2 meses depois
Já estou com 9 meses, a minha barriga esta enorme e eu fico cansada muito fácil, como estou no ultimo mês a Dra. Fernanda pediu para que eu fosse toda semana.
Jorge continua em coma, ele não teve nenhuma melhora, na verdade teve uma que foi não precisar de aparelhos para respirar, todo dia vou visitá-lo na primeiros dias eu dormi com ele mas então Cecilia me convenceu que eu tinha que comer e dormi direito por causa dos bebês. Cecilia veio para B.A no dia seguinte do acidente, dessa vez só veio ela e o George, Daniel não veio por causa da escola, mas disse que viria quando estivéssemos perto do Natal.
Eu sinto tanta falta dele, sinto falta do seu beijo, do seu cheiro, do jeito bobo que ele falava com os bebês de noite antes de dormimos, sinto falta de quando ele dizia que me ama. Ai Jorge eu sinto tanta a sua falta.
- Tini você está pronta? - Cecilia pergunta do outro lado da porta, agora iriamos visita-lo.
- Estou - digo já abrindo a porta e pegando a minha bolsa.
Vamos para o carro e seguimos em direção ao hospital. Assim que chegamos vamos direto para a recepção, George passou a noite com ele hoje, eu queria passar a noite com ele mas Cecilia disse que isso não faria bem para os bebês. Quando entramos no quarto o medico e George estavam lá.
- Boa tarde - diz ele assim que nós entramos.
- Boa tarde - dizemos as duas.
- Como ele esta? - pergunto me sentado no pequeno sofá e cumprimentando George.
- Infelizmente ele continua na mesma - ele diz baixo, meu sorriso se desfaz - com licença.
Ele sai do quarto e Cecilia senta ao meu lado.
- Não perca as esperanças - ela diz sorrindo para mim.
- Eu não perdi - digo já com lágrimas nos olhos - mas é tão difícil ver ele assim, dói tanto.
- Eu sei querida, eu sei - ela me abraça e eu me permito chorar.
+ + +
Agora estávamos só eu e ele, eu o admirava, agora ele não precisava de aparelhos para respirar, com isso podia ver melhor o seu rosto.- Amor eu quero tanto que você acorde - aperto a sua mão e sinto um aperto bem leve mas um aperto. Levanto a minha cabeça e olho para ele - meu Deus.
Acordou, ele acordou, ela estava olhando para o teto com uma cara confusa, será que ele não se lembra?
- Jorge? - o chamo e ele me olha.
- Tini? - choro de felicidade, ele se lembra de mim.
- Você se lembra.
- Como não lembraria do amor da minha vida e dos meu filhos - ele tenta sentar e faz uma careta de dor.
- Eu tive tanto medo de te perde - digo enquanto algumas lágrimas ainda escorriam pela minha bochecha.
- Ei não chore - ele limpa as minha lágrimas - eu estou aqui agora.
Jorge narrando:
Eu não sei como aconteceu o acidente, foi tudo tão rápido, quando eu fui ver já estava dentro da ambulância.
Minha mãe está tão feliz por eu ter acordado, o meu pai também e Tini nem se fala, ela esta com um sorriso enorme.
- Amor a sua barriga cresceu tanto - digo acariciando a mesma.
- Eu estou uma baleia.
- Você não esta uma "baleia" você está grávida - digo e ela me dá um beijo.
- Ai - diz pondo a mão na barriga.
- O que foi? - me preocupo com a sua cara de dor.
- Chegou a hora - olha para sua barriga e percebo um liquido descendo pela suas pernas. A bolsa estourou.
- Ai meu Deus vai nascer - digo feliz, os meus filhos vão nascer. Aperto o botão para chamar a enfermeira e segundos depois ela aparece.
- Está tudo bem Sr. Blanco? - ela pergunta, mas eu acho que ela entende o que tá acontecendo, sai e volta segundos depois com uma cadeira de rodas, coloca Martina nela e sai do quarto.
- Jorge cadê a Tini? - minha mãe pergunta entrando no quarto minutos depois que Martina foi levada.
- Vai nascer mãe - digo com um sorriso de orelha a orelha - eu quero ver - digo tentando me levantar mas desisto assim que sinto dor.
- Você não pode levantar querido - ela vem até mim.
- Mas eu quero ver os meus filhos nascer mãe.
- Você não está em condições Jorge - meu pai diz, aperto o botão para chamar o médico e logo ele aparece.
- Doutor será que eu posso levantar?
- Sinto muito mas não - ele diz isso e sai do quarto.
- Mãe fique com ela por favor - peço segurando a sua mão.
- Eu vou querido - ela sai do quarto correndo e ficamos só eu e o meu pai.
- Não acredito que vai nascer pai - digo olhando para ele e sorrindo, ele sorri também.
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VAI NASCER MINHA GENTE.
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O namorado da minha mãe
DiversosMartina uma linda garota que sofre depois de 3 anos com a perda do pai e sua mãe não lhe dá muito atenção mas seu novo namorado mudará a vida de Martina