no mesmo lugar, sorriu para seu comentário e observo seus movimentos, Danny joga sua mochila sobre a cama e se senta na cadeira giratória em frente a escrivaninha.
- Hey, você é muda? - ele chama minha atenção e eu riu fraco, coloco uma madeixa de cabelo atrás da orelha e sento na cama
- Não, sou apenas tímida - ótimo, mal cheguei e já causei uma péssima impressão.
Olho para o lado e meus olhos param numa estante de livros, um dos livros grandes está entre os pequenos, minhas mãos chegam a coçar com vontade de arrumar aquilo. Cruzo os braços e olho Danny que me encara com uma sobrancelha arqueada , sorriu e balanço a perna tentando me segurar. A minha neura é mais forte, vou até a estante e coloco o livro no seu devido lugar, solto um suspiro de alívio e ouço uma gargalhada de Danny, eu poderia ficar ouvindo aquela risada para sempre, a voz dele é fina e isto torna sua risada extremamente fofa.
- Não acredito que é uma dessas pessoas sistemáticas por organização - ele balança a cabeça enquanto se recupera da crise de riso.
- E não sou, isto é apenas com livros - sento novamente na cama e brinco com os rasgos da minha calça, evitando olhar para o rosto de Danny - e pilhas de papel.
Sinto o colchão afundar do meu lado e um braço sobre meus ombros.
- Não precisa ser tímida ok? - olhei para seu rosto e sorri, assim como ele - sinto que vamos ser muito amigos.
- Espero - continuamos nos olhando e naquele momento eu vi em Danny o irmão mais velho que eu nunca tive.
Do nada, ouço uma voz gritar do corredor, eu entendi mais ou menos isso: "Porra Danny, com quem você tanto fala?", logo um garoto aparece na porta do quarto, ele não é muito mais alto que eu, seus olhos são verdes e os cabelos castanhos, usa óculos e está de regata cavada o que revela seu corpo magro, embora todas as marcas desejadas pelas garotas estejam presentes. Chutei que aquele fosse Justin, o outro filho de Susan, mas eu tenho a sensação de que eu já o conheço.
- Foi mal, não sabia que estava com visita - Justin sorriu e foi ai que eu lembrei... Lembrei daquele sorriso sapeca que não saia da minha cabeça
"Não, não pode ser....ou pode? É o garoto do meu sonho"
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Hey, hey, hey... Mais um capitulo, eu gostaria que vocês comentassem o que estão achando, eu aceito críticas e todo o resto. Se estiverem gostando peço que por favor cliquem na estrelinha, ajudem a divulgar, pois estou passando os meus dias pensando em cada capitulo, tem muita coisa por vir.
xAll the lovex
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New House! New Brothers?!
RomanceUma garota de apenas 15 anos tem o sonho de estudar fora do seu país, o Brasil. Certa noite Abalyn, que é uma garota romântica e que espera o príncipe encantado, sonho com um garoto qual ela nunca viu na vida, nada de anormal. Quando ela passa num t...