Decepção/Nath.

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Correr e correr é o que preciso, eu não acredito eu sou motivo de piada não só nesse colégio mais em outro que eu nem sei o nome.

Só pode ser um pesadelo, mais infelizmente não é, sinto as mãos de Isa me segurar, eu preciso sair não sei quem é verdadeiro ou confiável, me afasto dela vejo em seus olhos pena, eu não quero isso pra mim.

Não sei o que pensar ou falar, lágrimas querem saltar dos meus olhos, eu não consigo mas segurar, tremores tomam conta do meu corpo, e eu não aguento, dói dói demais.

Isa: Nath eu não sabia disso, eu quero ir com você, qualquer lugar eu fico quietinha.

Nath:  Larissa chega de mentiras não quero sua pena, seu irmão mandou você vir? eu não quero você perto de mim nem ninguém deste lugar.

Isa: Não me afasta de você, eu só tenho você de amiga,o Lucas não me mandou,eu nem sabia dessa aposta.

Nath: Eu não sei o que pensar, mas eu não consigo, me dá um tempo só isso que peço.

Agarro meu corpo e saio sem olhar para os lados, ouço uma freada e me viro, o carro para quase em cima de mim, mas eu não tenho sorte, talvez se me atingisse essa dor passaria,  nem ouço o que o motorista me pergunta, saio e dou sinal entrando em um táxis.

Peço para o mesmo me tirar daquele lugar, depois de tempos o motorista me pergunta onde quero ir.

Minha madrinha é o único lugar longe que posso ir, peço para ele aguardar e ligo, depois de quatro chamadas ela atende.

Nath: Madrinha sou eu Nath passa seu endereço por favor.

Suellen: Claro meu amor anota aí é na Saúde rua :xxxxxxx 52.

Desligo e peço ao motorista me levar no endereço, chegamos no condomínio pago a corrida deixando o mesmo com troco, entro na recepção e peço para avisar a Suellen que cheguei, a recepcionista já sabia que chegaria, e permitiu minha entrada.

Não precisei tocar a campainha minha madrinha estava na porta me aguardando, eu a abracei e chorei muito meu corpo tremia os soluços causados pelo choro era audível.

Peço para me deixar no quarto e me arrasto para um canto embaixo do criado mudo, não acredito estava vivendo em um conto de fadas, e não existe príncipe encantado,agarro meu corpo, e sem ao menos sentir dor arranho meus braços, percebo alguns sangue espalhados mais não me incomoda, puxo os fios dos meus cabelos para tentar achar dor em algum lugar sem ser no coração.

Choro muito e como perseguição os malditos flash vem a minha mente para confirmar que nunca terei um feliz para sempre.

Ninguém gosta dessa Fedelha até você iria abortar, põe essa garota num internato.

Não sei o que é ter uma família talvez essa ilusão que criei em favor de Lucas foi por me proporcionar momentos inesquecíveis, o nosso primeiro beijo no parque ibirapuera, os passeios, a visita a Santos o jantar em família depois a nossa primeira vez.

Por que eu me iludi, por que acreditei que seria feliz, se não sei o que é ter o amor de uma família.

Sinto os braços de minha mãe me puxando para si, e me permito ser levada, ela me abraça tirando os fios de cabelo grudados em minhas mãos, choro ainda mais.

Mãe porque?  Faz parar essa dor

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Mãe porque?  Faz parar essa dor.
Eu queria ser a garotinha que chorava por doces, por que mãe?  Ninguém gosta de mim, eu sou motivo de piada, tira, tira essa dor por favor.

Carla: Meu amor não posso tirar a dor do coração, mais eu te amo muito viu, você não está sozinha filha.

Mãe não me iluda com a mentira, chega eu sei que ninguém gosta de mim, sua família, o homem que abusou de você, eu nem sei quem é meu pai mais você ainda tem que olhar para mim todos os dias e sofrer pois todos falam que pareço com ele.

Carla: Filha olha o que você fala, eu te amo desde que estava em meu ventre,  Nathalia você será mãe, você já pensou se seu bebê parecer com o pai, minha filha eu te amo incondicionalmente.

Depois de longos períodos, a minha madrinha aparece dizendo que o doutor Eduardo chegou.

Ele entra me pega em seu braços me colocando na cama,  eu não tenho reação ao meu corpo, o mesmo me examina e depois de aplicar algo em minha veia pego no sono.

Acordo na madrugada me debatendo e vendo os olhos de Lucas,  me observando me debato e agarro meu corpo sentindo as lágrimas rolarem.

Por que Lucas, você não podia fazer isso comigo, eu te amo, e não consigo te odiar, eu me odeio por ser burra, por ser tola e acreditar que o amor existe para mim.

Você me machucou profundamente, eu nunca vou esquecer,  mesmo te amando eu vou enterrar esse sentimento, o único que terá o meu amor será esse bebezinho que não tem nenhuma culpa.

CChega de chorar, eu só preciso arrumar minha vida e sair desse lugar

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CChega de chorar, eu só preciso arrumar minha vida e sair desse lugar.

Depois de horas deitada minha mãe entra no quarto.

Carla: Filha você está melhor? E os machucados estão doendo?

Mãe eu quero sair do colégio, eu quero ir embora desse lugar.

Carla: Nath falta somente dois meses para você se forma, eu não vou te tirar do colégio, termine os estudos e você escolhe o lugar que quiser e vamos embora, eu prometo.

Eu não sei se consigo ficar perto dele mãe, eu não consigo odiá-lo, porque?

Carla: Meu amor você o ama, Nath talvez se você o ouvisse.

Não quero saber dele eu vou conseguir esquecê-lo e esse amor dará lugar ao rancor a mágoa.

Carla: Bom então amanhã você estará no colégio, certo?

Não por favor mãe me de essa semana.

Carla: O médico te deu meu amor, eu só pensei que você gostaria de enfrentar isso tudo logo.

Talvez eu não queira.

Após tomar meu café e me vestir volto para casa com minha mãe pedindo pra mesma não deixar ninguém aparecer em meu quarto.

O que quero neste momento é ficar sozinha.

Consequente Aposta (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora