Episódio: 1

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-um Novo Começo-

(10:43 Am - 12/11/17)

Acordei meio tonto... estava caído no asfalto.
Podia ver a neve cair em minha frente.

Não tinha forças para me levantar... nem falar.

A única coisa que eu podia fazer é ficar ali... parado.

Comecei a ouvir um som agudo em meus ouvidos.
Em alguns segundos eu já não ouvia nada além desse zumbido.

Estava prestes a fechar meus olhos e desistir...

Mas então ouvi um Som...
Alguém me chamando.

Parecia estar bem longe mas...
Estava mais perto... alguém me virou de barriga pra cima e eu pude ver... alguém ali... Não era um infectado...

Aquela pessoa me pegou no colo e disse;
"Vai ficar tudo bem!" Logo depois eu apaguei de novo.

(08:00 Am - 13/11/17)

Quando acordei eu estava deitado em um banco de um carro.

Meus movimentos estavam voltando aos poucos.

Me segurei no banco da frente e então me ergui.
Olhei para quem estava dirigindo e pude ver... era um homem usando um boné verde.
Ao notar que eu acordei ele se virou e disse;
"Você acordou!? Que bom!".
Me encostei no banco e começamos a conversar.

"Como me achou?" Perguntei.

"eu estava saindo de São Francisco de carro, quando no meio da estrada vi você andando cambaleando na estrada, no inicio pensei que era um zumbi, mas depois vi que você não estava morto." Explicou ele.

"Zumbi?" Perguntei.

"Sim! É o que eles são não é? Os infectados" disse o homem.

"Você tem algum amigo? Ou familiar vivo?" Perguntou ele.

Não pude responder nada.
Meus olhos se viraram para o chão e então não consegui ser forte e acabei chorando.

o homem ao perceber disse;
"Sinto muito filho... o mundo tem estado assim ultimamente" e então me entregou uma foto.

Levantei minha cabeça e limpando minhas lagrimas para ver a foto.
Era ele, duas garotas bem jovens e uma linda mulher ao seu lado. perguntei;
"Quem eram elas?".

Ele respondeu;
"minhas filhas e minha esposa... elas foram infectadas...".

Depois que ele terminou de falar, eu não disse mais nenhuma palavra.

Minha dor era tanta... eu tinha perdido quase tudo...
Minha mãe... a garota que gostava de mim... meu melhor amigo. E ele também deve ter passado pelo mesmo.

(12:32 Am)

Depois de um tempo na estrada, o silêncio começou a ficar desconfortável.

Encostei minha cabeça no banco da frente e perguntei;

"Qual é seu nome?".

"Boby, e o seu?" Ele perguntou de volta.

"Dylan" respondi.

Ele olhou para a janela ao seu lado, deu um breve sorriso e disse;

"Meu vizinho se chamava Dylan" ele continuou dizendo;
"Ele era um pouco mais novo que você, ele tinha onze anos, ele era o melhor amigo da minha filha mais velha".

em seguida ele perguntou;
"Você está armado?".

Respondi a verdade dizendo;
"Não, minha única pistola foi tirada de mim em São Francisco".

Ele deu mais uma breve risada e logo em seguida disse;
"Eu era policial antes disso tudo... eu trouxe comigo todo o arsenal da polícia".

Ele olhou para mim através do retrovisor e então disse;
"Você acha que consegue atirar com uma arma pesada?".

Não o respondi com palavras, apenas dei de ombros.

(01:44 Pm)

Boby parou então o carro, e no meio da estrada ele saiu do carro.

"vem aqui fora, quero te mostrar uma coisa" ele disse indo pra trás do carro.

Abri a porta e então saí lentamente.
Ele abriu o porta malas e então disse;
"Achou que eu tava brincando?".
Quando olhei dentro do porta malas pude ver... todo tipo de arma que alguém poderia imaginar...
Des de pistolas comuns à Rifles de alta precisão.

Boby pegou uma Espingarda e veio até mim.

"Quero que acerte aquele Zumbi bem ali vindo em nossa direção" disse ele me entregando a arma e apontando para o infectado que estava relativamente longe.
Não consigo imaginar como Boby pode ver aquele infectado de tão longe.

Segurei firme a arma e então a ergui.

"Você tem que apoiar a arma bem aqui, abaixo de seu ombro, o ricochete vai ser forte" ele disse endireitando a posição da arma.

Respirei fundo...

"Não pense em nada, apenas deixe seu instinto te levar" disse ele.

Sua voz ficava cada vez mais baixa, como se eu não pudesse ouvir mais nada, apenas um eterno som agudo.

Comecei a poder ouvir minha respiração, meu coração batendo, cada vez mais rápido.

Mirei e então... apertei o gatilho.
Acertei no pescoço do infectado, de um jeito ou de outro o matei.

Abaixei a arma e então Boby a pegou de mim e disse;
"Você atira bem, mas precisa praticar mais".

Ele colocou-a no porta malas novamente e disse;
"Vamos embora" abrindo a porta e entrando.
Entrei no carro e me sentei no banco do passageiro da frente dessa vez.
E então partimos para a estrada.

Continua...

O Diário De Um Sobrevivente: Segunda TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora