Incompetência

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Acordei com o barulho do meu celular que tocava sem parar, dei um pulo da cama, quem teria a audácia de me ligar às 4:36 da madrugada?

— O que é porra?

— Amber, acabaram de roubar o caminhão que estava chegando pelas vias de Atlanta. – Eu não acredito que aqueles incompetentes não sabem cuidar de uma carga simples dessas, não é possível!

— Você tá brincando comigo? Quem foi o filha da puta que deixou isso acontecer? – Já é a segunda vez que esses imprestáveis não dão conta do serviço, eu estou perdendo a paciência.

— Os caras que estavam esperando foram apagados e jogados no rio perto de onde iam descarregar o caminhão, alguns conseguiram fugir.

— Eu quero todos os que sobraram no galpão, AGORA! – Desliguei o telefone sem deixar que Ryan me respondesse, não estava afim de ouvir as desculpas esfarrapadas sobre aquele bando de merda que ele havia contratado.

Coloquei uma roupa qualquer, escovei os dentes e sai bufando daquele quarto, aqueles marmanjos não prestam para nada e ainda querem ser bem pagos, mandarei matar todos para aprender que o que eu faço não é brincadeira.

Cheguei na porta de casa e Kenny me olhou assustado, a algumas horas atrás havia comentado com ele que queria dormir tanto hoje que ia acordar sem saber onde estava.

— Senhora? – Ele disse com um tom de hesitação.

— Oi Kenny. Sim estou acordada e sim, você tinha razão, aqueles capangas do Ryan não passam de seguranças de puteiro – Ele riu e balançou a cabeça.

— Qual carro a senhora vai precisar?

— Vou com a Ranger, pode ficar tranquilo que já peguei as chaves, cuida da casa e me prove que pelo menos em você eu posso confiar. Qualquer coisa me ligue. – Sai em direção a garagem.

— Sim, senhora.

Depois de Ryan, Kenny era a pessoa em quem eu mais confiava. Ele sempre esteve comigo, mesmo quando não passava de uma traficantezinha de bairro, ele sempre me ajudou a crescer, contanto que eu protegesse sua esposa e sua filha. É ele quem cuida de todo o esquema de segurança que eu tenho, principalmente os que monitoram os carregamentos, mas justo os dois que deixei nas mãos de Ryan foram os roubados, eu queria acabar com ele.

Sai de casa cantando pneu, corria pelas ruas de Miami sem respeitar sinal ou qualquer merda a minha volta, dirigir assim me dava um pouco de paz em meio aos estresses iguais o de hoje. Não demorou muito para que chegasse perto do galpão, entrei com o carro no meio do mato e fui seguindo até avista-lo. Entrei batendo a porta e Ryan deu um pulo da cadeira.

— Estão todos aqui? Quero que presenciem a sua morte. – Olhei pra ele furiosa.

— Ah qual é, você sabe que não foi culpa minha. – Senti um receio em seu olhar.

— Não foi culpa sua? Tá brincando comigo? Eu deixo os carregamento com você duas vezes e nas duas vezes eles são roubados. Engraçado não é? Eu deveria acabar com você – Olhei ao redor para achar aqueles imprestaveis.

— Desculpa Amber, eu não imaginei que fosse acontecer outra vez.

— Vai se foder Ryan, sorte tua que te considero um irmão, se não você já estaria fedendo a podre esse horário.

— Eles estão na sala 03. – Me dirigi à mesma dando passos longos, queria descarregar minha arma na cabeça daqueles filhos da puta.

Chutei a porta e eles arregalaram os olhos, pareciam ter visto um fantasma.

— EU QUERO TODO MUNDO OLHANDO PRA MIM! – Gritei fazendo com que todos prestassem atenção.

— Vocês acham que estão lidando com quem? Eu tenho certeza de que não fazem ideia da merda em que se meteram, não é possivel! – Cheguei mais perto dos 7 marmanjos que estavam plantados ali com olhar de piedade.

— Des...des... desculpa senhorita Stonem – Um moreno barbudo, com cara de nojento falou, parecia ser o responsável por todos os outros.

— CALA A PORRA DA BOCA, A ÚNICA QUE FALA AQUI SOU EU – Gritei novamente — Eu não irei poupar nenhum de vocês, não sei porque fugiram, podiam ter ficado lá e morrido pelas mãos daqueles vermes, porque aqui não vai ser diferente, estão enganados se pensaram que eu teria piedade. Eu não quero ter que olhar pra cara de nenhum e não vou deixar que façam um trabalho incompetente desse novamente. – Vi um deles se desesperar.

— Amber tem certeza que precisa disso tudo? – Não acredito no que estou ouvindo, Ryan só pode estar testando a minha paciência.

— Apaga eles agora, eu não quero saber se é preciso ou não, eu quero todos mortos e não se fala mais nisso! Quem manda nessa porra sou EU, não se esqueça disso! – Dei as costas para Ryan e sai de dentro da sala.
Fui para o lado de fora do galpão, entrei no carro e ouvi disparos que mais pareciam música pros meus ouvidos. Olhei no relógio e já eram quase 7:00 da manhã. Voltei voando para casa, estacionei o carro e corri para tomar um banho, estava exausta. Deixei a água cair sobre meus ombros, me encontrava quase dormindo em pé, fazem dois dias que não consigo ficar em paz e colocar meu sono em dia, decidi que tirarei a tarde para dormir hoje. O primeiro que ousar me acordar eu juro que descarrego a minha arma inteirinha na cara.

Bom, é a minha primeira fanfic então ignorem se encontrarem algum erro. Qualquer crítica ou elogio são bem vindos, espero que gostem!! (:

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