ULTRAVIOLÊNCIA

3 | Amo-te...

''Nada , só agora percebi o quanto linda e maravilhosa és...'' aproximou-se de mim e colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha .

''Só agora?'' perguntei rindo.

''Summer amo-te tanto'' ele disse suavemente , próximo dos meus lábios, sem me beijar.

Eu não respondi apenas avancei para um beijo cheio de paixão, carinho, amor , saudade e nostalgia, tinha medo que momentos como aquele não se voltassem a repetir ,eu precisava dele assim sereno, não queria ver de novo aquele demônio que dormia todas as noites ao meu lado. Parei o beijo para ter a certeza que não estava a sonhar.

''Amor não te transformes mais'' implorei-lhe'' Não sabes o quanto fico triste e magoada, eu preciso de ti. Adam eu acredito que vamos voltar realmente a ser o que eramos , que vamos voltar a viver o nosso amor como antes , como quando eramos adolescentes lembras-te? Nessa altura não nos preocupava-mos com as consequências dos nossos atos e eramos tão felizes'' tentava controlar as lágrimas porque sabia que ele odiava ver-me chorar, mas era impossível, pela primeira em 3 anos estava a falar abertamente com ele , estava a mostrar-lhe as minhas emoções.

''Eu também acredito nisso Summer, porra não sabes quantas vezes já pensei em acabar tudo para que não sofras, mas tu não imaginas o quão viciante és, és como uma droga que me vai matando de arrependimento cada vez que te magoo, não me imagino com mais ninguém ,és apenas tu .Quero que sejas a minha mulher ,a mãe dos meus filhos , é quase impossível viver sem ti , eu também preciso de ti , preciso que me mantenhas vivo e me protejas'' ele chorou comigo e beijou-me tão sofregamente .Senti as minhas lágrimas salgadas chegarem á minha boca. Aquele parecia ser um beijo de despedida , talvez a sua maldade estivesse de malas feitas. ''Parabéns a nós Sum, sete aninhos juntos '' ele deu uma gargalhada e abraçou-me , era tão bom sentir os braços dele a rodearem-me para me confortar e não para me magoar , era tão bom não ter medo dele.

Estive-mos horas abraçados , apesar de para mim terem parecido uns míseros cinco minutos , visita-mos o lago -apesar do frio que fazia- continuava lindo tal como nas minhas lembranças .

Por fim decidimos regressar a casa para dormirmos no conforto dos nossos lençóis e assim passamos um dos melhores dias da minha vida apesar de todos os incidentes .

«Disseste que não te importavas com o meu sofrimento! Pois faço uma prece , que repetirei até que a minha língua endureça, Catherine Earnshaw, que não encontres a paz enquanto eu estiver vivo! Disseste que te matei assombra-me então! Os mortos costumam assom--» Fui interrompida da minha leitura pelo som do meu telemóvel a tocar, era um número desconhecido, achei que não devia atender mas estava curiosa para saber quem era, afinal só recebia chamadas principalmente de Adam, da minha Avó e de Chloé. E nenhum deles ligava em desconhecido. Atendi.

''Sim?''

''Summer, Summer Cooper?'' perguntaram do outro lado da linha.

''Sim a própria, quem fala?''

*Bem este capitulo é mais pequeno porque também já postei hoje espero que gostem e por favor não se esqueçam de votar :)