Escolhas

Capitulo 7

    No dia seguinte acordei muito cedo, não sei porquê estava mesmo ansiosa por ir à piscina, acho que era porque me ia esquecer um pouco das coisas que se estavam a passar, podia não conhecer a professora mas é muito duro ver alguém morto...
Estavam todas a dormir, então decidi ir vestir o meu bikini. Desci para o refeitório, já lá estavam algumas pessoas, incluindo o Lukas, e a Cristen... Não sei se eles vão passar o dia na piscina connosco, mas espero que não. Passado algum tempo as pessoas foram descendo e fomos para a piscina.
    Foi uma tarde divertida, jogámos a vários jogos na piscina, realmente consegui esquecer-me de algumas coisas por um pouco, mas a noite estava a chegar, e pelo que se tem passado é um pouco obscura nesta escola.
     Fomos todos jantar, estava tudo bem até que me apercebi que não estava nenhum adulto no refeitório, a supervisionar-nos, nem sequer as cozinheiras estavam lá.
       – É normal estarmos aqui sozinhos sem nenhum adulto? – perguntei discretamente à Allison
       – Não... Que estranho! Provavelmente estão numa reunião qualquer, esquece isso. – disse ela sem a menor das preocupações
     Alguma coisa se passava, decidi ir ver onde estavam todos os professores, caminhei até às portas do refeitório, tentei abri-lãs mas estavam mais que trancadas. Algumas pessoas vieram ter comigo e tentaram abrir a porta, mas não abria. Entraram todos em pânico. Estavam todos aos gritos e falavam todos ao mesmo tempo.
         – CALEM-SE! – Disse o Lukas aos berros enquanto subia a uma das mesas da cantina
     Um silêncio assustador inundou a sala.
          – Não é assim que vamos conseguir sair daqui, provavelmente isto é uma partida de algum aluno que nos trancou aqui, devemos esperar que alguém nos abra a sala, sem fazer este barulho todo! – gritou Lukas de novo.
          As pessoas lá se acalmaram e foram-se juntando em grupos. Já se tinham passado por volta de 2 horas, e estávamos todos preocupados outra vez. O Lukas subiu de novo a uma mesa e todos se calaram, acho piada que ele ache que manda em nós...
           – Já estamos aqui há demasiado tempo, eu e alguns rapazes vamos arrombar a porta. Por favor vão todos para o fundo do refeitório.
        Estes pegaram numa mesa e arrombaram a porta. Um silêncio percorria a escola inteira. Todos nós saímos da sala a correr e procurámos os professores em todo o lado, mas eles não estavam na escola, tentámos ligar à polícia mas não havia rede. Saímos da escola e vimos imensas pessoas sentadas numa roda, eram todos os professores, as cozinheiras, os auxiliares, as enfermeiras, o diretor... Corremos até eles, estavam todos de costas, Lukas tocou num    deles.
         – Professor Andrews? – disse o Lukas, e assim que lhe tocou ele caiu para o lado, estava cheio de sangue e claramente morto, assim como todos os outros adultos na roda. Eu estava apavorada, aquilo parecia um filme de terror! Começaram todos aos gritos e a chorar. Até que eu decidi tomar a iniciativa de pôr ordem às pessoas.
          – Calem-se! A única coisa que podemos fazer é sair desta escola e pedir ajuda. – disse eu
          – Não sei se já reparaste que esta escola fica no meio do nada, até chegarmos à cidade, levaria pelo menos 5 horas, e teríamos de parar para dormir, e não me parece muito seguro dormir no meio da rua, sugiro que fiquemos cá a noite, acho que é mais seguro se dormirmos todos no refeitório, temos as facas para nos protegermos, e comida, levem todos um saco de cama e encontramo-nos lá daqui a meia hora, vou contabilizar quantos somos, peço que se ponham em fila para vos poder contar! – disse Cristen
            Concordo que foi a melhor decisão, mas ela não tinha que me tratar daquela maneira.... Fomos todos buscar as nossas coisas e como combinado estávamos todos no refeitório passado meia hora.
            Algumas pessoas foram buscar as facas e alguma comida à cozinha.
           – As facas desapareceram! E a comida também! – disse a Jennifer super preocupada
           – Alguém planeou isto tudo, e não me parece que seja uma simples brincadeira! – disse a Cristen
      Ficamos todos a falar por algumas horas, ninguém conseguia dormir. Até que de repente, as luzes apagam-se.
           – Ahhhhhhhhhhhhhhh!!!!!
      Ouviam-se gritos, pareciam gritos de dor, senti uma coisa molhada na minha mão......