Que diabo de dia, quando eu disse que seria cheio eu não esperava que fosse tão cheio assim.
Depois de deixar Gabe no jardim de infância parecia que metade do dia já havia ido, mas eu não poderia estar mais errada.
Mesmo se levássemos nossas manhãs de forma calma e levantássemos cedo para termos tempo de ficarmos prontos enquanto temos um bom tempo juntos, não seria nada comparado a todo o tempo que ficaríamos sem nos ver naquele dia.
Eu tive três horas de palestras que passaram bem rápido, eu tomei notas e rabisquei a margem de meu caderno pensando no quão bem Gabe tinha aceitado a presença de Camila na noite passada, eu perguntei a mim mesma se isso era bom ou não, eu até cheguei ao ponto de me perguntar se eu estava com ciúmes da atenção do meu garoto que estava sendo dada a outra garota.
Eu estava sendo ridícula, no fim da minha reflexão eu decidi que era bom para ele ter essas relações sociais que ele certamente não pode ter comigo.
Até porque Camila iria passar muito tempo conosco ainda e não seria fácil se ele não levasse a presença dela numa boa.
Eu estava mordendo meu lábio inferior enquanto eu desenhava algum tipo de libélula complexa em uma página branca, quando notei alguém deixando a sala, só então eu notei que eu estava fora do ar pelo resto da palestra.
Eu corri para casa para ficar pronta para o trabalho e fiz para mim um sanduiche para comer no caminho.
Eu percebi bem tarde que eu estava dirigindo para a mesma mansão da semana passada, meu sangue se tornou instantaneamente frio em minhas veias só de pensar no que estaria esperando por mim dessa vez.
Me peguei surpresa quando eu mesma estacionei o carro. Eu estava no meu personagem, a garota fria que não possuía nenhum sentimento, tudo que eu sentia era a necessidade de checar se minha arma estava carregada e pronta, apenas no caso de algo acontecer.
Eu parei e tomei a arma para fora do bolso e a botei onde deixava casualmente, na parte traseira do jeans, enquanto o grande moletom preto a tapava.
Eu ouvi passos do outro lado da porta, bem perto pra falar a verdade, mas ninguém atendeu. Seguindo as minhas instruções eu precisava entrar ali novamente, mas algo estava muito errado em toda aquela situação.
Somente por precaução eu rapidamente agarrei o canivete de dentro de minha bolsa e o deixei no meu tornozelo por dentro da minha bota onde ficava perfeitamente escondido.
Eu tomei folego e me vi andando em direção a porta.
A partir daquele momento toda a experiência parecia incorpórea, como se eu estivesse me assistindo em uma tela sem ter controle sobre minhas ações e emoções.
Dois homens grandes me agarraram assim que eu entrei.
Eu não resisti. Alguma parte de mim sabia que eles não eram a ameaça. Eles deveriam me assustar e seguir ordens, não havia razão para eu tentar resistir a eles, até porque cada um deles era o dobro do meu tamanho.
Isso com certeza os deixou surpresos, isso era bom, quanto mais confuso eles estivessem maior eram as minhas chances.
Eles mal estavam me segurando quando chegamos ao escritório.
O que eu havia notado até aquele ponto era que cada detalhe do local estava gravado na minha mente, como se minha mente tirasse fotos dos quartos pelos quais eu passava. Eu estava calma.
O mesmo homem de meia idade da vez passada estava sentado na mesma droga de cadeira.
Eu não me preocupei em olhar para ele, o dinheiro encima da mesa me chamou a atenção.
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Mama's Boy (Versão Português)
أدب الهواة"Quanto você tem vinte anos e seu filho tem quatro, você sabe que provavelmente algo não saiu como planejado. Quando você não sabe quase nada sobre o pai, algo definitivamente não saiu como planejado. " Lauren é uma universitária com um monte de re...