Capítulo 14 - Havaí, a Pedra do Magma

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Enquanto Louis e Dean já se tornaram guardiões e no momento vão em direção aos próximos templos, Samantha e Henry estavam em uma pequena canoa feita de gelo remando em alguma parte do arquipélago do Havaí.

- Então Samantha, - Henry olhou enjoado para Samantha após vomitar pelo lado de fora da canoa. - Como foi mesmo que viemos parar aqui?

- Tudo bem Henry, eu ainda não acredito que você perde a memória quando está em alto mar é a doença genética mais estranha que eu já vi. Mas enfim, lá vamos nós de novo... - Samantha deu um longo suspiro de tédio. – Tudo começou quando nós estávamos montando nos Pégaso em algum lugar da floresta Amazônica para vir em busca da pedra do Magma.

***

- Venha Henry. – Samantha gritou enquanto subia no Pégaso. – Não temos tempo para ver a paisagem.

- Bem, - Henry também montou no Pégaso um pouco trêmulo. – É que eu prefiro não sobrevoar o oceano por muito tempo, e nós vamos ficar voando muito tempo em dois cavalos alados, não acho que seja uma boa ideia.

- O que está acontecendo Henry? – Samantha deu um sorriso com o canto da boca. – Você não estava com medo de voar antes, porque está agora? É o mar?

- Bem Sam... - Henry disse com uma voz rouca e trêmula. – É uma longa história, quando Merlin deu poderes aos clãs um de meus ancestrais recebeu uma "Habilidade" incomum que é como uma faca de dois gumes, os membros do clã Chandler conseguem manusear qualquer arma com a destreza de um especialista mago, porém temos uma certa doença genética quando ficamos muito tempo distante de terra firme.

- Que tipo de doença? – O Pégaso de Samantha relinchou e bateu as asas começando a voar. – Vamos Henry, no caminho nós conversamos.

- Tudo bem. Hei! – Henry deu um tapa fraco no Pégaso fazendo com que ele batesse as asas, levantando voo – De certo modo não é uma doença, é como um efeito colateral. É um problema de memória, quando eu estiver muito tempo longe de terra firme minha memória das últimas horas se deteriora fazendo com que eu me lembre de pouquíssimas coisas.

- É ridículo Henry. – Samantha deu uma gargalhada enquanto estabilizava o voo do Pégaso. – Olhe o lado bom, vocês são os melhores atiradores do mundo.

- É Samantha, parece engraçado. – Henry deu uma breve risada. – É melhor irmos mais rápido, não temos muito tempo sobrando, Magia do Ar, Velocidade Máxima!

Samantha usou a mesma magia que Henry fazendo com que eles voassem em uma velocidade espantosa.

- Estamos em que velocidade? – Samantha perguntou espantada. – Mal consigo falar assim.

- Bem Samantha. – Henry virou o rosto para Samantha, ambos com os olhos quase fechados. – Nossa velocidade atual está em torno de 628 quilômetros por hora, nesse ritmo estaremos chegando ao Havaí ao amanhecer.

E assim Samantha e Henry voaram por horas até o amanhecer quando estavam próximos ao arquipélago do Havaí.

- É impressionante a velocidade desses animais. – Samantha fez um carinho na crina do Pégaso que relinchou em resposta. – Mas estamos quase chegando e teremos que abandoná-los logo, eles não vão aguentar o poder da pedra do magma assim como aconteceu na Amazônia com a pedra da água.

- Tenho uma ideia. – Henry estalou os dedos cambaleando um pouco. – Vamos voar mais alto, assim quando ficarmos acima das ilhas é só pular e usar alguma magia.

- Tudo bem. – Samantha puxou as rédeas do Pégaso fazendo com que ele voasse para o alto. – Estou sentindo uma energia muito familiar.

- Você também? – Henry também puxou as rédeas do Pégaso fazendo com que ele subisse. – Alguém está tentando se comunicar conosco.

M.A.G.E.Livro I - As Pedras ElementaresOnde histórias criam vida. Descubra agora