O ontem 2015

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Comecei o ano de 2015 tranquilo, ainda estava firme e forte na igreja.  No mês de fevereiro me desviei e comecei a aprender um pouco da vida.

No dia 17 de fevereiro, cinco dias antes do aniversário do Pedro -meu irmão mais novo, eu  estava em uma escola do meu bairro tentando juntamente com minha prima uma vaga pro primeiro ano do ensino médio. Quando já estava sendo atendido, recebo uma ligação do meu pai e percebo que havia sete chamadas perdidas. Pensei que fosse urgente  já que meu pai não mora com a gente há quatro anos, atendi a ligação.

- Alô? - Eu disse esperando ouvir ele xigando ou reclamando de algo.

- Matheus? - Ele disse empolgado.

- Oi? - Perguntei estranhamente, já que ele estava empolgado. Ele continuou;

  - Meu filho, tá em casa? A Natália está com você?

Meu mundo caiu, pensei tipo: " Se quer falar com a Natalia, ligue pra ela querido!"
Mas não, continuei educadamente o diálogo entre pai e filho;

- Não pai, estou numa escola com a Stefani, estamos tentando arrumar uma vaga pro ensino médio. Por quê?     -Perguntei já esperançoso que ele falasse algo de bom, que agradasse não somente a Natália, mas como a mim também. Ele continuou...

- Estou saindo do aeroporto, quero que você e a Natália estejem prontos até 12:40, 14:00 vocês terão uma entrevista de emprego, é de aprendiz, mas é de emprego. - Ressaltou alegre esperando um empolgamento da minha parte

- Como  assim? Nem  sei  aonde  você  trabalha, sei  que  é no  aeroporto, mas  existem  váriaa  empresas  aí. - Eu  disse  com  se  não  soubesse  que  a  empresa  pela  qual  ele  prestava  serviço  era  a  A##L.

- Matheus! Não  falo  mais  nada, vai  pra  casa  e  arrume-se  juntamente  à  Natália. - Ele  disse  meio  estressado.

- Ok  pai, até! - Me  despedir  sem  tanta  emoção  e  desliguei  o  telefone.

Virei  pra  a  Stefani  e  disse: - Amooorzão, (tenho  o  costume  próprio  de  chamar  as  pessoas  assim, isso  não  significa  nenhum  relacionamento  entre  eu  e  ela, além  do  relacionamento  como  primos) tenho  que  ir  embora  agora, tento  essa  vaga  depois.

- Não  conseguimos  a  vaga, enquanto  você  estava  ao  telefone  eu  fui  atendida  e  a  secretária  desconhece  qualquer  vaga  pro  primeiro  ano. - Disse  ela  com  tom  e  semblante  de  frustração.

- Ok  amor, vamos  continuar  naquela  escola  mesmo, é o  que  nos  resta! - Eu  disse  também  um  pouco  triste - Vamos  subir  então? Graças  a  Marco  Antônio  me  atrasei  do  nada! - Ressaltei  um  pouco  impaciênte.

- Vamos  então  Theus! -Disse  Stefani  ainda  com  o  semblante  triste.

Subindo  em  direção  à minha  casa, deixo Stefani  na  metade  do  caminho  da  casa  dela  e  sigo  a  minha  rua  correndo  pra  chegar  em  casa  rápido.

Chego  em  casa e  vejo  a  Natália  deitada  na  cama  e  já  faltavam 10 minutos  para  o  meio  dia.
Acordei  ela  desesperadamente  não  sei  o  porquê, da  maneira  que  acordei  ela, parecia  que  a  casa  estava  pegando  fogo, inundando  ou  sei  lá, parecia  ser  algo  de  emergência, mas  não  era  urgebte, somente  urgente.

- Naaataaaaaaaliaaaaaaaa, acoooordaaaa!!!  - Eu  disse, disse  não, gritei.

- Oi, o  que  foi? O  que  aconteceu? Tá  bem? Cadê  minha  mãe? Quem  bateu  as  botas? Cadê  minha  bota? - Ela  disse  após  acordar  totalmente  assustada  com  meu  berro.

- Pera, calma, respira, tá  tudo  nos  devidos  conformes! - Eu  disse  tentando  amenizar  o  espanto  dela, e  também  tentando  evitar  um  sermão. Continuei;

- Não  é nada  demais  Naty, papai  me  ligou  quando  eu  estava  com  a  Stefani  e  disse  que  temos  que  ir  numa  entrevista  de  emprego  na  empresa  que  ele  trabalha, nada  demais. - Eu  disse  feliz, percebendo  que  ela  já  estava  mais  calma.

- Nada  demais? Você  tem  demência? Sofre  de  algum  transtorno  mental? Tem  algum  tipo  de  DST? - Ela  disse  meio  insatisfeita.

- Nossa, acaba  comigo  estranha! Não  tenho  nada  disso  não!

- Mas  parece  que  tem! - Me  interrompeu  discordando  das  minhas  verdades.

- Mas  sério, porque  isso? - Peeguntei  já  esperando  uma  má  resposta da  parte  dela.

- Então, você  disse  que  não  era  nada  demais, é  algo  demais ! Nem  sabemos  que  empresa  é, qual  ramo  papai  segue , mas  ok, vamos  nos  arrumar  porque  já  são 12:10. - Ela  disae  compreensiva.

- Vamos, vou  tomar  meu  banho  primeiro. - Eu disse esperando ela se irritar e me xingar.

- Mas você tem parte com o xifrudo, não tem condições. Vai tomar seu banho primeiro então, aproveita e joga pelo ralo essas suas atitudes de satanás! - Ela disse meio atacada na bipolaridade, seria mas fazendo gracinhas.

Próximo capítulo: 20/11/2016
@ttheuswerneck

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