O Diário De Um Sobrevivente: Segunda Temporada

Episódio: 8

            -Um Velho Amigo-

~Lembranças De Bruno~

(08:29 Pm - 29/03/2005)

Estava em meu quarto deitado, enquanto isso eu podia ouvir meus pais brigarem na sala que ficava no primeiro andar.

"Você não pode mais beber assim! Você sabe bem que você vai acabar morrendo!" Dizia minha mãe gritando quase Chorando.

"Eu posso beber sim! Eu bebo o quanto eu quiser!" Disse meu Pai.

Um silêncio foi emitido naquele momento, ninguém disse mais uma palavra.

Ouvi a porta da frente sendo batida com força, provavelmente meu pai saiu.

Meu coração desacelerou aquele momento ao ouvi-lo sair.

E

u tinha tanta pena de minha mãe... mas eu não podia fazer nada.

(06:55 Am - 30/03/2005)

Acordei aquela manhã desanimado, meus dias ultimamente estavam sendo bem tristes por causa dos meus pais.

Minha mãe me levou a escola, era o meu primeira dia de aula.

Chegando lá eu estava meio nervoso, principalmente pela cor do meu cabelo.

Será que eles irão criticar a cor?.

Entrei na Sala de aula e as outras crianças me olhavam como se eu fosse o diferente da turma.

Após a professora me apresentar fui direto para o fundo da sala onde só um garoto de cabelos lisos escuros e de olhos azuis estava sentado.

Me sentei na cadeira e abaixei minha cabeça.
Não estava animado para nada, e o fato de eu ser anti-Social não me ajuda também.

"Ei! Garoto!" Alguém me chamava enquanto cutucava minha cabeça.

a levantei para ver quem era... vi aquele garoto que também se sentava no fundo, de cabelos escuros e lisos e de olhos azuis.

"não é hora de dormir!" Ele me disse se sentando na cadeira do meu lado.

Comecei a perder o sono conforme nós converavamos mais.

"Você mora por aqui?" Ele Perguntou.

Respondi dizendo;
"Sim".

"A quanto tempo?" Ele perguntou.

"Des de que eu nasci" reapondi.

"Nossa por quê eu o nunca vi na rua ou na escola?" Ele perguntou.
"Não saio muito de casa, minha mãe não deixa" respondi.

"Qual é seu nome?" Perguntou o Garoto para mim.

"Bruno" respondi.

Ele me olhou com um olhar estranho, como se nunca tivesse ouvido este tipo de nome na vida.

"Bruno? Nunca conheci alguém chamado bruno... eu me chamo Dylan!" Disse o garoto dando um sorriso como se nada naquele momento o pudesse deixa-lo pra baixo.

(04:03 Pm- 23/04/2005)

Umas semanas se passaram, e cada dia eu me tornava mais amigo de Dylan a cada dia.

Eu agora saia de casa para brincar no parquinho com ele e seu amigo James, e nós nos chamavamos de "AVS" uma mistura boba das iniciais das cores de nossos olhos.

Certo dia, meus pais tiveram uma briga feia, eles discutiram muito, e no final fomos passar a noite na casa de Dylan.

Minha mãe chegou lá chorando por algum motivo... acho que era por causa do meu pai.

A tia Mariene arrumou um coxão do lado da cama de Dylan e foi lá que eu dormi.

Minha mãe dormiu no sofá.

"Hey Brun... o que você acha que aconteceu?" Perguntou Dylan.

Me virei e então respondi;
"Não sei... acho que vamos nos mudar" terminei aquela frase com lagrimas descendo de meus olhos.

Meu coração doía como nunca antes.

Dylan não sabia nem como me consolar.

Dylan olhou para mim e disse;
"Se você for... só me promete que você nunca vai me esquecer! E que vai voltar para brincarmos no parquinho de novo!".

Não consegui dizer nada, apenas continuei a chorar.

Dylan então sem mais o que fazer começou a... cantar.

" Carry on my wayward son
There'll be peace when you are done
Lay your weary head to rest
Don't you cry no more".

Quando ele terminou de cantar eu tinha parado de chorar e dormi.

Incrível como aquilo funcionou.

Não disse nada sobre aquilo depois, mas no fundo eu estava profundamente agradecido por aquela canção, aquilo realmente ajudou.

(24/04/2005)

No dia seguinte minha mãe agradeceu e então saímos.

Eu e minha mãe pegamos o carro e fomos viajar pra bem longe.

Depois daquele dia nunca mais voltamos e eu nunca mais vi meu pai ou Dylan...

Então permaneci vivendo em um pouco afastado de Los Angeles.

Continua...