1.2. Começo.

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" 'Quando tiveres 16 anos, furarás o dedo no fuso de uma roca e morrerás, pequena princesa.', disse Malévola, a bruxa mais temida do reino, sumindo magicamente logo em seguida.
'Não podemos fazer nada para retirar o feitiço, vossa majestade, porém podemos amenizá-lo. Aurora dormirá até que um príncipe dê-lhe um beijo de amor verdadeiro.', disse a fada Flora, cujo vestido cor-de-rosa fazia movimentos sutis no ar.
'Fazes o que for preciso para salvá-la, eu lhe imploro', disse o rei com lágrimas nos olhos enquanto abraçava sua esposa, que segurava a princesa no colo.
Primavera, com seu vestido azul pediu à rainha que colocasse Aurora de volta ao berço para que pudesse realizar o feitiço. Com a pequena recém-nascida já em seu berço, a fada pudera finalmente abençoar a criança, assim como suas amigas fizeram [...]".

- Fauna, Flora, Primavera! -, a bela princesa entrou correndo na pequena casinha de madeira no bosque. Ela vivera no casebre desde o ocorrido com Malévola pois o rei temia tanto a morte de sua única filha que pediu a todos que queimassem todas as rocas do reino e confiou às fadinhas a criação e educação de Aurora, afinal, seria mais seguro ainda se ela não vivesse perto do castelo, tudo para proteger a amada criança.
Quinze anos se passaram desde que a maldição fora lançada e suas "tias" fizeram um bom trabalho. Fauna havia presenteado-lhe com o dom da música e a menina encantava a todos que estavam por perto ao cantar; já Flora abençoou-lhe com o dom da beleza, que era percebido por todos.
- O que houve, querida? -, disse Fauna enquanto colocava o almoço na mesa.
- Tia, eu conheci um garoto hoje. Ele era tão... -, Aurora tentou continuar mas as três interromperam-lhe a linha de raciocínio.
- Um garoto? -, as três disseram simultaneamente, com uma expressão de surpresa no rosto.
- Deixem-me explicar, oras! Pois bem, ele é alto, tem cabelos castanhos, estava muito bem vestido, pareciam vestes reais, tive a impressão de conhecê-lo há tempos. Eu estava cantando e ele encantou-se por minha voz, então, ajudou-me a colher flores enquanto conversavamos. Foi magnífico.
- Parece que estás apaixonada, minha querida. -, disse primavera enquanto limpava o chão.
- Sabes o nome dele? -, disse Flora com uma expressão de curiosidade no rosto.
- Liam, mas isso é tudo que sei sobre ele. E que ele conhece a canção também! -, Aurora disse e sentou-se à mesa cantarolando a música: "Foras tu o sonho bonito que sonhei
Foras tu eu lembro tão bem de ti na linda visão
E me fez sentir que o meu amor nasceu então
E aqui está você, somente você a mesma visão
Aquela do sonho que eu sonhei...".
- Querida, não podes sair por aí conversando com estranhos! -, as fadas advertem.
- Não se preocupem. Daqui a uma semana é meu aniversário! Já serei praticamente uma adulta!
- E o que queres de presente, senhorita adulta? -, Fauna indaga.
- Quero ir ao reino. Conhecer o castelo.
- Mas não achas que está cedo demais para quereres ir ao castelo? O rei e a rainha não aceitam muitas visitas.
- Por favor, levem-me ao castelo, eu lhes imploro!
- Pensaremos sobre o assunto mas não é nada garantido, ouviu, mocinha?
- Sim, senhoras! Muito obrigada, vós sois as melhores! -, a menina abraça as "tias".
- Vamos almoçar, sim? -, as quatro sentam-se a mesa e almoçam, conversando sobre o garoto que Aurora encontrou na floresta enquanto cantava.

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