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“Doce névoa
que envolve sua mente de pensamentos estranhos.

Doce chuva,
que junto com os frutos das plantações,
leva embora tuas angústias e preocupações.

Doce é sua voz
que embarga-me de forma torturante em sonhos açucarados.

Forte realidade
que me tira dos delírios, iniciantes na arte da loucura.

Amarga a luz do sol
diante das estrelas em um céu brilhante,
donas do próprio canto no escuro.

Reconfortantes os teus braços, que em um laço apertado,

me devolvem a lucidez que um dia eu perdi.

E se esse corpo que usas como armadura não resolver,

mostre-me tua pele encarnada, tuas mágoas jazidas em teu peito.

Fitar-lhe com olhos cristalinos, programar-te para ser entregue ao meu amor.

Querer coisas não sólidas, feitas de adjetivos sem gosto,

precisar de algo sem nome, gostar de algo sem tempo,

resolver coisas que o tempo deixou sem jeito.

Eis que o impossível pode ser descrito como indescritível amor de verão,

que as lágrimas e o tempo levarão.

Amaldiçoo tudo o que desacredita em minha devota lucidez por sua loucura,

malditos os remédios que tentam curar o que nós dois queimamos.
Que sejam eternas tuas alegrias e tuas vontades,

e mesmo que um dia me levem para longe de seu sorriso,

ainda me perderei nestes versos doces que emergem em borboletas meu estômago,

que afogam-me em fraqueza tola
e me fazem cada vez mais um condenado a te amar para sempre.

Espere-me nos teus sonhos doces e inocentes.”

— Uma Anônima.

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