Exite aqui, Não existe lá. Existe lá, não existe aqui.

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—Eu estava em uma guerra Madame Pomfrey.- Harry engoliu as poções rapidamente, se sentiu melhor, mas ainda estava muito dolorido. Pensou com ironia que é melhor estar com dor do que estar morto... agora... entretanto... ele preferia estar ao lado de seus amigos. Mesmo que fosse no além.- Vocês acharam mais alguma coisa comigo... talvez um pomo, ou uma bolsa, ou uma capa da invisibilidade, até mesmo um pergaminho antigo aparentemente em branco?

—O senhor não estava com nada, Sr Potter.- Dumbledore o falou e o menino o encarou tristemente.

— É estranho o ouvir dizendo Sr. Potter.- Murmurou para si o moreno.

Harry se deitou novamente na maca sem saber o que fazer ou dizer. Estava em um mundo diferente do seu, as pessoas que conhecia e prezava provavelmente estavam vivas. Mas, não eram as mesma. Se sentiu pela primeira vez desde que descobriu que era um bruxo, sozinho. Lágrimas começaram a se reunir em seus olhos, e percebeu que todos tinham morrido. E aqueles que não morreram... ele não veria novamente. Estava em um mundo desconhecido, em que ele tinha morrido com um ano de idade. Em um lugar onde Voldemort foi o ministro, em que Minerva não era professora de transfiguração. Pensou no que aconteceu com os Malfoys sem a interferência do Lord das Trevas. Quem deixou de se conhecer porque a guerra nunca aconteceu? Se lembrou de ouvir muitos membros da ordem dizendo como conheceram seus companheiros... muitos deles batalharam juntos. Quem será que nunca existiu nesse mundo, quem desse mundo existe que nunca existiu no seu? E seus pais? Harry tentou não imaginar nada, não queria se decepcionar. No entanto, por pior que pareça ele desejava mais ver Sirius, Ron e Hermione vivos do que seus próprios pais. Ele sempre quis conhecê-los , saber como eram, se ele teria tido algum irmão... Mas sempre foi apenas um sonho, a imaginação de uma criança. Agora, que esse sonho podia ser realidade ele temia.

O moreno chorou silenciosamente, seu coração doía, não podia pensar em mais nada. Existia apenas a dor, física e principalmente emocional. O que antes era um choro silencioso foi se transformando ao poucos em algo mais alto, um som quebrado, que clamava por algo. O choro desesperado repercutiu pela enfermaria quebrando o coração de todos do local, o moreno puxou suas pernas para perto do peito e as abraçou. Seu corpo começou a tremer e o medo contamina o seu ser, era uma angústia que não podia ser detida, um medo sem precedentes ... seus ouvidos começaram a doer por causa do estresse que o corpo passava tentou levantar as mão para tampar os ouvidos... porém, suas mãos não se moviam. Seu corpo estava paralisado, não tinha como se mover. O mundo que conhecia tinha desmoronado. Se sentiu cada vez mais sufocado, o corpo tremeu... se sentiu como se fosse morrer. As mãos formigaram e a náusea aumentou.

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James Potter correu o mais rápido possível para a enfermaria. Seus filhos atrás tentando o acompanhar, a esposa ao seu lado. Todos queriam ver o menino o qual só tinham visto na infância ou por fotos. Até que em um certo momento ouviram um choro alto e todos pararam chocados. O choro era desesperado e triste, seu coração se apertou e desejou com todas as forças que não fosse seu filho que estivesse tão triste.

Will Potter entrou na enfermaria e viu Madame Pomfrey tentando acalmar alguém, ele não podia ver seu rosto, porém percebeu que as roupas as quais o garoto usava eram velhas, largas, rasgadas e sujas de sangue, O choro mexeu com o menino de 12 anos. Largou a mão de Siri e correu até quem imaginava ser seu irmão mais velho, soltou um suspiro ao ver como se parecia com o pai de ambos. Os cabelos eram pretos e revoltados, o porte fisico era o de um caçador no quadribol e os olhos...os olhos eram os mais surpreendentes , verdes como os da mãe. Não havia dúvidas, aquele adolescente era um Potter.

—Harry?- O menino entrou na frente da enfermeira e chamou o irmão.- Eu sou seu irmão mais novo, tenho 12 anos, estou no meu 2° ano e pertenço a Lufa-Lufa. Esse ano eu vou tentar a posição de goleiro reserva no time de quadribol.

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