Melhores Amigas?!

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Dormimos, estávamos exaustas, mas eu ainda fiquei pensando naquilo que ela me disse, sobre eu não ser essa pessoa que eu tento ser, essa pessoa ignorante, chata, etc.
Será que vale a pena ser essa pessoa? Eu sinceramente não sei, de verdade.

De manhã ela foi para casa, tomou banho, tomou café da manhã, disse que gostou de ficar lá em casa, me deu um abraço, e foi.
Passou o fim de semana, na mesma rotina, e chegou a segunda, finalmente não conseguia mas ficar em casa fazendo nada.

Chegando na escola:

- Amiga. - Ela me abraça, eu não recuo. - Já estava com saudades.
- Pois eu não sentir sua.
- Eu já te disse Gi não precisa ser assim, pelo menos comigo. tá?
- Huum.
- Mas iae, tá tudo bem?

- É ne... sim.
- Pelo pouco tempo que eu te conheço, sei que você está mentindo pra mim, deixa eu te ajudar Giovanna.
- Será que conhece mesmo?
- Olha vou tá aqui, pra oque precisar, de verdade.
- O...obrigada Lucy.

Ela me abraçou bem forte, e eu retribui o abraço.

- Mas sobre oque te perguntei sábado na sua casa, oque te fez ficar assim?

Será que conto pra ela? 

- Não posso te contar, desculpa.
- já te disse Gi, eu estou aqui pra te ajudar, e essa conversa não saí daqui, ok?
- Tá, mas vamos pra outro lugar aqui está muito movimentado.

Fomos para o andar de cima, era tipo uma lage, e meio que um jardim, tinha um menino e uma menina, mas quando viu nós saíram.

- Pode começar.

- Eu quis mostra que eu tô bem, mas olha, eu já não aguento mais manter a pose, e que a mascara de durona as vezes caí mas eu não queria mostrar como eu sou tão vulnerável, isso tá me sufocando tanto, que nem eu mesmo sei suporta, mas eu guardo pra mim em forma de lagrima, que muitas vezes nem se quer eu deixo cair, eu engulo o choro, boto um sorriso no rosto mas uma vez mostro que tá tudo bem.

- Giovanna não precisa ser assim, eu amo você amiga, eu vou tá aqui pro que der e vim er, mas você ainda não contou oque te fez assim, namoro família?


- Meu.. pai faleceu, - Caí uma lagrima e eu enxugo rapidamente - Faz 10 dias, tá sendo a pior coisa que existe, minha mãe me abandonou aos 4 anos, estou morando com ela, e tá sendo horrível, eu nunca vive longe dele, ele sempre me ajudou, você não faz ideia de como é se sentir assim, - Comecei a chorar, e ela me abraçou e alizou minha cabeça.

- Não fica assim não tá? vou sempre está com você. Dependendo do que acontecer, e sim eu tenho problemas com família, desde que eu quis namorar um garoto mas minha mãe não deixou, e até hoje nós não se falamos mais, foi uma briga bem feia, e meu gêmeo faleceu na barriga da minha mãe, e minha mãe me culpa, porquê eu nasci, ela diz q se eu não nascesse talvez ele estaria vivo hoje.

- Nossa, que triste. mas pode contar comigo pra sempre também.

Se abraçamos e fomos para aula atrasadas, mas fomos.

Agora eu sinto que posso confiar em alguém, na Lucy, sei que eu posso, de verdade, ela ta sendo mas que uma amiga tá sendo uma irmã. Uma irmã que nunca tive.

Sempre há uma outra chance, uma outra amizade, uma nova força. Para todo fim, um recomeço.


Diário de uma depressivaOnde histórias criam vida. Descubra agora