Capítulo 6

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BPOV

Eu nunca imaginei que estaria no carro de Edward, marginal, Cullen. E que carro. De duas uma, ou ele é um puta de um marginal, ou ele é um puta de um play boy. Infelizmente nenhuma das perspectivas me agrada.

- Para onde estamos indo? - Pergunto ao me dar conta que não conheço esse caminho.

- Você disse que precisa de um canto para se acalmar. Quando eu estou muito nervoso vou à praia de Lá Push. - Ele me responde com sua bela voz. Só agora percebo que ele tem um bonito sotaque.

- Você não é daqui. - Falo para o nada.

Ele se vira para mim e pela primeira vez realmente vejo o seu rosto. E o que eu vejo é de tirar o fôlego de qualquer um. Seu rosto é angular e tem uma forte mandíbula coberta por uma camada de barba bem feita, seu nariz plano é de um bom tamanho, mas é um pouco torto como se tivesse sido quebrando e isso da certo charme. Sua boca é fina e vermelha. Ele tem sobrancelhas grosas e bem feitas, mas o que realmente chama atenção são seus profundos olhos esmeraldas. Eles são meio sombrios, mas me olham de um modo tão profundo que é desconcertante.

- E não sou. - Ele finalmente fala e me tira do meu transe. Balanço a cabeça e tento me concentrar.

- E de onde é? - Pergunto curiosa para saber mais sobre esse estranho homem, porque eu não posso o chamar de garoto.

Ele olha para frente se concentrando na estrada. Quando eu acho que ele não vai me responder escuto sua voz.

- Londres. - Ele responde simplesmente.

- Você parece não gosta de fala muito sobre você mesmo. - Deduzo e ele Solta uma risadinha que me encanta.

- Não mesmo. - Ele não faz esforço para continuar a conversa, mas eu estou muito curiosa para de falar.

- Vamos fazer assim, eu faço uma pergunta sobre você e você faz outra sobre mim. Como você já respondeu uma agora é sua vez. - Falo e espero. Ele demora um pouco, mas logo concorda.

- Qual o perfume que você usa? - Ele pergunta sem olhar para mim e eu arregalo os olhos. Que espécie de curiosidade é essa?

- Bem eu não uso perfume, só creme corporal e eu aprendi a fazer ele com a minha avo. - Respondo mesmo achando estranho. - Minha vez. Você realmente é um marginal? - Pergunto sem rodeios.

- Nossa você é bem direta. Eu pareço ser um marginal? - Ele olha para mim e arqueia uma sobrancelha.

Olho bem para ele e percebo que ele está certo. Suas roupas apesar de simples parecem ser de boa qualidade, ele usa um belo relógio e deus olha o carro em que eu estou.

- Você não respondeu. - Apesar das evidências eu quero escutar isso saindo da boca dele.

- Não, eu não sou marginal. Qual é sua cor favorita? - Ele emenda a resposta com a pergunta.

- Amarelo. Quantos anos você tem? - Pergunto uma coisa meio normal.

- 18 anos. Qual o seu livro preferido?

- A garota que roubava livros. Onde estão seus pais? - Pergunto e logo me arrependo. Seu corpo contrai com a pergunta e ele aperta o volante com força. Ele respira fundo e solta.

- Provavelmente em Londres aproveitando suas vidas fazias. - Apesar da resposta vejo que o tema não li agradou muito. - Qual a sua flor favorita?

- Girassol. Qual sua banda favorita? - Pergunto tentando fazer ele relaxa e da certo. Ele da um sorriso torto que me deslumbra e responde.

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