Ela olha as redondezas
Avalia cada detalhe de seu interior
Observa o que o outro faz
Sempre achando-o superiorAma-o como ninguém mais
Sente-o por perto, atração
Não descola de sua carapuça de ferro
Atravessa as pobres defesas de seu coraçãoMas certa vez esse outro
Mostrou ambíguo pestanejar
Uma maneira de pensar como nenhuma outra
A conquistou com apenas um olharEla vivia insistindo com o nunca
O jamais amar de verdade
Da primeira vez as coisas foram tensas
E o coração não recebeu reciprocidadePor que então, ela se apaixonou por este?
Ora, há coisas que ninguém pode explicar
Coisas que o destino pensa e planeja
E que não cabe aos humanos refutarA menina ainda se curava
Quando o outro apareceu
Inocente como uma criança
De amores logo se derreteuPena que a pobre garota apenas se ilude
Ama, ama, ama, mas seu destino a encurrala
Põe o sentimento em seu coração
E simplesmente o joga em vazia salaO que sente a machuca, não pelo fato de sentir
Mas porque tal ato a faz imaginar, sonhar
Querer viver aqueles contos de fadas
Em que a mocinha há de no final se casarDigo, porém, que não foi bem assim
A ilustre, ingênua e imbecil garota ao se iludir
Achando que o amor vale algo
Logo descobre que amar é destruir

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Os Arrepios Da Alma
PoesiaDe que adianta ter o mundo a seus pés Se você machucou quem ama? De que adianta manter o orgulho Se um rio pelos seus olhos se derrama? De: Agnessa Para: Leitores Ávidos Por Poesia