Acordei a sentir-me fraca. Estava com algumas dificuldades a respirar e sentia algo a me incomodar no nariz. Abri os olhos lentamente encarando o teto branco. Num
movimento muito lento olhei para o meu braço, onde estava espetado uma agulha. Essa agulha estava ligado a uma bolsa que me dava sangue.— Já acordou? - Uma voz rouca pronunciou-se. Encarei o portador dessa voz. Um rapaz alto de cabelos castanhos escuros e olhos cor de chocolate. Ele estava vestido praticamente todo de preto porém o seu rosto destacava-se. Este possuía um ótimo aspeto. Tentei me levantar porém fui rapidamente parada pelo rapaz. — A menina perdeu uma enorme quantidade de sangue, por favor tente descansar. - Ele prenunciou-se com um sotaque enrolado. Não era alguém do reino. Fechei os olhos respirando fundo. Sentia-me fraca.
— Os demónios!- Gritei assustada. Uma sensação de medo apoderou-se do meu corpo. — Eles...- O rapaz aproximou-se de mim, olhando-me nos olhos.
— Vai se acalmar. Não tenha medo. - Ele prenunciou, tão calmamente que até me assustou. Em menos de segundos todo o medo que apoderava o meu corpo desapareceu. Foi estranho, eu já não sentia medo dos demónios. Estava mais calma.
Encarei os seus olhos e eles estavam amarelos, num tom dourado.
— Quem és tu?- Perguntei. Eu sentia que deveria ter medo dele, ele poderia ser um demónio, porém algo me impedia de o recear. Era estranho eu no fundo tinha medo, mas eu não o conseguia sentir ou demonstrar. Era tão anormal.
— O meu nome é Marcos, o braço direito do rei Edward. Venho verificar o estado da menina.
Você esteve inconsciente dois dias, o que se torna normal devido à quantidade de sangue que lhe foi consumido. - Ele declarou sem demonstrar expressão aparente.— Eu quero voltar para casa, não existe nada neste castelo que eu queira, nada.- Resmunguei ordenando a minha partida.
— Não poderá ir. Para além de ainda estar fraca, o seu destino está traçado. Peço desculpa por tudo o que lhe irá acontecer. - Ele desculpou-se e no fundo dos seus olhos castanhos, escondido por detrás de mil cadeados, lá se encontrava pena. Ele teria pena de mim? Porquê? — Por favor descanse, eu voltarei com o jantar. - Ele afirmou saindo do quarto.
Encostei a minha cabeça á almofada. Eu não iria ficar ali, não mesmo. O meu trabalho já estava atrasado para não falar da Elisabeth, que de certo estaria preocupada. O meu coração bateu forte, só de pensar que ela estaria preocupada. Levantei-me retirando a agulha do meu braço e os tubos no meu nariz. Aquilo incomodava. Agarrei na fita preta que estava na mesa de cabeceira e prendi o meu cabelo em rabo de cavalo, deixando um laço em cima.
Sai do quarto começando caminhar pelo corredor, ligeiramente iluminado. Ao menos não parecia tão sombrio quanto da outra vez. Senti uma tontura e apoiei-me na parede. Um arrepio subiu pelo meu corpo, estava a sentir todas as minhas forças a serem consumidas. Agarrei-me com força á parede colocando a mão no meu peito. O meu coração batia freneticamente, sentia-me fraca. Começou a dar-me uma dor nas costas. Era como se fossem picadas, porém dolorosas. Não sabia o que se estava a passar com o meu corpo.— Só podem estar a gozar comigo. Uma humana aqui? O meu dia de sorte! - Uma voz feminina declarou fria numa mistura de entusiasmo.
Era sinistro de ouvir, porém eu não tinha medo. Não sentia qualquer pingo de medo. Era tão desumano. O meu coração bateu forte, me fazendo cair no chão. Algo estava errado comigo.— E ainda por cima está fraca.- Riu maleficamente. — Que sorte.
Vi a sua sombra a se aproximar, ela abaixou-se ficando frente a frente comigo. Esta possuía cabelos cor de carvão e olhos negros sem qualquer brilho. Um sorriso maléfico rasgava o seu rosto pálido e os seus olhos fixavam-me. Aqueles olhos negros mudaram para um vermelho vivo, diversas veias salientes percorreram as suas têmporas e caninos pontiagudos saíram da sua boca rosada. Eu não sentia medo apesar de ela ser um demónio. Ela olhou-me nos olhos, e parecia que procurava algo. Algo que não encontrava. Os seus olhos voltaram á cor negra e as veias desapareceram.
— Não sentes medo? - Ela perguntou. Os seus olhos analisavam-me cuidadosamente.
— Não. - Respondi simplesmente. Era a verdade.
— Que pena. Não tem graça se não sentir que tens medo. - Ela anunciou. — Mas não deixarei que alguém te aproveitar, não é todos os dias que vemos um humano aqui, por isso vou abrir uma excepção.
Aquele lado demoníaco apoderou do seu rosto e ela afastou o meu cabelo ligeiramente dando a plena visão do meu pescoço. Os seus dentes tornaram-se pontiagudos e logo senti uma dor horrível. O meu sangue estava de novo a sair de mim. Era uma sensação horrenda.
Sentia-me cada vez mais fraca. Por momentos, apareceu uma rosa vermelha, no meu pensamento. Ela estava a ficar sem folhas, estava a murchar. Foi estranho o porque daquela imagem aparecer naquela situação. Era como se a rosa estivesse a ficar sem vida, como eu. Eu estava a perder a vida.
Antes que pudesse fechar os olhos por completo percebi que a rapariga fora tirada de cima de mim. O meu corpo, praticamente inconsciente foi envolvido por mãos frias o suportando. Não consegui ver o rosto da pessoa porém sentia-me incrivelmente confortável com a sua presença. Porém por momentos o meu coração parou...
❣️.................................❣️Hey amores!!!!😆😆
Eis um novo capítulo de Our blood love!!! Já vamos no terceiro e nada de Ed? Pois esperem que ele vai aparecer!!!Estão a gostar?
Quem era aquela pessoa?
Rose morreu? Ou alguém a vai salvar?Por favor comentem e votem se estão a gostar!!!
❣️Beijos sanguentos❣️ 😘😘😘😘 ^3^
Kitana~~~~🌸
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Our blood love - Ed Sheeran ( Em pausa )
VampiroUma ilha entre Inglaterra e França, é governada por um impiedoso e cruel rei, denominado por Edward I do qual ninguém nunca vira o rosto. Rose Carter é uma rapariga do povo, cheia de energia e trabalhadora, que vive em face de uma única coisa: A...