vinte e um¡

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L E S L I E

O beijo dele era um coisa maravilhosa, esse homem era a perdição em carne e osso. Eu tentei não retribuir aquilo, mas se tornava impossível a cada momento que passava.

Minha mão se aproximou de seu peito e eu o empurrei de leve, cortando o beijo.

"Não, Cam. Já chega!" Eu limpo meu batom e ele sorri.

"Você queria mais que um beijo, que eu sei" Ele sorri, e eu dou-lhe o dedo do meio.

"Vai se ferrar garoto, pelo amor de Deus, me deixa em paz! Tá achando que eu sou o quê?" Eu reviro os olhos irritada e volto pra cozinha.

"Leslie, espera aí, qual é? Desculpa" Cameron segura em meu pulso, me fazendo parar de andar e eu o encaro brava.

"Eu não deixei você me beijar, e ainda por cima praticamente de chamou de quenga falando aquilo" Eu digo soltando meu pulso de suas mãos.

"Desculpa, foi sem querer" Ele diz "Mas o beijo foi de propósito"

"Tá, tanto fa..." Eu digo mas alguém entrando na sala nos interrompe.

"O que esse garoto tá fazendo aqui?" Gilinsky quase grita.

"O que essa piranha tá fazendo aqui?" Eu grito ao ver ele de mãos dadas com Madison.

"O que VOCÊ tá fazendo aqui?" Madison diz com aquela voz enjoada dela.

"Eu moro aqui, caso você não tenha percebido" Eu digo mesmo sabendo que aquilo tava longe de ser a verdade.

"Eu vou perguntar pela última vez" G respira fundo "Quem deixou esse garoto entrar?"

"Eu, eu deixei" Minto "Porque? O que você vai fazer, hein?"

"Leslie, não brinca comigo..." Gilinsky fecha os olhos e com sua mão vaga ele mexe em seu cabelo.

"Relaxa, Finnegan. Eu só tô se passagem, já estava voltando pra minha casa mesmo" Cameron diz calmo, mas com aquele seu tom sarcástico.

"Pelo que eu tô vendo o casalsinho se resolveu, né?" Eu encaro as mãos de Jack e Madison entrelaçadas e Beer revira os olhos.

"Nos resolvemos mesmo, e o que você tem haver com isso?" Beer diz.

"Nada, nadinha, meu amor" Eu digo com deboche. "Sabe, vocês ficam até bem juntos... Uma vadia e um idiota estúpido, deu certinho" eu riu.

"Olha garota eu vou meter a mão na sua cara" Madison diz vindo pra cima de mim, mas eu me defendo.

"Sem agressão, calminha" Eu a empurro de leve mas ela puxa meu cabelo no meio do processo "Sua desgraçada, eu falei sem agressão" Eu a puxo pelos cabelos e a jogo no chão.

"Ei, parem!" Cameron diz tentando separar Madison de mim.

"Sua nojenta, você não toca em mim não" Madison grita tentando me puxar, mas Cameron a segurava pela cintura.

"Ah, eu toco sim. TOCO COM PRAZER!" Eu grito e pego um vaso de vidro que estava na mesinha do centro da sala e quando ia jogar nela Jack me impede.

"Ei, sua louca, já chega" Ele me pega pela cintura e me põe em seu ombro, me levando pro andar de cima. "O que deu em você? Endoidou de vez?!" ele diz ao chegarmos em seu quarto.

"Nem fala comigo garoto, seu idiota falso" Eu jogo o vaso na cama e ajeito meu cabelo.

"Eu não tô com paciência pra suas crises de ciúmes, não" Ele revira os olhos.

"Ah, engraçado, né? Você pode sentir ciúmes, e eu não, é isso?"

"Não tem motivo pra sentir, só isso" ele diz, se aproximando de mim mas eu me afasto.

"Não? Você todo agarradinho com sua "namorada" não é um motivo? Faça me um favor!" Eu digo tentando parecer o mais calma possível.

"Você gosta de mim, babygirl?" Ele sorri e acaba me empreensando na parede com uma de suas mãos em minha cintura.

"N-Não, claro que não" Eu gaguejo "Me larga, Jack!" Eu digo quase em um grito ao sentir ele beijar de leve meu pescoço e rir em seguida da minha reação.

"Não é o que parece" Ele me larga e solta um piscadela pra mim "É uma pena que eu não sinta o mesmo"

"Que se dane, eu tô pouco me importando" Eu digo tentando parecer firme em minhas palavras mesmo sabendo que aquilo tinha doído em mim, por algum motivo doeu bem lá dentro.

"Aham, sei" Ele dá de ombros desconfiado.

"E outra que existem milhares de garotos por aí melhores que você" eu sorriu com deboche.

"Diga um por exemplo" ele ri.

"Tem o Cameron, ele é mil vezes melhor que você" Eu digo e e ele fecha a cara, travando seu maxilar. "Eu prefiro ele, ao invés de você"

"Verdade, verdade" Ele sorri e volta a colar seu corpo ao meu "Mas, sabe? Ele nunca vai te fazer sentir o que só eu faço você sentir" ele sussurra ao meu ouvido e eu acabo arrepiando dos pés a cabeça.

"Vai se ferrar" Eu o empurro e saio de perto dele, e ele ri alto.

"Se quiser descer eu vou estar lá em baixo te esperando" Ele avisa abrindo a porta do quarto "Ah não, correção: eu e minha namorada estaremos lhe esperando" Ele sorri com deboche e sai do quarto.

Chutei o criado-mudo do quarto e afundei meu rosto no travesseiro qualquer que eu achei por alí, gritando bem alto de raiva.

Qualquer dia desses esses eu ainda mato esse estúpido.

do better × jack gilinskyOnde histórias criam vida. Descubra agora