Capítulo três

12 1 2
                                    

Em um quarto pequeno e bagunçado se encontra a linda e misteriosa Helena, ela está se arrumando para mais um dia de caminhada no parque. Dessa vez, ela capricha mais no olhar - eu odeio colocar essas lentes - pensa Helena; ela amarra seu cabelo e coloca a peruca.

São 11h00 e nada da Rita aparecer, Helena se irrita e começa a discar em seu celular.

- Alô - responde uma voz.

- Olha aqui, eu estou aqui faz duas horas caminhando e nada dela aparecer. Eu estou cansada, não vou aguentar mais um dia neste lugar.

- Pode parar - interrompe a voz - Dê um jeito de se aproximar dela, eu não quero saber como e nem quando; quero que você crie laços e faça ela confiar em você.

- Qual o sentido disso? Vamos deixar a garota em paz e viver nossas vidas - fala Helena com um tom de cansaço.

- Você acha que a vida é um felizes para sempre? Qual o seu problema? Temos um combinado e eu acho bom você fazer isso logo, entendeu?

- Por que não deixamos isso pra lá e retomamos nossas vidas?

- Você é surda porra? - grita a pessoa - Você faz o que eu mandei ou nunca mais nos veremos.

- Mas - antes mesmo de Helena continuar a ligação é cortada - MERDA!

Helena está extremamente cansada daquela situação - eu não acredito que estou me prestando à este papel, o amor é algo estúpido mesmo - ela senta para descansar e tentar se acalmar, passa a mão nos cabelos várias vezes e finalmente se levanta.

No caminho ela pensa em vários meios para tentar se aproximar de Rita, mas o que ela realmente queria era acabar com aquela história de uma vez - eu vou tocar a campainha e dizer que moro próximo e chamar ela para caminhar, bem naturalmente - pensa Helena - se ela não aceitar, eu apenas peço para usar o banheiro e tento me aproximar aos poucos QUE - ela se assusta ao ver a ambulância em frente a casa da Rita.

Helena entra em choque - fodeu, o que será que aconteceu - ela corre em direção a ambulância, corre tão desesperada que nem se importa com os carros que quase a atropela. Quando finalmente chega perto da traseira da ambulância, ela pergunta ofegante ao socorrista:

- O que aconteceu?

- O namorado esfaqueou ela - os olhos de Helena se enchem de água enquanto o socorrista continua a falar - mas não se preocupe ele já foi preso.

- Que? - ela arregala os olhos - Você está me dizendo que o - Helena congela e vê Rita de costa com a mesma roupa do dia anterior conversando com um policial.

Ela deixa o socorrista falando sozinho e caminha até Rita.

- Oi, você sabe o que aconteceu aqui? - pergunta Helena cutucando o ombro de Rita.

- Olha, não me enche o saco - Rita se vira e vê Helena - Você? O que você faz aqui?

- Estava fazendo caminhada e vi essa confusão aqui e resolvi ver de perto, sou um pouco curiosa.

- Entendi, desculpa mas não estou afim de conversar agora - Rita estava com o rosto inchado, provavelmente de tanto chorar.

- Mas o que aconteceu? Pode conversar comigo Rita - Helena fala como se fosse um anjo - Você está machucada?

- Não, estou bem - Rita respira fundo e tenta não chorar - é que eu acabei de perder minha melhor amiga.

O socorrista pega o telefone e diz - serviço concluído - a imagem de Olivia desaparece enquanto ele fecha a porta da ambulância.

DON'T TRY MEWhere stories live. Discover now