Na última terça-feira (20/06/2013) a Comissão de Direitos Humanos da Câmara (sob o comando do deputado federal Marco Feliciano), aprovou o projeto que permite aos psicólogos promover tratamento com o objetivo de curar a homossexualidade. A proposta que ficou conhecida como "cura gay", terá que passar ainda por outras duas comissões. Se aprovada em ambas, segue para o plenário da Câmara. A aprovação do projeto gerou um grande frisson, pois a grande questão que ela expõe é: a homossexualidade é uma opção sexual ou uma doença? Se se permite o tratamento de cura da homossexualidade de forma técnica, então a mesma ganha status de doença e dessa forma precisa ser comprovada cientificamente. A Ciência ainda não chegou a conclusão de que a homossexualidade seja uma doença. Sendo assim, a proposta de "cura gay" fere os direitos humanos, pois estereotipa a pessoa homossexual. Particularmente me posiciono contrário a essa proposta, pois creio que a não aprovação da mesma, não tem a ver apenas com os interesses dos homossexuais ativistas. Essa questão diz respeito a dignidade humana, pois pense comigo sobre os transtornos de ordem psicológica e emocional que isso acarretará em crianças que demonstrem tendências ao comportamento homossexual? Essas crianças serão demonizadas com amparo científico, o que gerará agravamentos de ordem psicoemocional em suas vidas. Alguns líderes evangélicos questionados sobre o projeto de "cura gay", mostram-se favoráveis a emenda. O que eles não percebem é que isso também resulta num problema teológico, pois se a homossexualidade é uma doença, a sua prática não pode ser considerada pecado sob um ponto de vista bíblico-teológico. Tais líderes cristãos caem em contradição em seus argumentos falaciosos. Como cristão, eu acredito que haja cura para qualquer comportamento e prática humanas. Entendo a homossexualidade como algo comportamental, sendo sua prática passível de cura divina (assim como o são outros comportamentos condenáveis na Bíblia Sagrada). Uma coisa é crer na cura espiritual/divina de um comportamento, baseando-se num instrumento de fé, que é a Bíblia Sagrada, outra, totalmente diferente, é promover um tratamento científico para a cura de uma doença não comprovada no campo da Ciência. Ao invés de aprovar a "cura gay", a Comissão de Direitos Humanos da Câmara, deveria aprovar projetos que permitam aos psicólogos promoverem tratamento para a "cura da corrupção", a "cura da safadeza", a "cura do charlatanismo gospel" e a "cura do ódio" dentre outras doenças morais.
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GERAÇÃO SELFIE
General Fiction"Cotidiano, fé e algo mais", é uma coletânea com 71 textos de minha autoria, escritos entre os anos de 2011 a 2016.