Extra

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– Kai amor, vai logo comprar o seu fone antes que você se esqueça dele mais uma vez.

– E você aonde vai? – Perguntei estranhando ele não querer ir comigo.

– Quero revelar aquelas fotos que estão em sua câmera – Disse rindo ao saber que a grande maioria delas expunha momentos bem íntimos. Ainda assim entreguei a máquina a ele e nos separamos.

Comprei meu fone sem grandes dificuldades e quando me volto para a vitrine de vidro da loja onde ele estava o vejo conversando animadamente com o vendedor.
Poxa, um castigo não foi suficiente?

Olhei para todos os lados a fim de pensar no que fazer e me deparei com aquela porta resistente ao fogo que dava acesso às amplas escadas de emergência. Pra que? Passei pelas mesmas me escorando confortavelmente na parede daquela parte do lugar que era tão silenciosa, peguei meu telefone e disquei o número de Miyavi com agilidade.

– Moshi moshi? – Ouvi a voz rouca do outro lado.

– Ahh Myv....

– A..Amor você está bem? Onde está? – Preocupou-se ao ouvir meu gemido do outro lado.

– Estou perdido Myv – Praticamente miei.

– Calma, me diz em que loja está que eu apareço. – Eficiente, mas já foi também mais inteligente.

– Estou perdido Ah... Perdido em desejos.

– Hem? – Ele parece confuso.

– Ah Myv vem... Vem me tocar, meu corpo está implorando por você. Por suas mãos se arrastando por ele hum... Ah e essa boca tesuda arrancando meus sentidos a mordidas... Ah.... Como eu preciso de você...

Ele ficou quieto do outro lado, eu sabia que meus gemidos eram de longe seu ponto mais fraco. Podia ouvir sua respiração se alterar ficando mais profunda a cada novo tom da minha deliciosa brincadeira.

– Ahh.... Myv... Eu preciso.... Agora... Ah Myv..

Joguei minha cabeça pra trás fechando os olhos, não poderia rir ou estragaria a brincadeira. Queira poder imaginar qual era o estado de Miyavi agora.

– Oh Miyavi... Onegai.... Vem... Não me deixa aqui assim, eu preciso sentir o seu corpo contra o me Ahhhhhh.

O último gemido tinha sido verdadeiro. Algo se chocou contra mim fazendo meu corpo colar na parede, assustado, abri os olhos.

– Assim tá de bom tamanho pra você Kai-chan? 

Oh não, a voz de Myv saiu rude e implacável: eu estou fer.ra.do.

Concordei com a cabeça. Mesmo tendo o deixado zangado, essa faceta dele era tão sexy quanto qualquer outra. Entreabri meus lábios umedecendo-os em um pedido mudo para que ele os tomasse para si, o que fez sem demora.

Myv nos prendeu em um ato voluptuoso guiado por sua boca quase obscena. Sem se conter me empurrou contra a parede, firme, porém sem me machucar, me prendendo ali pela mão depositada de maneira dominante em meu pescoço e mantendo minha cabeça levemente erguida para o beijo que aos pouco fugia ao meu controle. Com a outra mão apressada ergueu minha camiseta, me soltando rapidamente para passá-la por meu pescoço e tão rápido quanto suas mãos voltaram para o mesmo lugar me mantendo preso.

Eu não sabia ao certo o que ele tinha em mente, mas estava adorando. Aqueles gemidos apesar de serem pura brincadeira pareciam ter mexido com algum fetiche do meu namorado, sem falar que aquele lugar era completamente público e pessoas de todas as idades, sexos e preconceitos poderiam aparecer. Eu não preciso dizer que tomar consciência disso me fez quase derreter entre aquele beijo, me forçando a segurar em seu corpo para não cair no chão e avançar em Myv no mesmo memento, não é?

A revolta do UkeOnde histórias criam vida. Descubra agora