Capítulo 9

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Em uma floresta sombria, um belo vulto branco, era visto se movendo.

Em pensar, que apenas um único núcleo faria minha velocidade aumentar em quase 30%

Astha em alguns minutos, chega em frente da caverna escondida, ela se agacha em uma das árvores mais próximas, e começa a fazer suas preparações, alguns minutos se passam, e Astha tinha tudo preparado , mas logo um pensamento a atinge, e a assusta, a caverna era silenciosa de mais.

Astha não pensou que o leopardo estaria morto, até por que um monstro tão forte, morrer por algumas feridas não era provável.

"Droga, será que meu cobertor saiu pra caçar? " diz Astha em um sussurro irritado.

Astha, pega uma pedrinha nas mãos, e ainda hesitando a joga na porta da caverna.

Drink Drink (som de pedras se chocando )

Astha estava um pouco nervosa em seu coração, mesmo que em seu rosto, estivesse uma expressão gélida.

Astha espera alguns minutos mais nada acontece, mas ela não entra diretamente, ela pega uma pedra maior, do tamanho de um punho adulto, e a arremessa no chão, um alto som se espalha na caverna.

Mas mesmo assim, nenhuma atividade era vista, Astha logo decide entrar na caverna, talvez o leopardo negro, mantivesse algum tesouro em sua casa.

Astha em passos inadiáveis, entra na caverna, a caverna era inclinada para baixo, Astha descia cautelosamente por 20 ou mais metros, e conforme ela andava, maior e maior a caverna se tornava.

Astha chega ao que parece o fim da caverna, 40 metros de ponta a ponta,nenhum único osso, corpo, ou tesouro era visto, o chão de pedra era limpo, e mais ao fim da caverna, uma lagoa subterrânea brotava , e no meio dessa imensidão, unicamente um leopardo negro, deitado com os olhos fechados.

No momento em que Astha colocou os olhos no leopardo, seu corpo congelou, o instinto quase a fez virar e fugir o mais rápido possível.

Astha logo percebe um ponto estranho, o leopardo parecia não a ter percebido, Astha começa a observar melhor, e logo percebe algo que a deixa louca de raiva.

O leopardo não estava respirando...

Astha começa a sondar o corpo do leopardo, e quanto mais via, mais irritada ficava, nenhuma respiração, nenhum sinal de vida, um cadáver morto.

Após Astha ter confirmado a morte do leopardo, ela se aproxima sem cuidados do corpo gigantesco.

"Maldito gato desgraçado,quem deixou você morrer" diz Astha ferozmente enquanto chuta o corpo negro.

Roarrr(grunido felino)

No momento em que Astha ouviu o rugido, automaticamente seu corpo vai pra trás, assumindo uma postura de batalha, com uma expressão seria em seu rosto.

Mas o esperado não acontece, o corpo do leopardo nem mesmo se meche, Astha começa a observar com cuidado, enquanto rodeia o corpo, até que vê algo se movendo, preto e gordo, um pouco maior que um gato adulto, um filhote, os olhos em uma cor leitosa, sinalizando a cegueira, e com uma análise mais cuidadosa de Astha, logo percebe o que aconteceu.

O leopardo estava gravemente ferido, e ao mesmo tempo grávida, só que por causa dos ferimentos, e o esforço em dar a luz a cria, seu corpo não aguentou, e morreu antes mesmo de ver o filhote.

Astha se aproxima do filhote  ainda sujo e cego, uma expressão nostálgica em seu rosto.

Astha começa a recordar as memórias de sua vida, abandonada ainda recém nascida, adotada e criada como um assassino por seu mestre, a solidão que sentia cada uma das vezes que seu mestre iria em uma missão, e a deixaria meses sozinha,a determinação infantil de se tornar um assassino, para que pudesse finalmemte acompanhar seu mestre em suas missões,todo o treinamento árduo, e que quando finalmente tinha se tornado capaz de acompanhá-lo, ele tinha sido morto, sozinha, sozinha mais uma vez...

Esses vários pensamentos atravessaram sua mente em um flash, um pouco de simpatia era vista em seus olhos , talvez até pena do pequeno gato, que a fazia, tanto recordar seu passado.

Astha chega mais perto do pequeno leopardo, ainda atordoado e sujo de sangue.

O filhote como se sentindo algo, levanta a cabeça curioso, Astha estica sua mão em direção ao pequeno filhote, que sem resistência aceita o carinho.

Vendo o filhote ainda bobo brincando com seus dedos, um pensamento passa por Astha, talvez ter um companheiro animal, não seja uma má ideia.

"Pequeno, você quer vir comigo? " a voz de Astha sai calma e pacífica, olhando diretamente nos olhos do filhote, e para a sua surpresa, a pequena cabeça do filhote, balança rapidamente, enquanto se esfregava em suas pernas.

Astha se assusta com a velocidade de reação do filhote, não era suposto os filhotes considerarem seus pais acima de estranhos?

Astha olha nos olhos do filhote  ainda se esfregando em suas pernas, tentando refletir o motivo para que o filhote a considera-se tanto, era como se o filhote simplesmente não visse o corpo morto de sua mãe, enquanto brincava alegremente com as pernas de Astha..

É isso !!! Astha olha para os olhos leitosos do filhote, e logo lembra que o gato é cego, e que provavelmente usa seus sentidos para encontrar corpos com energia vital, e como o leopardo, já estava morto quando o pariu, o filhote reconheceu como mãe, a primeira força de vida que detectou.

Até o momento em que Astha teve esse pensamento, um calafrio percorreu sua espinha, ela rapidamente foi até o leopardo gigante e levantou uma de suas pesadas patas, enquanto o filhote a seguia de perto.

Astha usa a pata do leopardo negro para tentar acertar o filhote levemente, e como se suas hipóteses se comprovassem, o filhote além de não conseguir desviar, ainda rosna em direção ao ar, como se fosse atacar um inimigo fantasma.

Astha tenta acertar o filhote com sua mão, mas o filhote animadamente pula para o lado, soltando grunidos de felicidade, achando divertido a brincadeira ,Astha muda, e em vez de usar sua mão, usa a pata do leopardo novamente, logo suas hipóteses mais uma vez são confirmadas.

E como antes, rosna para o ar, na briga com um adversário invisível.

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