Novos Horizontes

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Seis anos atrás...

MEGHALAYA (Índia)

A cabana em meio à floresta, escondida de toda e qualquer civilização abrigava duas pessoas. A calmaria daquela noite era o suficiente para se fazer desconfiar da companhia.

- Ouviu isso...-disse o homem.

- O que foi? -perguntou à jovem garota.

-Shhhh...Acho que não estamos sozinhos. -falou enquanto se levantava devagar tentando fazer o mínimo de ruído.

O homem foi em direção a janela evitando pisar nas madeiras que rangiam ali dentro, observou pelas frestas na esperança de ver algo. Ele carregava em sua mão direita uma adaga de aço afiadíssima, com cabo de metal contida com um sinal que lembrava um labirinto, muito como uma antiga ruína. Se voltou para a garota que agora estava sentada na cama com um olhar de preocupação e no mesmo instante que deu às costas, a parede foi quebrada.

- VÁ, CORRA AGORA! -ele gritou para a jovem.

Algo o puxou para fora enquanto a garota corria em meio à floresta escura, saltando da montanha para baixo e caindo sobre alguns galhos de uma grande árvore. Uma criatura a perseguia quase que na mesma velocidade, seguindo para o alto de um precipício. Sem saída, a jovem procurou pelo que poderia ser aquilo que a farejava até ali, quando um homem vestido com uma capa negra surgiu. Ele tinha marcas no rosto, como um mapa que desenhava em curvas, haviam dois pontos prateados de destaque aparentemente fixos na pele, localizações. A levantou do chão apertando forte seu pescoço e arrancando sua pulseira de pedra azul com o mesmo sinal que havia na adaga. Com a mão livre pegou uma lança que carregava, esta com um cabo negro como a completa escuridão que os cercava e cravou no coração da garota, atravessando seu corpo, e sua vida nada mais se tornou se não apenas uma carcaça de ossos em meio a sangue! Ele pôs à pedra da pulseira junto com uma exatamente igual em uma caixa e a selou.

                 Dias atuais...

SEATTLE (Washington EUA)

"Eeeee...Tat down"!. O marco no placar anunciou, mais uma vitória. A platéia vibrava eufórica enquanto aguardavam a dança de animadoras da torcida. O que ocorre quando o time faz sua parte em campo? O resultado final é, Festa. Alunos migrando para à casa de Denise Williams, garota popular, nível social acima do limite.

- Hey, Emma! Venha até aqui...-falou Denise.

Fui até ela que se encontrava na típica rodinha de pessoas desejáveis do colégio que aliás, era um tanto exagerado em comparação aos demais. Essas festas eram incríveis, música, um monte de porcarias para se comer que normalmente os pais advertem por não ser algo saudável. Bebida à vontade, e claro que o bom e velho beijo na boca.

-Olá pessoas!  -falei em geral.

- Estão, ela é ou não é demais -disse Denise, se referindo à mim.- Sabe, aquela grande coreografia foi obra prima de Emma.

- Menos, menos. Só fiz o que uma animadora de torcida deve fazer... que a propósito, é dançar! -respondi sorrindo.

- É sério! Você é minha diva. -Denise completou enquanto me abraçava.

Seletos ( A Quarta Chamada)Onde histórias criam vida. Descubra agora