1.3. Começo.

17 1 0
                                    

" 'Papai, quando voltas dessa tua viagem?', pergunta a pequena garotinha dos cabelos loiros e olhos azuis.
'O mais rápido possível, princesa. Prometo que a Condessa cuidará bem de ti.', diz o senhor grisalho, acariciando os cabelos soltos da filha, abraçando-a logo em seguida e dando-lhe um beijo estalado na testa. 'O que queres que eu traga dessa viagem?'.
'Quero o primeiro galho que o senhor encontrar no caminho, papai.'
'Mas, por que o primeiro galho?'
'Porque ele terá passado por todas os lugares que o senhor passou e, quando voltares e me entregares o galho, saberei que estás bem.'
'Como queira, filha. Preciso ir agora. Fique bem.'
'Papai, me prometa que vai voltar.'
'Mas é claro que sim! Não se preocupe.', a garotinha o olhou pela última vez com um olhar de ternura, sem saber, aquele tinha sido o 'adeus' que ela não gostaria que acontecesse; sem saber, ela havia se despedido de seu pai, o único familiar restante, já que sua mãe havia morrido logo após seu parto; sem saber, a partir daquele momento, sua vida mudaria."
- Tatá, estou tão farta dela. Não aguento mais. "Cinderela, Cinderela, lave a louça, arrume a casa, Cinderela, Cinderela, passe o pano, esfregue o chão" -, disse a garota. Estaria ela ficando louca? Afinal, falar com ratos não era considerado nada normal.
- Não se preocupe! Tenho certeza que logo tudo será melhor.
- Espero que estejas certo. Elas mandam em mim, são aprendizes de bruxas, sem a vassoura ou a magia.
- Cinderela. Cinderela! Venha cá, agora! -, diz a "bruxa mãe", a mulher com quem seu pai se casara antes de vir a falecer.
- Pegues as correspondências. Já sabes. Cartas importantes, entregue-me, de resto, quero cada
Então, lá ia ela caminhando sobre a grama recém-cortada por si mesma momentos atrás. Ao chegar na caixa de correio, Ella pegou todas as correspondências e voltou para casa checando as correspondências. A garota, depois de discriminar quase todas as cartas, chegou na última, que fora entregada num envelope diferente, parecia ouro.
— Dê-me isto! —, disse a madrasta. — "O Rei, o Príncipe, e toda a corte convida à todas as pessoas no reino para a grande festa, onde o Príncipe conhecerá sua nova noiva e anunciará o casamento" —, ela lê, empolgada por ter recebido a carta, como se ninguém mais tivesse recebido, como se ninguém mais comparecesse à festa.
— Faça seu trabalho bem e poderá ir a festa. Caso contrário, ficará em casa para dormir com os ratos!
Então, Cinderela, como era chamada pelas irmãs maldosas e pela madrasta, levantou-se cedo e fez todas suas tarefas pelo resto da semana, com esperanças de que poderia ir à festa.
Ella sentia vontade de sair, conhecer pessoas novas e visitar o castelo era um de seus sonhos. A maioria das garotas no reino era encantada pelo príncipe mas a pobre menina nunca o vira, o que a aborrecia, pois tinha a curiosidade de saber como era o tão desejado garoto.
Então, uma semana se passou e Ella voltou a perguntar para sua madrasta.
— Por favor, mãe, posso ir à festa do príncipe? —, suplicou a menina.
— Se tu conseguires arrumar a casa toda e achar-te um belo vestido de gala, podes ir ao baile. Caso contrário, esqueças deste baile.
— Começarei agora mesmo! —, a garota disse, com a mínima esperança de ir ao baile e começou a trabalhar.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jan 05, 2017 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Once Upon a TimeOnde histórias criam vida. Descubra agora