Do que eu não esqueci...

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Me mudei para Londres na quinta-feira, cheguei aqui de madrugada. isso foi por causa da minha mãe.
D

uas semanas antes de vir para cá, minha mãe morreu num acidente de carro, e eu e meu pai não nos sentimos muito bem morando numa casa na Califórnia com todas as lembranças de minha mãe.

Tudo isso vinha dela. Lembro do seu sorriso, seu cheiro, sua voz, sua beleza e seu bom humor...
Mamãe sempre foi e sempre vai ser a minha mãe e a esposa do meu pai.
Ela vai estar no meu sangue para toda vida e eu jamais irei trocar ela por qualquer outra mãe possível.

Meu pai, Albert, prometeu a mim que jamais iria se apaixonar como se apaixonou com mamãe.
Eles eram apaixonados, todas as noites passeavam pelas ruas californianas...
Foi papai que disse isso.

Logo decidiram se casar e depois de alguns anos, mamãe engravidou e me teve.
Meu pai diz que sou idêntica a mamãe.
Pois ele tem razão. Aqueles cabelos negros lisinhos, o traço da boca rosada, a pele branquinha e os olhos verdeados.
Eu parecia mesmo mamãe...

Tudo o que me faz lembrar dela, já dói o meu coração, porque a saudade é tão grande e as lágrimas escorrem pelo meu rosto todos os dias e todas as noites. Mas eu sei que ela vai estar perto de mim sempre, e vai estar me amando até o fim... Jamais vou esquecer ela...

Mamãe morreu em um acidente muito grave enquanto estava dirigindo em seu carro. Não sei como foi isso, mas o meu tio Eduardo me disse que viu mamãe caída no banco do motorista com a cabeça sangrando, viu tudo isso por trás de uma tela. Eu me arrepiei todinha  só de ouvir que a cabeça estava sangrando, pois tenho  pavor de sangue...

Ela foi às pressas atendida, eu e meu pai ficamos desesperados. Quando eu a vi, estava toda machucada e do jeito que estava dentro do carro, o médico disse que ela havia quebrado a costela e a perna direita e provavelmente a batida da cabeça no volante foi forte e fez com que causasse traumatismo.

Chorei. Chorei muito. Muito mesmo, eu não estava acreditando no que estava acontecendo! No que havia acabado de acontecer...

Me senti com uma dor no coração tão forte que impedia de sorrir de novo, já não era a menina empolgada e alegre.
Eu e papai voltamos para casa e só de ver as roupas dela, o cheiro dela implantando em tudo quanto é canto e isso me deixava com saudades...

Eu havia chorado todas as noites tentando dormir, mas eu não conseguia, sonhava que minha mãe estava aqui ainda, me abraçando e me dizendo o que sempre me dizia quando eu sentia medo :

- Não fique com medo, muito menos triste, você é forte e é uma pessoa valente. Eu te amo, minha filha. Você é uma pessoa incrível ,especial. Seja isso que você é, e tenho certeza de que vai ser para toda vida. Não deixe ninguem abalar você, siga tua vida.

Isso me protegia completamente.
Me fazia acreditar que minha mãe ainda estava ali, mas eu sei que está sim, no céu está, mas não perto de mim, me abraçando. Mas eu sei que está sim...

Antes de vir para Londres, eu havia vivido muito na Califórnia, nasci lá na verdade.

Mamãe sempre me alertava sobre perigos e pessoas malvadas. Ela dizia sobre todo o tipo de gente. Como por exemplo; um cara metido a besta que me machucou muito na vida.

Igor era um garoto da minha sala. Popular e bem atraente, todas as meninas o desejam como namorada dele.
Tadinha delas, mal sabem elas o quão ele é maldoso e um idiota.

2 semanas depois do acidente...

Num belo dia saindo da escola,voltando para casa, vejo poucas pessoas andando pela direção a escola e outras ibdo para outros cantos.
De repente vejo o Igor,aquele panaca estava mesmo ali, aff! Que raiva...

Felizes Para Sempre? #Watty2016Onde histórias criam vida. Descubra agora