Capítulo 5

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EPOV

Deus eu nem posso acreditar que tive seus olhos em mim. Eu sou um idiota, era para ter ficado lá, ter ido fala com ela. Idiota.

Com raiva me dirijo para um dos chuveiros e tomo um banho demorado, relembrando a sensação de ter seus belos olhos em mim. Quando acabo me visto com as minhas roupas e saio do vestiário. Olho em torno do ginásio atrás dela, mas parece que ela já foi embora.

Com mais raiva ainda saio de lá e vou para o meu armário.

Sinceramente eu não intendo o que tanto me impede de chegar perto dela. Eu sei que sou um fodido perseguidor e que não a mereço, mas eu queria tanto poder ter ela em meus braços, queria poder beija sua baca e dizer que a amo. Apesar de não ter sentindo isso nunca, eu sei que a amo e que ela é o centro do meu mundo. Ela me deixa sem ar, minha pele se arrepia quando a vejo e meu coração parece que quer sair pela minha boca e ir até ela, e ainda não sei descrever direito o que senti quando ela me olho. Pois é, eu não sou só um perseguidor por que tem alguma coisa de errado comigo. Eu faço isso porque quero deixa-la segura, esse mundo é muito perigoso e uma pessoa tão delicada e frágil como ela tem que ser cuidada, protegida e mimada. E como ela não tem pais para fazerem isso por ela eu tenho que fazer. E como eu não posso mima-la e cuidar dos seus sentimentos eu vou protegendo ela o máximo que eu posso, e para isso eu tenho que sempre está com ela.

Olho para uma janela que tem no corredor e vejo que está chovendo. Eu gosto desse clima. Ele me faz lembrar a mim mesmo, frio e escuro, e mesmo assim pode ser agradável às vezes, mas também pode se torna uma tempestade, muitas pessoas não gostam, mas tem outras que amam ele. Eu só espero que Bella seja uma dessas pessoas.

Quando finalmente chego ao meu armário guardo uns livros que ainda estava comigo e pego o meu guarda-chuva junto com meu casaco que eu deixei ali.

Caminho para o estacionamento, mas estaco quando vejo a pequena figura parada na soleta da porta olhando para os lados, como se estives procurando alguma coisa. Como sempre meu corpo reage a ela e eu fico ali a olhando. Ela para por um tempo, e percebo que ela não tem guarda-chuva. Antes que eu perceba o que estou fazendo, já abri o meu e o coloco encima dela para protegê-la. Abaixo minha cabeça envergonhado. Deus não posso acreditar que estou tão perto dela. Eu consigo sentir seu cheiro de morango que eu já conheço tão bem. Dou uma longa fungada, ates de pegar sua delicada mão com a minha. Sinto uma corrente elétrica boa passa por mim, e dou um pequeno apertão. Coloco ela no cabo do guarda-chuva e dou outro pequeno apertão ali. Quando vejo que ela seguro e que o meu coração não irá aguentar fica mais tempo perto dela e não a agarra-la, saio de lá sem me importa que vá me molhar.

Chego à minha moto e tento me acalmar. Caralho eu fiquei perto dela, eu a toquei sem ela está dormindo e ela não me rejeito. Tudo bem que ela não teve tempo para isso, mas não importa. Dou um sorriso e subo na moto seguindo para a minha casa.

Quando chego lá vou logo para um banho e troco de roupa.

Tenho que ser rápido se pretendo chegar logo no único cinema que tem na cidade. O que? Vocês não acharam mesmo que eu deixaria minha Bella sozinha com aquele verme, né?

Como está chovendo resolvo ir com o meu carro. Desço para a garagem do prédio e vou para o meu bebé. Meu carro é um bugatti veyron 2016, o carro mais rápido do mundo. Apesar de ser uma pequena fortuna, a velocidade me dar um pouco de prazer, assim como o Box, me faz sentir que sou livre. E eu também tenho dinheiro para compra quantos carros desse eu quiser.

Entro no carro e saio do prédio. Acelero para o cinema. Estaciono um pouco longe da entrada, mas mesmo assim quando saio vejo pessoas me olhando. Não é normal ver um carro como esse em Forks. Entro no salão e e vejo que Bella já está lá com o palerma do Newton. Felizmente ele não a toca e o rosto da minha bebê não parece nada feliz.

Eles entram em uma sala, que vejo esta passando um filme de terror. Compro um ingresso para o mesmo filme e entro. Sento-me nos fundos e fico observando os dois, com inveja daquele idiota. Eu que era para esta lá. Não olho para a tela em momento algum, passo todo o tempo olhando para ela.

No meio do filme ela da um pulo e logo se levanta para sair e Newton vai atrás dela. Sem intender vou atrás dos dois. Sigo-os para fora, um pouco de longe para não chamar atenção.

Bella está parada na calçada falando com o idiota e não parece nada feliz.

Quando vou chegar perto sinto alguém me puxando. Olho para o lado e vejo uma criança junto com um cachorrinho.

- Senhor eu e meu cachorro estamos com tanta fome. O senhor não teria um pedaço de comida? - Ele me pergunta com a voz fina de criança. Aquela situação me partiu o coração. Não sei por que, mas sempre que vejo essas coisas sinto uma sensação ruim.

Pego minha carteira e tiro Trezentos reais de lá junto com um cartão.

- Aqui pequeno. Eu vou te dar esse dinheiro se me prometer ligar para esse número e dizer que Edward Cullen mando buscar você. - Falo me agachando ao seu lado.

Ele concorda com a cabeça e eu bagunço seu cabelo lê dando os itens.

- Obrigado senhor. - Ele sai correndo e eu fico ali.

Aquele cartão era o número do meu advogado. Eu já fiz isso diversas vezes e ele sabe o que fazer. A alguns anos eu comecei a patrocinar uma ONG que ajuda crianças de rua. Des de então vivo mandando crianças para lá.

Levanto-me e olho para onde Bella estava. Me desespero quando não a vejo e corro para lá. Olho para os lados e não vejo nada.

- Mais que merda. - Xingo com raiva. Porra não acredito que a perde de vista.

Já estou saindo à procura dela pela rua, quando escuto um barulho em um beco ali perto. Achando estranho caminho até lá e a cena que eu vejo me enche de um ódio tão grande que a única coisa que eu vejo é vermelho.

Bella, minha boneca, minha bebê, está jogada no chão, protegendo seu pequeno corpo como pode enquanto Mick Newton está tirando a calça para fazer coisas com ela que eu não gosto nem de imaginar.

Corro para cima dele e agarro sua blusa o jogando na parede.

- Seu filho da puta. O que pensa que está fazendo? - Sem o deixar responder dou um murro na sua cara. Ele cospe sangue na blusa, mas eu não me importo.

- Ca-calma cara... - Ele tenta fala, mas não dou ouvidos. Lê dou outro murro e uma joelhada no estômago.

Não sei quantos murros eu dei nele, só sei que depois de um tempo ele estava no chão comigo dando vários chutes. E eu só não o matei de tanto li bate, porque ele já estava quase inconsciente.

- Isso é para você aprender a nunca mais encosta em uma mulher, principalmente se essa mulher é minha. - Me viro para Bella e ela ainda está encolhida e posso escutar seu choro.

- Shiiiuu... Vai ficar tudo bem, querida. - Vejo que sua roupa está rasgada e isso me dá mais ódio ainda. Tentando me acalmar respiro fundo e tiro minha jaqueta.

- Querida, você tem que bota isso. - Afasto seus braços e colo minha jaqueta nela. Fecho o flash e a pego nos braços. Deus eu quis tanto que ela estivesse aqui. Nunca pensei que isso aconteceria em tal situação.

A carrego para o meu carro e a coloco no banco de passageiros. Entro no outro lado e me viro para ela.

- Você está bem? Está muito machucada. Eu vou te levar para o médico. - Falo tudo de uma vez e ela se vira para mim.

- Vo-você é Edward Cullen... - Ela fala meio baixo e concordo com a cabeça. Apesar de ficar feliz por ela saber meu nome, essa felicidade logo acaba quando me lembro de o porquê de ela saber. Minha fama de marginal.

- Você não está bem. Vou te levar para o médico. - Já vou ligar o carro quando sinto sua mão no meu braço. A sensação é tão boa. Ter sua mão pequenina me segurado e emanando choques por todo meu corpo, tão bom.

- Não precisa. Eu só quero sai daqui. Quero ir para um canto calmo. - Apesar de querer a levar para o hospital eu respeito a sua vontade e a levo para um canto que sempre me acalma quando estou muito nervoso. A praia de La Push

Dou partida e sem saber estou dando partida é na minha vida.

CONTINUA...?

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