Prólogo

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"ESTE LIVRO É DEDICADO A UM GRANDE AMIGO!

ETERNAMENTE EM NOSSOS CORAÇÕES, Nany ♥"


• Desculpem meus erros gramaticais e boa leitura ;) •

♥!♥!♥

— MELINDRA, VAI MAIS DEVAGAR!

Suspiro exausta, lágrimas desciam por meus olhos enquanto dirigia esse maldito carro, ao lado dessa vagabunda traiçoeira.

— C-como você pode fazer isso comigo?

Eu simplesmente não entendia, minha vida inteira foi dedicada cem por cento à esses dois. Ou pelo menos a ela! E agora? Bom, parece que a recompensa de tanto esforço vem como uma balde de água fria em seu belo rosto.

Traição!

Eles me traíram.

Da pior forma possível!

— Nós podemos conversar, mas para o carro. Merda, você esta acima da velocidade! — Resmungou assustada.

— Estou pouco me fodendo se estou acima da velocidade. — Viro o rosto em sua direção, enquanto pisava ainda mais no acelerador. — E não temos mais nada a ser dito.

— Melindra, por favor...

— Cala a boca! — Bato no volante.

Percebo pelo canto do olho quando ela se encolhe. Eu queria ter acertado esse soco na cara dela. Fazê-la rastejar no chão e arrancar cada fio de seu cabelo. Eu estava completamente sedenta de ódio.

Nunca, em toda a minha vida, falei com ela desta maneira. Achei que nunca fosse necessário. Por mais que sempre aprontasse, eu estava lá por ela. Em modéstia parte, ela querendo ou não, sempre fui aquilo que nunca seria.

Um porto seguro!

Uma amiga!

Uma irmã!

— Eu não entendo... — Balanço a cabeça. — Eu lhe dei tudo. TUDO! Percebe o que fez comigo? — Olho em seus olhos, enquanto ela suspira.

 Seu temperamento nunca foi um dos melhores, mas pela boa razão que tenho, ela estava calma. Ou pelo menos, estava tentando se manter!

— Se quer que eu peça desculpas a você, eu peço! Mas não pelos motivos que você quer. CUIDADO MELINDRA! — Desvio de um carro. — Tem um acostamento ali, é melhor a gente parar!

— O que eu vi hoje não tem perdão Meny.

— Eu o amo ta legal? — Gritou.

Fico paralisada momentaneamente apenas olhando a minha frente. Ela o amava? Meny poderia ser tudo, porém não era mentirosa. Pegar os dois na minha cama foi como um baque para meu cérebro. Mas, ouvi-la dizer essas palavras quebrou ainda mais meu coração.

Como se ainda existisse algum! O que restou aqui dentro provavelmente são cinzas cremadas por meu próprio ódio.

Sempre suspeitei que ele havia me traído no começo do nosso relacionamento. Mas, com o passar do tempo foi fácil cair de amores como uma completa imbecil, ocultando qualquer boato e cenas que não desejava ver.  Contudo, a única coisa que não entrava em minha mente era: por que?

Por que ele fez isso logo com Meny? Por que não terminou comigo antes? Por que ela não me disse? Por que diabos EU não havia percebido? Por que tive que chegar em casa e ouvir gemidos tão altos a ponto de seguir os rastros e vê-lo à comendo de quatro?

— E ele me ama. — Sibila tirando-me de meus devaneios.

— E eu amava vocês! Você Meny! — Uma lagrima solitária cai de seus olhos.

 Abaixo um pouco a velocidade do carro, mas ainda sigo dirigindo totalmente derrotada! Exausta! 

— Ele me pediu em casamento.

Será que ela não podia simplesmente calar a porra da boca? 

Lembro-me de quando propus morarmos juntos, e de como a sua resposta negativa havia me devastado na época. Eu desejava casar, ter filhos e um marido que me recebesse em casa depois de um dia exaustivo de trabalho. Tantos planos tolos, e sem nenhuma promessa de conclusão . Agora, os planos haviam mudado de rota, e quem merecia ser pedida em casamento era ela.

— Saia do carro. — Declaro, não querendo ouvir mais nem uma palavra do tamanho do amor daquele inútil pedaço de merda. Paro o carro no acostamento como ela queria, mas a bruxa nem ao menos se move. — Porra, sai logo desse carro.

— Não. — Levanta o queixo.

Desafivelo seu cinto e pego fortemente em seu braço para que entendesse que não queria mais sua presença aqui.

— Eu mandei sair. — Puxo seu cabelo, em uma tentativa fraca.

— Eu não vou. — Retruca empurrando meus braços.

— Você não vai? Ok! Não esqueça que lhe dei uma chance e isso é mais do que você merece.

Volto a ligar o carro, e tento não reparar que a vi estremecer por constatar minha feição sombria. Piso fortemente meu pé no acelerador descontando toda a minha raiva, e sorrio ao notar quando o carro ronca em busca de mais, que claramente lhe dou. Eu apenas desejava que todo aquele inferno acabasse!

— O que esta fazendo... — Sussurrou apavorada.

Eu necessitava de mais! Giro o volante fazendo o carro balançar pelo o esforço exigido da curva, e o controlo rapidamente observando o escuro céu sem estrelas, e a penumbra que ele contemplava a rodovia deixando apenas serem vistos as luzes dos faróis. Outra curva começa a se aproximar, e para não matar a ambas, diminuo um pouco a velocidade.

— Nós vamos morrer Melindra, por favor. — Constatou. — Eu estou grávida.

Miro seu rosto totalmente petrificada.

Grávida? Mas ... como?

— MELINDRA, OLHA O CARRO...

Volto a minha atenção para a estrada, e me assusto com o outro carro que estava a poucos metros de nós. Tento nos levar para o acostamento, mas não consigo. E cometo a pior burrice da minha vida! Piso no freio. O que faz com que a gente derrape uma, duas, três vezes.

Pelos menos foi o tanto de voltas que consegui contar, antes de sentir o impacto do meu corpo se chocando com algo duro, quebrando quase todos os meus ossos, e eu mergulhar na escuridão.

♥!♥!♥

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ATÉ A PRÓXIMA,

JESSICA PAULA

THE HEADHUNTER | REVISANDO | - SÉRIE SINNERSOnde histórias criam vida. Descubra agora